Capítulo 30

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Se conseguir editar , até a noite teremos mais um capítulo....

Helena

Dirigi até Storybrooke sem parar para nada, acho que estava com medo de me arrepender e dar a volta com o carro. Sol ia me odiar, mas eu precisava fazer isso.

Cheguei na cidade por volta das onze da manha, e como sempre minha mãe estava a minha espera na porta.

- Bem vinda meu amor! – disse me abraçando.

- Obrigada mamãe, só espero esta fazendo a coisa certa. – disse triste.

- Ei olha pra mim – disse levantando meu queixo. Você é uma mulher forte, cabeça erguida meu amor. Vai passar. – disse me abraçando.

Entramos em casa, e quando abri a porta...

- Surpresa!!! – Gritaram. Levei um baita susto. Quando olhei para os lados tinha tanta gente ali, que achei minha mãe tinha chamado a cidade inteira. As pessoas começaram a me cumprimentar e desejar boas-vindas. Meu irmão veio correndo e me abraçou forte.

-Que bom que voltou irmãzinha! – disse me dando um beijo no rosto. – Tem alguém aqui que quer dar um beijo na sua tia.  Falou me entregando Oliver no colo. Ele era realmente lindo. Vou adorar ver o crescimento dele.

Mary também chegou para falar comigo.

Minha amiga, seja bem-vinda! – disse me abraçando. Pra ficar completo só faltava a maluca da Sol aqui.

Meu coração apertou nessa hora.

Meu pai estava no canto da sala sorrindo pra mim, com o seu copo de uisque na mão. Minha mãe na cozinha indo buscar os petiscos. Parece que nada mudou.

Estava ainda assustada com a quantidade de gente ali. Então fui para um canto e me sentei na varanda, olhando o por do sol, eu não estava no clima para festa, apesar da boa vontade da minha família em me alegrar.

Escutei passos atrás de mim, quando virei Paula estava vindo na minha direção. Não acredito que minha mãe a convidou.

- Ei moça! – falou se aproximando. – posso me sentar aqui com você?

- Claro, senta! – disse chegando para o lado.

Ficamos um tempo caladas,ate que ela começou o assunto.
- E então doutora, animada para começar o trabalho?

- Sim. Tem muita coisa pra resolver ainda, mas acho que vai da certo! – falei sorrindo forçado.

- Helena, se quiser conversar ou desabafar, estou aqui. – falou olhando pra mim. – Vamos deixar o passado para tras, não acho bonito o que eu fiz,mas eu realmente sinto muito por tudo .Queria ter a chance de voltar a ser pelo menos a sua amiga. – falou sem graça.

Uma coisa ela tinha razão, o passado tinha que ficar para trás, e eu precisava para de me assombrar com ele. Não custava dar essa chance a ela, afinal antes de tudo acontecer, ela sempre foi uma boa amiga.

- Ok. Amigas! – disse apertando a sua mão. Ela sorriu e apertou a minha mão.

- Vai continuar morando aqui com seus pais?

- Não. Comprei o Loft em cima da loja. Me mudo por esses dias.

- Precisando de ajuda,conte comigo!

- Muito obrigada Paula, de verdade. – falei me levantando.
- Agora eu tenho que entrar vou descansar um pouco, a viagem foi cansativa.

-Ah claro, ate depois então. – disse parecendo decepcionada.

Entrei em casa, e aos poucos as pessoas estavam indo embora. Me despedi e agradeci a presença de todos e subi para o meu quarto. Da minha janela vi Paula indo embora com um garotinho  do seu lado – deve ser o filho dela – pensei.

Desci as escadas, e parei quando escutei a conversa de David e minha mãe.

- Mãe a senhora não tinha nada que convidar essa moça! Não lembra como ela fez Helena sofrer. – falou irritado.

Querido, Paula é uma boa moça. E se pensa que esqueci o que ela fez com Helena, não eu não esqueci! Mas a menina esta arrependida, e além do mais ela gosta dela. Não quero sua irma sofrendo por aquela mulher de Boston.

- A senhora acredita muito nas pessoas mamãe. Espero mesmo que ela não magoe Helena de novo. – Disse irritado e saindo pela porta da cozinha.

Minha mãe se apoiou na pia da cozinha e ficou pensativa.

E eu voltei devagar para o meu quarto.
- E minha mãe com essa agora, querendo da uma de cupido! Já não tenho problemas suficientes. – disse irritada e me deitando, era melhor dormir.

Na manhã seguinte comecei a minha mudança. David e meu pai me ajudaram a levar as coisas, e no final da tarde minhas caixas e malas, já estavam no loft. Peguei três cervejas e dei uma pra David e outra para o meu pai.

- Um brinde a nova casa da Helena! – disse meu irmão.

- Muito Obrigada pela ajuda! – Disse aos dois.

- Obrigada nada. Sexta eu e Mary, vamos a uma festa e você ficara com Oliver. – disse rindo.

- Já esta se aproveitando. – respondi rindo também. -Falando sério, se precisar eu fico com ele. Adoraria passar um tempo com o meu sobrinho.

- Então está combinado, vou avisar a Mary!

- Bem vamos indo David, deixa sua irmã curti a casa dela. – disse me dando um beijo. – Tchau princesa!

- Tchau maninha!
Depois que eles saíram eu cai no sofá sentada, olhei para aquela bagunça de caixa.

- Não vou acabar isso nunca!

A campainha tocou, e levantei com preguiça para atender.

Era Paula. – Posso fingir que não estou em casa – pensei.

Respirei fundo e abri a porta!

- Oi!

- Oi Helena! Vim saber se precisa de ajuda. – disse parada na porta.

O que eu faço?

- Entra por favor! – Decisão errada Helena! – pensei

- Temos muito trabalho! – falou indo em direção a uma das caixas.

- Paula, não precisa de verdade! Eu faço isso aos poucos, não estou com pressa.

Ele me deu aquele sorriso triste, e eu me senti culpada. – Merda! – pensei

- Ok. Pensando bem eu preciso de alguma ajuda sim!
Ela me olhou empolgada.

- Eu começo pela cozinha e você pela sala. – disse sorrindo.

Não sabia que dava tanto trabalho arrumar uma casa, mas nos conseguimos.

- Ufa acabou! – falei me jogando no sofá.

-Viu só, quando temos ajuda, rapidinho acaba.

- Obrigada Paula, você tem sido muito gentil. - falei sorrindo.

- Não precisa agradecer. Somos amigas, lembra?

Ficamos um tempo sentadas no sofá, sem falar nada. Até que ela resolveu puxar o pior assunto naquele momento.

- Você gostava muito dela ne? – falou olhando pra mim.

- De quem? – me fiz de desentendida. Não queria falar de Clara, ainda mais com ela.

- Você sabe, da mulher de Boston!

- Paula, eu realmente não quero falar disso. – disse olhando para o teto.

- Desculpe, não quis ser enxerida. – Ela virou o rosto.

Respirei fundo. A coitada não tinha nada haver com isso, só estava sendo gentil e eu fugindo dela.

- Sim. – respondi.

- Sim o que? – Ela ainda não me olhava.

- Eu gostava muito dela. – dei uma pausa e falei. – Na verdade eu ainda amo muito Clara.

- Sinto muito,tudo ter terminado. – falou parecendo sincera.

- Obrigada de novo. Mas acho que não era – pra ser mesmo. Na verdade nunca devia ter saído de Storybrooke.

- Claro que tinha que sair, você tinha um sonho! Era a coisa que mais gostava em você. Era decidida, sabia o queria. Sempre tive inveja disso.

- Sou mais insegura do que imagina. Não sou exemplo pra ninguém!

-Lembra que queria me levar com você. Isso me assustou tanto na época, não estou justificando o que eu fiz, mas grande parte foi medo desse convite. – falou rindo fraco.

- Não sabia que tinha assustado tanto você, na época só queria te ter por perto. Eu gostava realmente de você sabia...

Ela suspirou e falou.

- Será que ainda estaríamos juntas, se eu não tivesse feito aquela besteira toda?

- Não sei,realmente não sei. Mas acho que teríamos sido felizes. Pelo menos enquanto durasse. – disse sorrindo para ela.

- É acho que sim! Passei muito tempo, me fazendo essa pergunta. E sonhando com as possibilidades... Mas infelizmente não podemos voltar no tempo, não é?

- Infelizmente – disse pensando em Clara.

Clara

Não conseguia pegar aquele pen drive, e muito menos encarar Sol e Lumiar. No fundo estava agradecida por elas se empenharem tanto, mas eu não conseguia...

Guardei o pen drive na gaveta, e decidi que iria seguir a minha vida.Chorava toda vez que pensava nela, mas eu simplesmente não conseguia ir atrás do amor da minha vida. A culpa ainda me consumia.

Os dois meses que se passaram, foram de muito trabalho. Quase não via mais Lumiar, falava o essencial, e sempre que ela me chamava para sair e fazer alguma coisa eu arrumava uma desculpa. Não sabia mais de Helena também, nunca mais ouvi Sol falar no nome dela na minha frente, as vezes acho que fazia de proposito.

O meu sentimento não mudou, ainda amava aquela menina. Daniel tentava se aproximar, me chamar para jantar, mas fazia questão de cortar todas as suas tentativas.

Foi em uma noite dessas em casa, que eu acordei um pouco pra vida. E foi através dos meus filhos.

- Mãe, posso entrar? – disse Rafael. Estava ele e Roland.

- Oi amores claro que sim. Sentem aqui na cama da mamãe. – disse apontando para a cama.

- Poque anda tão tiste mama? – perguntou meu pequeno

Engoli em seco.

- Roland tem razão mãe! Você não fica mais com a gente, e quando chega em casa vem direto para o quarto. Sentimos sua falta. – falou meu filho triste. E de novo estava sendo egoísta e pensando só em mim. Não podia cometer o mesmo erro.
- Vem cá os dois. – puxei meus dois filhos para o meu colo. – Desculpem a mamãe! Esta sendo só uma fase difícil, mas vou tentar melhorar, prometo! – falei abraçando eles..

- É por causa da Helena? – falou Rafael me olhando.

- Eu sinto falta dela – disse Roland.

-Também sinto querido. – disse beijando a cabeça dele. – E em parte é por causa dela também Rafael.

- Vocês adultos, são muito confusos. Se gosta dela, então porque se separaram?

- É mais complicado do que isso querido. Não se preocupe com isso ta bom! – falei abraçando eles. Que tal dormirem aqui comigo hoje?! – Os dois pularam na cama e entraram debaixo do edredom.

- Oba! – falou Roland.

Essa noite foi a primeira que não dormi chorando.

Sai cedo para trabalhar e deixei meus dois anjinhos dormindo. Prometi por eles,que eu tentaria sair dessa fase ruim.

Cheguei cedo na empresa, e Lumiar já estava por la.
- Ei! – falei entrando na sua sala.

- Querida! Esta com a cara melhor hoje! – disse sorrindo.

- É resolvi tentar sair desse buraco me enfiei, ta na hora de viver de novo ne?! – disse sem graça.

- Isso aí! Assim que gosto de ver você! Ah já ia me esquecendo, hoje é a formatura de Sol. Ela te convidou,então por favor compareça. Vou leva-la pra jantar depois da cerimonia.

- Então melhor não ir, não quero atrapalhar vocês...

- É importante sim você ir, vou fazer uma surpresa pra ela hoje e quero que você seja minha testemunha, afinal também tenho que te fazer um convite.

- Convite é?! Muito misterioso a senhora. Pode deixar eu vou sim. – disse saindo da sua sala.

O día passou rápido e logo estava saindo com Lumiar do escritório em direção a formatura de Sol.

-Sabe que vamos contrata-la ne?! – falei olhando para ela.

- Obrigada amiga de verdade! Sol ficara muito feliz com a noticia.

- Ela é esforçada, sei que será dará bem na empresa. – falei piscando pra ela.

A cerimonia foi muito bonita, e eu não tive como não pensar em Helena, hoje seria o dia dela também. A única coisa que sei é que ela conseguiu se formar antes da sua turma. Ela seria uma excelente advogada na minha empresa.

Ficamos afastadas até Sol aparecer toda contente indo em nossa direção.

- Você veio Clara, que bom! – disse me abraçando.

- Parabéns Doutora! – falei retribuindo o abraço.

- Obrigada! Estou muito feliz por você estar aqui.

- Você estava linda la em cima lobinha! – disse Lumiar beijando ela. Não tinha como não sentir uma pontada de inveja. -Tenho uma surpresa pra você, mas só vou contar no jantar.

Seguimos para o restaurante, o jantar foi agradável e por incrível que pareça eu me diverti.

- Sol, sei namoramos a pouco tempo, mas eu já te amo para uma vida toda,resolvi aproveitar esse dia tão feliz, pra te fazer um pedido. – Ai meu Deus, é isso mesmo que estou pensando. Sol também chegou a essa conclusão e ficou sem fala. Luumiar pegou uma caixa de veludo da sua bolsa. – Aceita se casar comigo?

Pensava que não ia viver para ver isso. Lumiar casando com alguém. Sol só sabia sorrir e chorar.

- Claro que eu aceito! – disse puxando Luumiar para um beijo. O restaurante inteiro que tinha parado pra ver o pedido, aplaudiu a cena. Eu estava muito feliz pela minha amiga.

- E agora o outro convite. – disse olhando pra mim. – Você aceita ser minha madrinha Clara?

- Deixa eu ver na minha agenda. Ela estreitou os olhos para mim. – Estou brincando, é claro que aceito, vai ser um prazer. E parabéns as duas.

Ficamos um pouco mais,ate resolvi deixar o casal em paz e ir embora.

- Pessoal estou indo – disse me levantando.

Mas já Clara, fica mais um pouco, nem acabou o seu vinho ainda.
-Se eu beber mais uma taça vou ter que sair daqui carregada. Falou rindo.

-Quer que eu te leve em casa? – Lumiar perguntou.

-Não precisa querida, eu pego um taxi! Boa noite para as noivas – disse sorrindo e jogando um beijo para elas.

Sai do restaurante e resolvi andar um pouco, mas a frente tinha uma praça com alguns brinquedos de criança .Estava quase vazia já era tarde.

Me sentei em um balanço e fiquei pensando em tudo que aconteceu ate agora. Olhei para o céu e falei :

- Estou tão perdida, não sou de rezar muito, mas não sei o que fazer... Me de um sinal, qualquer coisa que faça enxergar o caminho que devo seguir.

Estava tão distraída que me assustei com uma garotinha que chegou do meu lado.

Devia ter seus cinco anos, era morena e de olhos marcantes. Me lembrou os olhos de Helena. E me lembrou da minha garotinha que perdi. Será que ela teria os cabelos pretos, como dessa menina. Isso eu nunca. Saberia.

- Ei você esta perdida? – falei olhando para ela.

Ela balançou a cabeça que não. Até que escutei alguém gritando ao longe. Uma mulher veio em nossa direção.

- Helena! Já não falei pra você não correr assim. – disse a mulher se aproximando. – Me desculpe. – Ela pegou a menina pela mão e foi andando. A garotinha não parava de olhar pra mim.

Helena. Ela tinha mesmo que se chamar Helena? – falei olhando para o céu.

Me levantei e fui andando até ponto de taxi, quando atravessei a rua dei de cara com um outdoor de uma clinica de Fertilização, chamada Vida centro de fertilidade.

- Ok. Isso já esta ficando esquisito demais. – falei de novo olhando para o alto.

Um taxi chegou, mas uma moça com um bebe estava parada do meu lado. O bebe não parava de chorar.

- Pode pegar esse taxi, eu espero outro.

- Obrigada moça! – falou entrando com o bebe.

Será que todo lugar que eu olho só vejo crianças e clinica de fertilização. Nessa hora tive um estalo, uma ideia surgiu na minha cabeça.

- Isso seria uma loucura! – falei sozinha.

- Sinais estão por toda parte querida. Só basta você prestar atenção neles. – disse uma senhora atrás de mim.

Olhei assustada para na sua direção. Ela sorriu e saiu andando, como se nada tivesse acontecido.

- Acho que aquele vinho todo não me fez bem... – Olhei de novo para o outdoor e pensei. – Não custa nada fazer uma visita. – Anotei o endereço da clinica e peguei meu taxi.

Toda Poderosa/A esposa do meu Chefe. -Clarena ADAPWhere stories live. Discover now