O remetente da carta

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— Quem foi o filha da puta?
Pergunto tentando demonstrar irritação, sendo que minha cara demonstrava totalmente o contrário.
Assim que vejo Jeongyeon rindo e Nayeon gravando, já tinha certeza de que foi a Jeong, que ódio! 

— Você vai ver só.
Assim que vejo Nayeon colocar o celular na cadeira, finjo que vou correr atrás da Jeong e vou na direção da Nayeon. Levanto a no colo e a jogo na piscina. 

— Filha da puta, aí que ódio Son Chaeyoung! Nayeon gritou quando sentiu a água gelada contra sua pele.

— A vingança é um prato que se come cru.

— Quê? Nayeon pergunta confusa.

— Prum. Faço um barulho de peido que eu acho o ápice da comédia e vejo Nayeon dar o seu dedo do meio com uma possível cara de desgosto.

— Essa sua filha é muito abusada! Jihyo comenta brincalhona.

— Ela tá precisando da dona dela. Dahyun veio do além para fazer graça, é sempre a Dahyun.

— Mina, Mina, MINARI. Momo completa a fala de Dahyun e ficam as quatro idiotas com a palhaçada.

— Fiquem sabendo que eu sou a fã número um de michaeng.

— Vocês são idiotas, isso sim!
Após a patifaria dessas palhaças.
Félix coloca as coisas na mesa e chama o pessoal para comer.
Por mais que eu ame e goste de todos que estão presente, ainda prefiro comer na área do campo ou de algum gramado, passa uma vibe boa e tranquila. 

Com o meu humilde prato de dois hambúrguer, uma porção de batata frita e uma coca cola. 
Trato de caminhar até a área do campo e me sento no gramado. 

Após comer tudo, decido caminhar para relaxar um pouco. 

Avisto uma pessoa um pouco afastada sentada perto ou em um tipo de arquibancada, ou alguma coisa parecida, sou ruim da vista.
Vou caminhando em passos normais e assim que chego perto, minha vontade é de voltar o mais rápido possível, mas eu não conseguia. 

Uma parte da minha cabeça falava "vai! Vai!" E a outra parte "Não, não!" Por que eu sempre escuto a parte idiota? Que ódio! 

Eu não queria socializar, muito menos falar com ela, mas era uma questão de solidariedade. Idai que eu nem lembro o que significa solidariedade, mas deve ser algo de "mulheres ajudam mulheres" tanto faz, minha memória é ruim. 

— Mina, você está bem? Minha voz quase saiu falha, eu tentei fazer com que minha voz saísse normal, mas era impossível, era a Mina alí, ao mesmo tempo que eu tinha empatia, eu tinha uma enorme vontade de xingar ela. 

Eu estava esperando um "como se você se importasse" acho que ela já falava no automático, mas é engraçado.
Tomei um susto quando escutei sinceridade invés de ironia. 

— Não, acho que estou passando mal, minha cabeça dói e meu corpo também. Estou cansada, cansada de tudo e cansada de mim mesma.
Mina ainda mantém sua cabeça baixa e suas mãos em volta de suas pernas. 

— Você tomou algum remédio? Pergunto já preocupada, o grande problema de Mina é que ela dificilmente aceita ajuda, isso é desde sempre.

— Tomei, eu acho. Mina estava mais branca que o normal, pensei que nem fosse possível.

— Levanta a cabeça, você vai ficar mais tonta. Falo me aproximando da mesma e fazendo um pequeno cafuné em sua cabeça. 

Eu não consigo ser ruim com certas pessoas, ainda mais quando são pessoas que sei que fariam o mesmo.

— Eu vou ficar bem, obrigada pela preocupação! Assim que Mina levanta sua cabeça, a expressão dela muda de mal para triste ou com medo. Sinto que ela não queria nem me olhar, talvez esteja se sentindo envergonhada pelo ocorrido da noite retrasada.

Segunda chance - michaeng Where stories live. Discover now