Prólogo 🌻

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Im Nami

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Im Nami

Vestida em uma saia cinza-escuro e blusa branca — meu uniforme escolar —, junto de sapatos pretos tão limpos e novos que parecem brilhar, recebi o buquê de flor de lótus da minha halmeoni¹, que logo em seguida me presenteou com um beijo na testa. Quando ela se afastou para acariciar minha cabeça, vi seus olhos brilharem, marejados de felicidade...mas eu com certeza sinto um pouco de dor neles.
Minha avó é a única que sabe o quão difícil aquilo tudo estava sendo, não a Festa de Boas-vindas que eu tanto odiava — principalmente por ser obrigada a ir —, mas os acontecimentos do meio do ano...

Dois mil e quinze estava longe de ter sido sequer bom, aconteceram muitas coisas que me marcaram, de uma forma bem ruim; minha vó e eu costumávamos viajar para Jeju² quando precisávamos distrair a mente do caos da cidade, mas nem mesmo morar naquela ilha maravilhosa me curaria da dor que estive sentindo desde o mês de Julho daquele ano.
Se eu estou assim, me pergunto como aquela doce e amorosa senhora — que aparentava ser jovem demais em seus quase setenta anos — deve se sentir; mesmo parecendo forte, tenho certeza que tudo isso é ainda mais difícil para ela... Afinal, mais uma parte sua havia ido embora, para nunca mais voltar...

— Não vou poder ir com você dessa vez...Sinto muito.— lamentou acariciando meus cachos, os quais ela adorava enrolar em seu dedo indicador. Já perdi as contas de quantas vezes eu pedi a ela que não os tocasse pois demorava para arrumar, mas ela nunca me escutava...Como ficaria o final de semana todo sem ela por perto, eu permitiria...

— Está tudo bem, vovó. — Me forcei a dar um sorriso, na tentativa de diminuir sua preocupação. — Pode ir. Vou ficar bem. — assegurei com uma falsa confiança.

A mulher de meia idade acenou em afirmação, mas uma voz interna me dizia que ela me ligaria pelo menos três vezes por dia para garantir que eu não pulara nenhuma das refeições.
Aquela senhora teimosa fizera questão de encher a geladeira de marmitas, mesmo eu tendo dito que não precisava porque sei cozinhar; ela insistira que eu precisava disso para não sentir saudades, tanto dela quanto da comida deliciosa que só ela faz.

Ela ainda está aqui...mas a saudade se fizera presente em meu coração no instante em que a ouvi dizer que viajaria...
Um último beijo em minha testa e ela pegou sua bolsa, a qual continha alguns poucos pares de roupa para sua curta estadia em Jeju, e saiu pela porta com um sorriso de saudade.

🌻

Bem antes de colocar os pés no gramado da escola eu prometi a mim mesma que a primeira coisa que faria seria conversar com SiWoo. Precisava dar um fim em toda nossa história antes das aulas começarem... Depois de todos os acontecimentos do ano passado eu certamente não conseguiria continuar com nossa rivalidade que já perdurara quatro anos; competíamos até para quem conseguia chegar na cantina primeiro. Confesso que a lembrança me fez sorrir...mas eu não conseguiria dar continuidade àquilo.

Faíscas Espectrais - Livro 1 🌻Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt