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No aconchego do seu quarto, Blairys encontrava-se absorta em seu próprio mundo de cores e traços. A luz do dia, suave e difusa, banhava o ambiente, revelando uma paleta de tons vibrantes. Ela repousava numa poltrona luxuosa, pincel na mão, imersa em seu quadro.
Cada pincelada era uma manifestação de seu talento artístico, uma tentativa de escapar das responsabilidades políticas que a oprimiam. No entanto, num momento de frustração, ela fez um traço brusco e ousado no quadro, refletindo a tensão que sentia. O quadro, antes repleto de paisagens idílicas, abrigava agora a marca de seu stress e incerteza.
A porta do quarto se abriu silenciosamente, revelando a figura imponente de Aemond. Ele observou a cena com atenção, seu olho varrendo o quadro e, em seguida, os papéis espalhados pelo chão ao lado dele. Seu olhar se iluminou com malícia quando ele percebeu o que estava acontecendo.
— Parece que alguém está um pouco irritada. - Comentou Aemond com um sorriso arteiro, sua voz soando como uma melodia travessa que quebrou o silêncio, enquanto a observava com uma faísca de diversão.
Blairys, agora surpresa pela presença masculina em seu quarto, sentiu uma onda de desconforto que se manifestou num franzir de testa e em uma careta de irritação que não conseguiu evitar. Seu olhar penetrante não conseguia esconder seu incômodo.
— Aemond, o que está fazendo aqui? - Perguntou ela, um tanto incomodada, sua voz um tom acima do usual, como uma sinfonia de desaprovação, enquanto tentava esconder seu quadro inacabado sob um pano.
Aemond ignorou sua pergunta, ainda lendo as propostas com uma sobrancelha arqueada e um ar de diversão incontrolável, aproximando-se em passos vagarosos.
— Veja isso, o Lorde Everhart está disposto a oferecer de bom grado todas as suas terras pela sua mão em casamento. Um tanto tentador, não concorda? - Zombou Aemond, sua íris gelada brilhando com sarcasmo, enquanto pegava um dos papéis e o examinava.
Blairys, reconhecendo as suas intenções, não conseguiu esconder sua irritação. Seu olhar se estreitou ainda mais, e seus lábios se franziram em desaprovação.
— Aemond, isso não é engraçado. Além disso, são apenas propostas vazias de homens gananciosos com sede de poder.- Respondeu ela com firmeza, sua expressão se tornando cada vez mais tensa, como se estivesse conduzindo uma sinfonia de resistência contra as investidas do tio.
Aemond riu, devolvendo o papel e continuando a explorar os outros com um sorriso travesso, sua expressão desafiadora não se desvanecendo nem por um momento.
— Bem, quem diria que você era tão cobiçada? Talvez eu deva aproveitar a oportunidade e pedir sua mão em casamento também. - Provocou, seus olhos cintilando de diversão, como se liderasse um espetáculo de sarcasmo.
A Targaryen revirou os olhos, profundamente irritada com as provocações do caolho. Seu peito apertado, lutava para manter a compostura diante do caos de emoções.
