O que você faria se recebesse a notícia que seu maior rival da escola cometeu suicídio?
Pior: o que faria se o mesmo aparecesse em sua casa no meio da madrugada...como um fantasma?.
Essa é a história de Im Nami e Han SiWoo, dois jovens que tivera...
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Im Nami
Crisântemos brancos, uma flor linda comumente usada em velórios coreanos...há muitos deles. Meu primeiro dia de aula e eu sem dúvidas vi mais dessas flores hoje do que em toda a minha vida.
Assisti imóvel, na porta da sala, à medida que alguns alunos chegavam e deixavam seus buquês cuidadosamente sobre a primeira mesa de madeira clara da fila do meio, a mesma que pertencera Han em vida. Minha mente parecia estar coberta por uma névoa que só me fazia pensar em em frases que me colocariam em sérios problemas;palavras que não podiam — não deviam — ser ditas em voz alta.
É comum os alunos levarem crisântemos em memória da pessoa falecida, deixam na mesa e fazem uma rápida oração. Não me surpreendo que tenham tantas, já que Han era alguém muito popular; com os garotos que praticavam esportes, mas principalmente com as garotas, que suspiravam de amor toda vez que o viam passar pelo corredor. Mas ainda sim... Não entendia como podiam ser tão descarados a esse ponto, já que fingiram ignorância por diversas vezes enquanto o viam ser intimidado. Diziam ser amigos dele... Mas nunca fizeram nada para ajudá-lo.
Fiquei paralisada no mesmo lugar por mais de segundos, despertando quando meus ouvidos captaram um baixo e fraco "Bom dia" e depois, mais audível dessa vez: "Com licença"; me afastei para observar a silhueta de Joo HwangJun deslizar pelo espaço da porta, me agradecendo com um aceno de cabeça. Apertei as sobrancelhas em dúvida. Não me lembrava de tê-lo visto na Cerimônia de Boas-vindas, nem mesmo de ver seu nome na lista da sala.
A última vez que nos falamos foi no ensino fundamental, pelo o que eu me lembre; oitava série,primeiro dia de aula, isso mesmo. Antes de ele virar um completo babaca, Na verdade, antes de eu saber que ele era um babaca. Não me preocupei em respondê-lo, o mesmo também pareceu não se importar.
O observei atentamente, me perguntando se ele realmente faria o que eu pensava. Desacreditei quando o vi colocar uma única flor de crisântemo na cadeira de Han, o que me fez apertar os olhos em fúria, me recusando a olhar para aquilo; meu punho, respondendo ao sentimento de ódio, se fechou com toda a força. Falhei em me acalmar...infelizmente.
Caminhei a passos largos na direção de HwangJun, que permanecera parado na frente da carteira escolar coberta de flores brancas, orando. Fingindo. Curvei um pouco a coluna para chegar mais próximo da mesa, e em um só empurrão com os braços, joguei todas as flores ao chão, pisoteando-as com todo o ódio que venho reprimindo bem antes da cerimônia de boas-vindas de sexta-feira.
Na tentativa de me impedir, o garoto gritou. — Ei! — Tentou de novo,já que a primeira vez não surtiu efeito. — Nami, o que você tá fazendo!? — esbravejou entredentes, logo em seguida me puxando pelo antebraço em sua direção, afastando-me das flores pisoteadas.
Puxei meu pulso em uma tentativa falha de me soltar, ele era mais forte, obviamente.