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Luca

Homens e sócios da famiglia tentam com muito custo falho não encararem para meu rosto, até mesmo aqueles que já haviam visto a lembrança dos meus erros com minha mulher, que a mesma marcou em minha pele para todo o resto dos meus dias em terra, e provavelmente, no inferno, os que só haviam ouvido sobre tal coisa, malmente piscam. Seria engraçado se após isso a senhora Romano tivesse me concedido seu perdão, mas isso estava longe de acontecer.

— Se quiserem uma foto, cobro apenas cem pratas — Vince diz em alto e bom som, o homem poderia sussurrar e ainda sim ser ouvido, tamanho silêncio enquanto apreciam a obra de Vittoria Romano, minha esposa que me odeia e me quer o mais longe possível dela, não importasse o que eu fizesse. Não tudo!, rosna a besta. Sim, não tudo! Meu estômago embrulha somente com a ideia. Aceitar Vito, e não só isso... Ser um bom pai. Vittoria diz que não serei como o meu, que vai estar ao meu lado e não permitirá, parte minha acredita, quer isso, mas ela também disse que ficaria ao meu lado e agora, mesmo dividindo o mesmo teto há tenho mais longe do que nunca. Vittoria me odeia e não preciso de mais um nome a lista. O ódio que Vito carregará por mim sequer se comparará com tamanha dor, revolta e amargor se eu falhar com isso. Vito terá Vittoria e isso é o suficiente, mais do que a maioria teve ou terá. Vittoria cuidará, amará e impedirá que o menino se perca tanto que algo dentro dele surgirá e compartilhará quem ele é para toda eternidade — Com um autógrafo mais mil. A besta tem gostos caros amigos, o irmão nem se fala.

Dino atira a cabeça para trás antes de fazer meu irmão se calar. E é quando Simone aproveita para se aproximar. Inclinando seu rosto até meu ouvido, seu sussurro me faz saltar da cadeira.

O herdeiro está vindo.






(...)

Vittoria aperta a minha mão com tamanha força que jamais pensei que ela ou qualquer mulher poderia ter, enquanto empurra Vito para fora de seu ventre, seus gritos devem rasgar sua garganta e suor e lágrimas brotam e escorrem por seu corpo, mas o menino é teimoso, insiste em continuar dentro da mãe. Eu estaria em seu lugar, se isso significasse que ela não precisaria passar por isso.

— Ainda há tempo para uma cesárea, certo? — pergunto quando não aguento mais os gritos e lágrimas de Vittoria, todo esforço e dor que faz e sente, quando não parece funcionar. E muito menos encorajá-la há continuar com isso — Se passou muito tempo, porra!

A médica e o restante da equipe parecem suspirar aliviados.

— N-n-não... Eu consigo! — diz ofegante, fraca, mas insistente.

Me ajoelho ao seu lado, seus olhos molhados, avermelhados e exaustos, se viram até mim.

— Eu nunca duvidaria disso, Bella, mas já passou tanto tempo, então, por favor, considere. Não por mim, nem mesmo por você, mas pelo garoto.

Citar o filho, é como mágica.

— É o melhor, Vittoria! — a médica concorda com urgência, antes mesmo de Vittoria verbalizar, ainda que eu já tivesse sua resposta.

O brilho em seu rosto e olhos abatidos.

— Prometa que meu bebê ficará bem — ela exige.

A médica assente, sem muita confiança. A olho.

Ela engole seco.

— Claro! Tem minha palavra! — se corrige — Rápido, vamos começar o procedimento.

— Vai tudo ficar bem, Bella!

— Promete, Luca?

Beijo sua testa.

— Por tudo que é mais sagrado!

— Não vai nos deixar?

Sorrio para ela.

— Nem se eu pudesse.



(...)

Vittoria tem seus olhos fechados mesmo que não esteja apagada, e me pergunto se sente o mesmo que eu, quando Vito está fora dela e não faz um barulho sequer. Meu coração realiza todo tipo de cambalhota, pronto para atravessar minha caixa torácica e dar o fora dali para o chão. E antes que ele faça isso, já começa a me impedir de sequer me mover, eu não consigo por vários segundos, e quando com muito custo largo a mão de Vittoria e dou um passo até ele, seu choro ressoa pelo lugar. Meu coração não desacelera de imediato, olhar para aquela pequena grande criatura suja de sangue berrando alto, agora, não pode permitir.

— Meu filho... — Vittoria sussurra, os olhos miúdos e novamente banhados de lágrimas, medo e alívio.

— Ele está bem, Bella. Vocês dois estão — digo apenas um pouco mais alto, voltando a olhar para a coisinha teimosa nos braços da médica, vindo até ela. Quando Vito é extendido para mim, meu coração volta a perder o controle sobre si — O entregue a mãe, mulher! — soa rudemente até a doutora que trouxe o me... filho de Vittoria ao mundo — Irei avisar há todos — me apresso para fora dali.

Na porta, assisto Vittoria se emocionar ao receber o filho querido e amado, em seus braços.





Vittoria

Uma arma poderia estar apontada para mim que eu não seria capaz de desgrudar meus olhos para longe do meu pequeno. Vito é a o bebê mais lindo do mundo e não me importo nem um pouco que toda mãe pense isso de sua criança. Com todo o susto e pavor longe, não posso deixar de admirar, me encantar e amar mais um pouquinho há cada segundo que se passa, somente ao olhar para ele. E agora com as visitas longe, não preciso compartilhar meu neném com ninguém.

Meu piccolo!

Seus fios são de um loiro apenas um pouco mais escuro que os do pai, mas Mav e Francesca acreditam que eles ficarão escuros como os meus, sua boquinha e nariz me lembram Luca também, ainda que Vince diga que a criança mais adorável do mundo não pareça nada mais que um joelho cabeludo, eu quis bater nele. Pior que meu irmão concordou, aparentemente ele e meu cunhado compartilham mesmo do mesmo humor. Eles não sabem de nada! No entanto, o que ninguém pode discordar é que Vito tem os mesmos olhos azuis flamejantes do pai.

Estava curiosa para saber sua opinião, mas dois dias haviam se passado e Luca não voltou para perto de nós dois. Nem sei se ele ao menos viu de fato o rosto do filho. Sei pelas pessoas que ele não sai da sala de visitas, em alguns momentos somente por alguns minutos e logo retorna. Ele sempre retorna.

Suspiro.

— O que eu faço com o teimoso do seu papai, hein, Piccolo? — murmuro para meu esfomeado. O garoto suga o leite em meu seio com anseio e muita necessidade, quem vê poderia me acusar de não alimentá-lo por várias e várias horas — Tenha somente os olhos do seu papà, certo?

Como se me entendesse, os olhinhos azuis de Vito, se voltam rapidamente para mim.

Oh, Menino Jesus!






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Nas Mãos Do Don - 2ª livro da série Nas Mãos Do Amor जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें