Capítulo 11 🌻

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"Após algumas semanas passando mais tempo com Nami do que o normal — por conta de nosso castigo depois da "bagunça" no laboratório —, pude notar o quão incomodada ela constantemente ficava quando ia com seu cabelo solto para a escola

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"Após algumas semanas passando mais tempo com Nami do que o normal — por conta de nosso castigo depois da "bagunça" no laboratório —, pude notar o quão incomodada ela constantemente ficava quando ia com seu cabelo solto para a escola. Foram inúmeras as vezes em que a vi se irritar com uma mecha específica de seu cabelo, o mesmo cacho rebelde que se recusava a ficar contido atrás de sua orelha para irritar seu olho direito; percebera por sua expressão de irritação que aquilo a estava tirando tanto do sério que seria capaz de pegar a primeira tesoura que visse em sua frente para cortar o cacho de sua franja.

Não era de hoje que eu sabia da existência de uma loja de semi-joias que fica no caminho para o fliperama que eu frequento, mas pela primeira vez realmente encontrara algo que me fez correr para dentro do estabelecimento; não pude evitar de pensar em Nami no instante em que meus olhos se voltaram para aquele pequeno e delicado conjunto de presilhas de girassol postos na vitrine, o miolo marrom da flor me lembrara os olhos escuros e brilhantes de Nami, que tinham uma coloração mel se olhada a uma boa proximidade, e eu me tornara um amante de seus olhos desde que começara a enxergar a garota como além de uma rival.

Meu coração acelerara em uma felicidade que não cabia em meu peito, a vendedora deve ter pensado que eu era um louco por não conseguir segurar o sorriso apaixonado a todo momento... Aquele par de presilhas pareciam ter sido colocadas na vitrine justamente para mim, para Nami, na verdade... E como eu, um grande admirador de dramas românticos, ignoraria um sinal tão forte assim do universo?

Confesso que passei uma semana guardando aqueles enfeites de cabelo até criar coragem para entregá-los; e então, em mais um dia como outro qualquer, estávamos apenas Nami e eu dividindo uma mesa redonda e bem espaçosa, que nos deixava a uma boa distância. Um quadrinho aleatório em minhas mãos que só peguei para esconder minha expressão ansiosa. Sabia que eram poucas as pessoas que usavam a biblioteca no horário do intervalo, mas ainda sim está vazia de mais... silenciosa de mais.
Não sei se deveria ficar feliz pois, se pensar bem, teria uma certa privacidade para fazer aquilo que tanto adiara.

Em certos momentos, quando Nami desviava sua visão de seu livro para olhar em volta da biblioteca, podia ter certeza que ela escutava meu coração descompassado, o que não achava tão impossível... Ele está batendo tão forte e alto em meu peito que não me surpreenderia se Nami pudesse escutá-lo.

Tardando nervosamente pelo momento em que entregaria a presilha a ela, o sino acabou tocando, e Nami fora rápida em fechar seu livro e se levantar, o que me alarmou, e em um impulso me pus sobre os pés, caminhando a passos largos em sua direção, aproximando minhas mãos em seu rumo, colocando a presilha em seu cabelo antes mesmo que ela permitisse que eu o fizesse. Recebi um olhar de reprovação e confusão por minha ação inesperada, e a garota logo em seguida tocou seu cabelo, na parte da franja, sentindo algo ali, que ela tirou para conferir o que seria. Nami analisou o pequeno enfeite com uma expressão perplexa, levantando seu olhos para me olhar, como se estivesse perguntando com seus lindos globos cor de outono o que aquilo significava.

— É um presente. — respondi. — Você não parava de mexer nessa franja. — Indiquei, o que a fez curvar as sobrancelhas; usara um tom descontraído, tentando disfarçar o nervosismo que agora pouco me consumia.

Seus lábios se abriram, e eu supus que ela estava pronta para negar, então eu fui rápido em sorrir e acenar em despedida, deixando-a na grande biblioteca sozinha com as prateleiras cheias de livros.

Eu sei que deveria ter entregado as duas presilhas, mas decidi que a outra ficaria comigo, já que havia uma grande possibilidade de Nami jogá-las fora, então guardaria caso ela fizesse isso.

Em um futuro distante, talvez impossível, eu possa dar a ela novamente quando estivermos juntos... romanticamente falando."

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Faíscas Espectrais - Livro 1 🌻Where stories live. Discover now