1-Te amo...

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(Charles Xavier)

Estava uma noite linda. O céu estrelado e a brisa batendo no rosto era muito agradável. Estava encolhida no meu roupão enquanto via as estrelas cintilarem no céu.

Tinha sido um dia complicado mas aquele cenário compensava tudo. Me encolhi um pouco, o meu cabelo estava molhado então ficava com mais frio.
Estava super calma quando senti um braço passar pela minha cintura e com um susto senti o resto do corpo se aninhar contra o meu.

"Calma... sou eu Solzinho...", ouvi a voz dele ecoar em minha cabeça. Adorava aquele apelido que ele me dava. Desde o primeiro dia que nos conhecemos ele me tratava assim.
"Da próxima faz pelo menos algum barulho.", pensei para que ele ouvisse, "Assim você vai me matar do corção, Charles."
"Assim tira a surpresa..." ele respondeu me puxando mais para si.

Ficamos assim por um tempo, aninhados um no outro. Sentia a respiração dele contra o meu pescoço e o carinho leve que fazia na minha cintura. Ele sabia o quão nervosa eu tinha ficado naquele dia e que ia demorar para todo aquele nervosismo acabar. Ele só não sabia o quão bem ele fazia para mim nesses momentos e que quando ele estava por perto nunca me sentia imsegura ou nervosa, mas sempre calma e tranquila como se ele fosse a minha proteção de qualquer coisa que possa me fazer mal.

"Sério?", ele ficou tão surpreso que falou em voz alta me fazendo virar a cabeça para olhar ele.
Foi só quando vi os seus lindos olhos azuis cravados em mim que percebi o que ele tinha ouvido os meus pensamentos. Ruborizei e senti minha cara queimando. M**** ele tinha ouvido... Tinha esquecido de bloquear os meus pensamentos de novo!

A verdade é que desde sempre eu senti uma grande dificuldade de mostrar os meus sentimentos para os outros, principalmente o amor e afeto mas mesmo assim Charles me acolheu sabendo que eu o amava mesmo todos aqueles "chiclês" que as outras mulheres adoram. A verdade é que a gente se ama de diferentes formas, não tanto pela declarações nem pela própria paixão mas pelo simples facto de estarmos ali. Perto um do outro.

-Anne...- ouvi-o sussurrar esperando uma resposta já que eu tinha bloqueado os meus pensamentos dele.

-Esquece Charles... pelo amor de deus.- senti a minha cara ainda mais vermelha e virei de novo para o céu estrelado me afastando ligeiramente dele e apertando com mais firmeza a barra de ferro entre minhas mãos.
Aquilo era estranho e constrangedor, sabia que ele estava focado em mim e aquele turbilhão de pensamentos afetuosos estava se tornando cada vez mais difícil de aguentar.

-Não, não vou esquecer...- ele voltou a falar uns momentos depois me puxando pela cintura para eu ficar de feente para ele.- Anne, eu sei que você tem dificuldade com esse tipo de coisas mas dessa vez, só dessa vez, me conta...- ele pediu.

Vi no olhar dele aquele desejo, aquele necessidade desesperada de se sentir amado e eu não resisti mais abrindo a minha mente para ele e expondo todos os meus melhores pensamentos para ele. Por um momento ele fechou os olhos e senti como se a gente estivesse unido, como se fossemos uma pessoa só.
Eu o amo e essa era de longe a minha maior certeza naquele momento.

Quando acabei, ele abriu os olhos focando nos meus e com delicadeza ele me puxou para ele.

-Obrigada, Solzinho...- agradeceu e antes que sequer pudesse responder ele me beijou. Não um beijo qualquer... mas um com paixão, com tudo aquilo que a gente amava. Ele me puxou mais para si com as mãos em minha cintura e eu com os braços em volta do seu pescoço e os dedos emanharados nos seus cabelos. Quando a gente já estava sem ar, apartamos o beijo e eu me encolhi entre os seus braços. Coloquei a minha cabeça para cima descansando o queixo em seu peito e olhei para ele. Ele era consideravelmente mais alto que eu entã ele teve também que baixar um pouco a cabeça para retribuir o meu olhar. Simplesmente lindo. As suas feições suaves, os seus olhos profundos, o seu cabelo bagunçado, a sua vontade misturada com delicadeza...

Pensei tudo em voz alta para que ele pudesse ouvir, para ele soubesse o quanto eu amava, mas senti que não era o suficiente por isso decidi falar em voz alta para que ele não pudesse duvidar.

-Eu te amo, Charles...-murmurei por fim voltando ao abraço e senti que ele me puxou ainda mais para si me acolhendo delicadamente como se eu fosse uma flor frágil

- Eu também te amo Solzinho...

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