Capítulo 6

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No conforto dos feixes de luz, de abrasadora tarde, com um livro no colo, Blairys tentava manter o foco todavia seus olhos permaneciam fixos no mesmo parágrafo há algum tempo

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No conforto dos feixes de luz, de abrasadora tarde, com um livro no colo, Blairys tentava manter o foco todavia seus olhos permaneciam fixos no mesmo parágrafo há algum tempo.

Era inevitável, ainda que tentasse procurar refúgio na leitura o estado de saúde do avô persistia em assombra-la.

Salva do tormento por uma batida em sua porta, a princesa fecha o livro antes de conceder a devida permissão.

— Emily.

Na mudança de Pedra do Dragão para Porto Real, a Targaryen fez questão que a empregada a acompanhasse, em território desconhecido lealdade era ouro.

A fiel serva, com poucos anos de diferença, em momento algum levantou dúvidas sobre a sua honra, muito pelo contrário, com anos de impecável serviço, mostrou-se digna da confiança da princesa.

— Minha Senhora... - Curva-se, em respeito. — Trago novidades do seu interesse.

— Prossiga.

— Tenho um contacto com conhecimentos sobre ervas medicinais.

Dito isso, a princesa levanta-se com esperança nos olhos.

— Onde posso encontrá-lo?

— Nos arredores da cidade, Minha Senhora. - Levando as mãos aos bolsos, a mesma retira um tira de papel da veste. — A morada, sua Alteza.

— Mande preparar Ikaris.

[...]

Pelas ruas estreitas da pitoresca vila, Blairys apreciava as robustas casas de pedra e os muros que a cercavam. O trotar dos cavalos em sintonia com as badaladas dos sinos formavam o cântico natural dos camponeses e artesãos que trabalhavam arduamente
nas oficinas.

Com os fios brancos ocultos pelo capuz, movimentou-se livremente, passando despercebida pelo povo que permanecia entretido com os seus afazeres.

Perdida nos encantos de cada canto por onde passava, acabou num beco sujo, com pouca luminosidade.

Atenta aos demais olhares maliciosos de ambos os lados da estreita rua, com o coração nas mãos, não hesitou em acelerar o passo.

A Targaryen permitiu que um grito escapasse dos lábios, assim que uma mão bruscamente a agarrou, sendo arrastada para uma esquina.

Com o corpo bruscamente pressionado contra a parede gélida preparou-se para revirar, isso até o encapuzado levantar ligeiramente o queixo, relevando o príncipe de um só olho.

— Ora... Ora... Ora... O que leva o deleite do reino a frequentar depravadas ruas? Imagine só a reação do povo de Porto Real ao descobrirem que a princesa tende a seguir os passos da mãe... Certamente cairá na desgraça.

The Ashes of a Portrait || Aemond Targaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora