Capítulo 6

314 33 2
                                    

Aviso de Gatilho:

Esse capítulo contém cenas de abuso sexual, se for sensível favor não ler.

Clara

Depois que deixei Helena na porta do seu prédio, não consegui mais tira-la da cabeça, aquilo estava acabando comigo, que droga! Apesar de estar doida para ir até a casa dela de novo, me contive, ia ser perigoso demais me aproximar dela, essa menina esta mexendo comigo de um jeito que não esperava. Me permitir somente a algumas mensagens curtas e diretas, para saber do seu estado de saúde. Não podia vacilar e me envolver com ela, ia ser muito perigoso e se Theo descobrisse ia ser o caos, ainda não estava pronta para enfrenta-lo como eu queria, estava perto, mais ainda não estava pronta. Ele pode ter todo numero de amantes possíveis, mas quando era minha vez, ele fazia novas ameaças, então todos os amantes que tive, foram totalmente discretos.

- Só mais um pouco Clara, calma! Logo vai se ver livre desse traste! – Disse andando pela sala da minha casa.

- Disse alguma coisa querida?! Aparecendo ali de surpresa.
- Falou Theo

- O que esta fazendo aqui Theo? Não acha um pouco tarde para visitar Roland, ele já esta dormindo. – Disse já apontado para a porta da sala.

- Ei meu bem calma, estava com saudade só isso, não posso visitar minha mulher? – Disse tentando chegar perto de mim.

-Não, não pode! Não sou mais sua mulher! E outra quando te dei a chave da minha CASA. – deixei essa palavra bem clara. – Foi para você ver Roland quando eu não estivesse aqui e não para aparecer altas horas, com esse papo furado. – Disse me afastando.

- É... Só que pela lei e perante as outras pessoas você ainda é a minha mulher e tem que cumprir seu papel como tal. – Disse me agarrando pela cintura.

- Sai daqui seu idiota, bêbado! – Tentei me soltar, mas ele era bem mais forte.
Me agarrou e me levou para o quarto, me jogou na cama com toda a brutalidade possível.

- Que foi Theo suas amantes não estão Satisfazendo mais você?! – Disse gritando – Vai Embora agora ou chamo a policia!

-E vai dizer o que? Que seu marido legitimo, esta tentando ter uma noite de amor com sua esposa querida. – Disse debochando da minha cara. O pior é que ele tinha razão, para todos os efeitos e para as pessoas fora dali, nos éramos casados E felizes. Esse acordo estava ficando perigoso demais... Precisava sair daquela situação o mais Rápido possível! O que estava me intrigando era, o porquê agora depois de três anos estava me procurando?

Depois daquela noite que descobri sobre suas amantes, ele nunca mais encostou em mim e nem mostrou interesse.

- Porque isso agora Theo? Depois de tanto tempo! – Falei com raiva

- Porque eu quero e não te devo satisfação de nada. – Disse se forçando em cima de mim. – Agora fica quieta e deixa o papai aqui te fazer feliz! – Falou subindo meu vestido. Tentei sair dali chutar ele, arranhei seu rosto, bati e o homem não saia de cima de mim.

- Sai daqui Theo, por favor, eu não quero. – Disse Já gritando.

- Melhor ficar quietinha ou quer que seus filhos escutem? – Disse rindo e me beijando com aquele bafo de cerveja.

- Seu bêbado, filho da mãe!- Ele jogou baixo, envolveu meus filhos nessa sujeira, não iria gritar, não queria que as crianças acordassem. Era vergonhoso e humilhante demais. Então resolvi me render para ele e acabar logo com aquilo, do jeito que estava bêbado ia ser rápido.

- Isso Clara, fica quietinha, vai ser como nos velhos tempos amor! – Falou já abrindo a calça e tirando a minha calcinha, não demorou muito, ele me penetrou com força e sem cuidado nenhum. Só me permitia chorar baixinho e virar a cara para aquela cena horrenda. Enquanto ele se movia em cima de mim, derramava lágrimas no colchão, pensava em como minha vida estava uma bagunça e como precisava ser salva.

Ele logo acabou e eu não senti nada. Ele gozou, gemeu e saiu de cima de mim se deitando do meu lado.

- Acabou Theo? Agora saia daqui antes que eu te mate! – Falei com toda a raiva desse mundo. Ele se assustou com a minha cara, subiu sua calça e foi saindo do quarto. Antes de sair olhou para mim e falou:

- Não queria que as coisas chegassem a esse ponto Clara, mas você não me deu escolha.
– Vai embora daqui agora seu desgraçado, filho da mãe! Você vai me pagar por tudo que fez, esta Ouvindo! – Falei quase berrando e expulsando ele Do quarto.

Ouvi a batida da porta da frente do apartamento e me permiti chorar, tudo que estava preso na minha garganta, chorei por mim, pelos meus filhos e pela minha vida. Me agachei em um canto do quarto e não sei quanto tempo fiquei ali chorando. Até que levantei e com nojo de mim, fui até o banheiro e tomei um banho, me esfregando o máximo que podia, como se aquilo apagasse o que Theo fez comigo naquele quarto. Arranquei todos os lençóis da cama e deitei no meu colchão, ainda sem acreditar no que tinha acontecido. Eu definitivamente tinha que dar um basta nessa situação e não podia demorar.

Na manhã seguinte, levantei, tomei um banho, me maquiei para disfarçar a cara de choro de uma noite toda e fui tomar café com as crianças.
Elas já estavam na mesa, à baba com Roland e Rafael no celular.

- Bom dia amores da mamãe! – Dei um beijo em cada um e me sentei para comer.

- Rafa, larga esse celular, sabe que não gosto que mexa em celular na hora das refeições. – Falei repreendendo.

- Ok mãe, só estava mandando uma mensagem para Kate, vou buscar ela em casa hoje, vamos ao cinema! – Falou sorrindo. Meu menino esta crescendo e pelo jeito já tinha uma namoradinha.

- Humm Kate é?! – Falei cutucando ele.

- Para mamãe, ela é só minha amiga. – Falou envergonhado.

-Ta bom meu amor, tem dinheiro para o cinema?

- Sim economizei da minha mesada.

- Muito bem mocinho! Tem que entender que dinheiro não nasce em arvore. – Disse mexendo em seu cabelo.

- E você meu lindo garotinho, como esta o bebe da mamãe?! – Falei mexendo com Roland.

- Bem mama! – Respondeu ele com a cara cheia de mingau. Ri da sua cara suja e limpei com um pano.

- Mamãe... Falou Rafa. – Por acaso Theo esteve aqui ontem? – Perguntou desconfiado.

Nessa hora não sabia o que falar, meu garoto é esperto. Então optei pela verdade, mas claro deixando de lado o que aconteceu.

- Sim meu filho, ele veio ver Roland, mas como estava muito tarde e ele dormindo, foi logo embora, porque?

- Nada, é porque escutei a voz dele aqui e depois um barulho vindo do seu quarto, só fiquei Preocupado. – Disse desconfiado e olhando pra Mim.

Nessa hora fui salva por Roland.

-Papa!! Cadê o papa, mamãe?

-Ele já volta para ver você querido. -Disse para Roland.

- Querido, os barulhos deviam ser porque ontem resolvi fazer uma faxina no meu closet, você sabe, muitas roupas que nem uso mais. – falei gelando, Com medo dele perguntar mais.

- humm sei. – Disse não conformado com a desculpa que eu dei.

Achei melhor sair logo, antes que Rafa indagasse Mais alguma coisa.

- Queridos, mamãe já esta saindo! – Levantei da mesa e dei um beijo em cada um. – Rosa, por favor leve Roland, para creche. Hoje estou atrasada, não vou poder leva-lo. – Disse a baba.

- Sim senhora, vou levar nosso garotinho para creche. Disse Rosa. Ela era da minha inteira confiança, estava a três anos com a gente, cuidando de Roland desde que nasceu, ele a adorava.
Sai da cozinha, peguei minha bolsa na sala e fui em direção ao meu carro, antes de dar a partida, Rafael bateu no vidro do carro, pedindo para abaixar.

- Mãe, sabe que sempre estou aqui para vocês... Qualquer coisa pode conversar comigo! – Falou meu garotinho já crescido. Nessa hora meus olhos se encheram de lágrimas, mas segurei.

- Claro que sei querido! Obrigada, por estar sempre aqui para mamãe. – Disse dando um beijo nele. – Agora vai para a escola, não quero que se atrase e cuidado na volta do cinema, ok?

- OK mãe, tchau!

- Tchau, querido. – Disse fechando o vidro e saindo com o carro. Meu filho era realmente uma garoto muito especial, agradeço todos os dias por ter ele na minha vida.

Rafa via pouco o pai, ele sempre estava muito ocupado. E o menino sentia falta de alguém do seu lado, ainda mais nesse momento que esta passando pela adolescência. Quando chegar ao escritório vou ligar para Daniel, ele precisa passar mais tempo com o filho.

Cheguei ao escritório e todo dia era o mesmo ritual, passava pela mesa dela e estava vazia, assim como meu coração. Que vontade de vê-la, mas sabia que não podia, tinha que sair dessa situação primeiro, não era justo com ela e nem comigo.

Entrei na minha sala e comecei a trabalhar. Theo não aparecia no escritório desde o começo da semana e tudo estava nas minhas costas, ainda bem que a família confiava em mim, porque senão aquele escritório já tinha ido a falência há muito tempo. O herdeiro só queria saber de festas e mulheres. Eu coloquei o escritório, entre os mais bem cotados do mercado juridico e esperava que um dia eles lembrassem disso.

Estava concentrada, quando The entrou na minha sala sem ser avisado pela minha secretaria.

-O que faz aqui Theo? – Disse cerrando os dentes. -Porque não se anunciou como todo Mundo?

- E quem disse que preciso ser anunciado no meu próprio escritório? Eu entro aonde eu quiser e na hora que bem quiser.- Disse olhando para mim -E além do mais sou seu marido, não preciso de tanta formalidade para falar com você, Doutora.- Disse debochando.

-Então fale o que quer, seja rápido tenho muito trabalho, já que você não aparece mais para trabalhar. – Falei rápida e direta.

- Vim visitar a minha esposa, não posso? – Falou. Lá vem ele com esse papo de esposa de novo, dessa vez não vou facilitar. Vamos nos matar se for preciso.

-Me poupe com esse papo de esposa, depois de ontem devia ter vergonha de olhar para mim, como pode? – Disse com raiva.

-Cmara, também não achei bonito o que eu fiz. Mas senti sua falta. – Disse com a cara mais lavada do mundo.

-Me poupe, Théo! Você passou três anos sem me procurar e agora vem como esse papo de saudade, por favor, acha que sou alguma idiota? E além do mais esse casamento já acabou já faz três anos, isso tudo aqui é uma farsa! – Disse apontando para o meu anel de casamento.

Ele andou pela sala e ficou de costa para mim, olhando pela janela.

- Você pode não acreditar Clara, mas eu te amei muito um dia e tenho um carinho muito grande por você, afinal é mãe do meu filho. -Falou com uma calma que não via nele há muito tempo.

- O que esta acontecendo Théo, esta usando drogas agora? – Perguntei indignada com aquela conversa fiada dele. – Você me violentou ontem à noite, aquilo foi estupro sabia?! E agora vem com esse papo que sente saudades e tem um grande carinho por mim! Para o inferno com você e seu carinho! – Gritei na sala, me exaltei. Ele era muito cretino mesmo.

- Não é conversa fiada Clara, eu não gostei do que fiz ontem, estava bêbado, devia ter respeitado você e a casa que meu filho mora. – Nessa hora perdi a compostura. Empurrei ele e comecei a gritar.

-Agora é tarde seu covarde! Você já desrespeitou. A mim e seu filho. Vai embora Théo, antes que eu perca a cabeça com você. E se for visitar Roland, por favor, vá quando eu não estiver em casa, seu filho sente sua falta, ele não tem nada a ver com essa farsa, ele é bem real.

Nessa hora pensei em ter visto uma lágrima no rosto dele, mas logo limpou e foi saindo da minha sala sem falar mais nada.

O que foi isso? Esse homem só pode está enlouquecendo. Voltei para o trabalho como pude, não conseguia me concentrar, então liguei para minha grande amiga Lumiar e marquei um almoço para desabafar.

POV AUTOR

No corredor mais cedo...

Sol estava indo levar uns documentos para clara assinar, chega perto da mesa da sua secretaria e não vê ninguém então decide deixar os documentos em cima da mesa e voltar depois para buscar. Até que ela escuta uma gritaria dentro da sala da advogada, não contendo sua curiosidade chega perto da porta e escuta parte da conversa deles e o que ouviu deixou-a de boca aberta.

“O que faz aqui Théo? Porque não se anunciou, como todo mundo.

-E quem disse que preciso ser anunciado, no meu próprio escritório, eu entro aonde eu quiser aqui e na hora que bem quiser. E além do mais sou seu marido, não preciso de tanta formalidade pra falar com você, Doutora.

-Então fale o que quer, seja rápido tenho muito trabalho, já que você não aparece mais para trabalhar.

-Vim visitar a minha esposa, não posso?

-Poupe-me com esse papo de esposa Theo, depois de ontem devia ter vergonha de olhar pra mim, como pode?

- Olha só, também não achei bonito o que eu fiz mas senti sua falta.

-Me poupe theo, você passou três anos sem me procurar e agora vem como esse papo de saudade, por favor, acha que sou alguma idiota e além do

Mais esse casamento já acabou já faz três anos, isso tudo aqui é uma farsa!”

Puta que pariu! –  Sol Pensou

Na hora que iria escutar o resto da confusão uma mão a puxa dali.

-É muito feio escutar atrás da porta Sol, ainda mais atrás da porta da sua chefe. – Disse Aurora à secretaria empata fofoca da toda poderosa.

- Ei não estava escutando nada, vim entregar esses documentos para você, Clara precisa assina-los hoje e quando cheguei aquí a senhora, não estava na sua mesa, ia embora mas parei porque esses dois estavam quase se matando lá dentro. – Sol resolveu não contar nada pra Aurora, decidiu que era melhor Emma saber disso primeiro.

- Hum sei, me da logo esses papéis aqui, quando ela assinar levo pra você. Agora tchau, Sol.

Sol saiu dali disposta a ligar para Emma... E parece que a loira estava adivinhado, quando já estava pegando o celular Helena ligou.

- Tenho que te contar uma coisa que ouvi aqui no escritório hoje, sério eu não estou acreditando até agora! O bonitão voltou e a coisa ficou feia na sala da poderosa hoje! – Disse Sol surpresa.

Toda Poderosa/A esposa do meu Chefe. -Clarena ADAPWhere stories live. Discover now