capítulo 4

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unnur

O navio serpente flutuante da capitã Unnur corta as águas agitadas do Mar do Sul de Kalin, enquanto os ventos gelados do Norte Profundo sopram com fúria. O casco do navio é revestido de madeira escura, esculpido com símbolos antigos que parecem ganhar vida à medida que a embarcação avança. O céu está encoberto, e o ar está impregnado com a promessa de uma tempestade iminente.

Os tripulantes se agarram às cordas e se envolvem em pesadas roupas de lã para se protegerem do frio cortante. Ondine, a jovem e destemida filha da capitã Unnur, é instruída a permanecer na proa do navio e enfrentar o desafio do mar bravio. Seus olhos brilham com determinação, apesar das palavras duras de sua mãe.

-Se você acredita que é capaz e que eu não posso me livrar de você, mostre-me sua coragem, sua tola! Fique aí e prove seu valor. Mas não ouse morrer! -unnur diz

Unnur se afasta, deixando Ondine sozinha na proa. O vento gelado chicoteia seu rosto, fazendo com que suas bochechas coradas fiquem ainda mais avermelhadas. Ela aperta os punhos e enfrenta o desafio com coragem, sabendo que precisa provar seu valor para sua mãe e para si mesma.

Os dentes de Ondine rangiam incontrolavelmente enquanto ela corria pelo convés do navio, desesperada para buscar refúgio na cabine de sua mãe.

-Mamãe! Por favor! - ondine fala cobrindo seu corpo com seus braços pelo frio

Suas mãos batiam freneticamente na porta, suas lágrimas congelavam em seu rosto, tornando seus olhos ardentes. Ondine sentia um misto de frio e dor emocional.

Finalmente, Unnur abre a porta e a menina se joga em seus braços, abraçando-a com toda a força que lhe resta. A capitã unnur permite a garota entrar lhe oferecendo um copo de leite.

-Ondine, eu nunca quis você. Nunca imaginei que teria que lidar com a lembrança constante daquele ladrão de cabelos vermelhos e olhos ardentes. Você é um fardo para mim, uma lembrança constante de fraqueza. Estou cansada de você.

Sou jovem e mereço tudo o que o mundo tem a oferecer. Você é o desafio que recebi para alcançar a vitória. A partir de agora, você não é mais minha filha. Eu me livrarei de você.

As palavras cortantes de Unnur atingem Ondine como uma flecha no coração. Ela se sente traída e abandonada pela única pessoa que deveria amá-la incondicionalmente.

Ondine engole o choro e enxuga as lágrimas, decidida a provar seu valor e encontrar seu próprio caminho, longe da influência amarga de sua mãe.

Unnur, uma destemida pirata encontrava-se na exuberante ilha de Tempest. cansada de suas inúmeras aventuras. No entanto, sabia que o destino a chamava para o infame bar da ilha, onde um ladrão bêbado, com quem ela tinha uma história complicada, provavelmente estaria. Apesar de estar exausta de evitar a menina Ondine e suas constantes desculpas, Unnur permaneceu ao seu lado por sete longos anos, dedicando-se intensamente a cuidar dela. No entanto, ela sabia que sua verdadeira missão não era ser mãe, mas sim descobrir os segredos ocultos das ilhas misteriosas.

Unnur, acompanhada por sua destemida tripulação, adentra o bar com passos decididos, atraindo todos os olhares ao seu redor. Seus olhos perscrutam o ambiente até encontrarem o ladrão que havia roubado seu coração e sua paz há tanto tempo. Com uma mistura de raiva e determinação, Unnur se aproxima dele e desfere golpes furiosos, enquanto o pirata, embriagado, mal consegue se defender. As palavras ecoam com intensidade enquanto ela o confronta:

-SEU IDIOTA! Finalmente te encontrei! E só não te mato porque você tem contas a pagar!

henry em um movimento rápido, desfere um chute na barriga de Unnur.

-SAI DAQUI, SUA DOIDA! -Henry fala

Unnur se afasta, debochando da situação.

-Segurem esse animal. Bom, vou direto ao ponto. - unnur pronuncia

-Aquele que encostar em mim vai perder a cabeça henry diz puxando sua espada, que se acende em chamas, tornando-se incandescente.

Unnur o repreende com firmeza.

-Abaixa essa porra de espada,Henry! Eu tenho um presentinho especial para você.

-Se for outra noite como aquela, me sinto na obrigação de recusar. Você foi péssima. -Henry responde com um sorriso sarcástico e provocativo.

Unnur ri furiosamente diante da resposta dele.

-Você não mudou nada, seu idiota de merda! Mas não estou aqui para isso.

Graças aos deuses! -Henry suspira aliviado e respondendo com ironia.

-Nos últimos 7 anos, fui caridosa e cuidei de uma menininha. E adivinha quem é ela? Sua filha, seu vagabundo. -unnur diz revelando a verdade

GUARDIÕES dos dez reinos Where stories live. Discover now