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Jordana 🤯:

Mariele: você vai ficar bem na casa da sua tia? - concordei - assim que der eu vou lá, mas agora não dá.

Jordana: eu entendo - falei sem animação- mas eu vou ficar bem.

Germano: vou ir colocando suas malas no carro - passou pela sala com duas malas minhas.

Estava indo embora de São Paulo, vou ficar um tempo na casa de uma tia minha em Santa Catarina.

Ainda continuou recebendo ameaças, mesmo que tenha sido dito em jornais que eu era enteada do falecido Cardoso.

Acho que eles acham que é mentira, por isso ainda estão atrás de mim. Nem eu entendo o porquê de tudo isso.

Minha vida literalmente está virando um inferno. Não consigo parar de chorar e todo dia lembro do fiel.

Eu estou decidida a esquecer ele e é isso que vou fazer. Dos poucos meninos que já me relacionei de alguma forma, o fiel foi o que mais me machucou e olhe que nem namoramos.

Nem o chifre que eu ganhei do meu ex doeu da forma que está doendo tudo isso que estou passando.

Mariele: você vai ter que ficar sem celular por um tempo, pelo menos até tudo isso passar. Sempre vou ficar ligando para a sua tia para poder falar com você- concordei.

Mainha ainda vai ter que ficar por aqui porque está sendo investigada e porque a morte do Cardoso ainda é recente,e ela não pode ir embora assim.

Mariele: mainha te ama muito. Toma cuidado lá,por favor.

Jordana: não vou me relacionar com ninguém, não precisa se preocupar - sorri sem ânimo. - eu vou tomar todo o cuidado.

Minha mãe sorriu sem graça e me abraçou. Senti vontade de chorar,mas me segurei.

Acho que ela não aguenta mais me ver chorar todo dia.

Germano: vamos - apareceu e mainha me soltou.

Mariele: eu te amo - brigou minha testa.

Jordana: também te amo- abracei ela.

Peguei minha mochila de costas e saímos de casa. Entrei no carro e mainha ainda ficou conversando com painho. Fiquei olhando para eles dois e sorri de lado.

Mainha evita meu pai por causa de tudo que ele já causou a ela. Painho ainda gosta de mainha, mas sabe que não merece ela.

Mas,mesmo eles tentando se evitar por ainda terem sentimentos uns pelos outros,tentam criar uma relação por minha causa.

Vi quando painho sorriu sem graças e balançou a cabeça para ela,ele já estava se virando para entrar no carro quando uma moto parou do seu lado e desceu dela o saci.

Olhei sem entender e o saci falou alguma coisa, depois direcionando a atenção para mim e vindo até o carro.

Saci: tenho um bagulho teu- falou depois de ter batido na janela e eu ter aberto. - fiel mandou te entregar.

Meu coração se tranquilizou um pouco por saber que ele estava bem,mas nada mais que isso.

Jordana: eu não quero nada dele.

Saci: mas é teu - puxou do bolso e entregou meu celular que estava com a tela trincada- isso daqui também.

Entregou um papel e peguei sentindo meu  coração acelerar, abri e só de ver o começo deu vontade de voltar a chorar.

Saci: tá de viagem? - olhou para dentro do carro e não respondi virando o rosto e tentando segurar as lágrimas- aê, sei que não tenho muita moral para falar sobre essas coisas, mas o Gabriel nunca teve envolvimento direto com o tráfico, ele só fazia uns corre básico.

Jordana: não quero saber dele - falei sentindo minha voz falhar.

Saci: ele só fez o bagulho no começo porque queria criar uma relação melhor com o pai dele. Mas o mano tá arrependido, ele ama tu,se ligou?

Neguei com a cabeça e senti minhas lágrimas começarem a descer.

Saci: perdoa ele,na moral. - fez legal se afastando- tu tá sofrendo e ele também.

Não respondi ele e enxuguei minhas lágrimas, virei meu rosto e vi de lado quando ele se afastou.

Meu pai entrou no carro e me olhou pelo retrovisor, neguei não querendo falar e ele concordou. Mainha veio pela janela me dando um beijo e painho deu partida no carro.

Fiquei olhando para a carta na minha mão e abri ela,mesmo com medo do que poderia ter ali.

A cada palavra que eu lia sentia meu coração apertar e minhas lágrimas desciam com mais intensidade. Larguei a carta de lado sem conseguir terminar de ler e abracei minhas pernas, me balançando e tentando parar de chorar.

Germano: você amava ele mesmo,né? - soltei um soluço mais alto e concordei.

Jordana: porque tem que doer tanto? Porque ele tinha que participar daquilo? Se ele não tivesse participado de nada daquilo a gente seria um quase mais lindo. - soltei outro soluço.

Meu pai me olhou como se quisesse me consolar e eu me encolhi no banco. Só queria esquecer tudo que aconteceu durante esses 4 meses.

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a dama e o vagabundo. Where stories live. Discover now