CAPÍTULO 3

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Pov SN

Quando acordei, sinto olhares sobre mim, não me importando, sento na cama pra raciocinar um pouco, apesar de não precisar dormir, eu gosto, assim que estou totalmente acordada, olho o resto do quarto, vendo Wednesday me olhando de longe sem expressão.

— Por que tá me encarando? — pergunto.

— Pensei que vampiros não dormissem — fala ela intrigada.

— Não dormimos e nem precisamos, mas eu gosto de dormir — falo me levantando.

— Quanto você falou seus poderes, você não citou todos não é? — disse se virando enquanto eu caminhava até o banheiro.

— Isso não e problema seu — falo entrando no banheiro e fechando o mesmo.

Assim que fecho a porta, tranco a mesma, faço minhas necessidades, lavo as mãos e as enxugo na toalhinha que tem no banheiro, destranco a porta e saio do banheiro, não encontrando ninguém no dormitório, olho o meu relógio e vejo que são 15:07, eu dormi durante 5 horas.

Saio do dormitório caminhando pelos corredores de Nevermore, vou até o refeitório onde todos estavam tomando café da tarde, ando pelo mesmo atraindo olhares, pego uma bandeja e saio andando pelo refeitório.

— SN oi — fala Peter caminhando ao meu lado.

— Olá Peter — falo procurando um lugar pra sentar, até que encontro uma mesa vazia, vou até a mesma me sentando, Peter me segue.

— Posso me sentar? — pergunta Peter.

— Claro — falo olhando pra minha bandeja com o café.

— Não vi você na hora do almoço — comenta.

— Por mais que eu não lhe deva satisfações, eu estava dormindo — falo.

— Tão falando por aí que você é filha do Conde Drácula, é verdade? — pergunta.

— É ele é meu pai — falo comendo um pedaço de bolo de cenoura com calda de chocolate.

— Eu nunca conheci um vampiro antes, e quando cheguei aqui você foi a primeira vampira com quem falei — fala Peter comendo seu bolo de chocolate.

— Eu sei que você quer fazer perguntas, vá em frente, faça — o encorajo.

— Tá, vampiros dormem? — pergunta..

— Não e nem precisam, o meu caso é que eu gosto de dormir mesmo — respondo.

— A questão da comida, isso aí te satisfaz? — faz outra pergunta apontando pra minha bandeja.

— A única coisa que nós satisfaz é sangue, mas nós comemos comida de humanos se quisermos sem problemas — respondo.

— Você se transforma em morcego? — pergunta, apenas concordo com a cabeça.

— Quando você se transforma, sua roupa encolhe ou você fica pelada? — pergunta, solto um sorriso.

— Essa pergunta é séria? — pergunto, ele concorda com a cabeça.

— Sinceramente eu não sei, só sei que me transformo de roupa e tudo e quando volto, minha roupa volta também — falo ainda sorrindo.

— Que foda — fala ele sorrindo.

— Mais alguma pergunta? — pergunto.

— Sim, éee... A questão do alho, ele te mata? — pergunta.

— Não, isso é mito, o alho só não cai bem no nosso estômago, o máximo que pode acontecer é uma intoxicação alimentar — falo.

— Deixa eu ver outra pergunta... Você tem quantos anos? — pergunta.

— 174 — falo.

— Legal, última pergunta, mas não é sobre vampiros — fala.

— Não tem problema, pode perguntar — falo pra ele que concorda.

— Você não... Você tem um... — fala sem jeito.

— Você quer saber se eu tenho um pênis — falo.

— Isso — ele concorda.

— É, eu tenho, sou intersexual, mas não conta pra ninguém por agora, por favor — peço.

— Eu não vou contar, relaxa — fala.

— Como você... — falo pensativa.

— É que você tá usando uma calça um pouco apertada, então... sinto lhe informar, mas qualquer pessoa pode ter percebido também— fala.

— Nunca mais uso essa calça — falo terminando de comer.

— Você chegou aqui hoje, e já tem um monte de menina de olho em você —comenta Peter terminando de comer.

— Que bom pra elas — falo pegando minha bandeja e levantando, indo em direção a cozinha devolver a bandeja, logo saindo do refeitório com Peter logo atrás.

— O que você vai fazer mais tarde? — pergunta Peter.

— Olha eu não quero ser grossa nem nada, mas deu de virar minha sombre agora — falo parando de andar.

— Ah, foi mal, eu já vou indo — fala ele de cabeça baixa se retirando, suspiro fundo.

— Eu estava planejando ir na biblioteca, quer ir comigo? — falo pra ele que logo para de andar e se vira.

— SÉRIO? Quer dizer, seria um prazer — fala ele dando um gritinho fino no começo, sorrio sem mostrar os dentes.

— É, vamo lá, se gosta de livros né? — pergunto já começando a caminhar com ele ao meu lado.

— Sim, eu amo livros — fala entusiasmado.

— Que bom, de que tipo de livro gosta? — pergunto.

— Gosto de romance e aventura, e você? — pergunta.

— Eu gosto mais de suspense, mistério e terror, mas um romance de vez em quando não é tão ruim, contanto que não seja clichê — falo.

— Eu também não curto clichê, prefiro aqueles com revoltas, plot twist e talvez uma morte dramática no final — fala.


Assim que pisamos na biblioteca nós calamos, eu fui a procura de livros junto a Peter, eu escolhi The Shining do Stephen King, já o Peter escolheu Vermelho, Branco e Sangue Azul da Casey McQuiston. Nós sentamos ao fundo da biblioteca e começamos a ler, apesar de Nevermore ser um internato pra excluídos com aprendizados totalmente fora do comum, fiquei surpresa por ter esses tipos de literatura além de fatos históricos e contos de Edgar Allan Poe, apesar de escrever muito bem também.



A love for tree ( Wenclair and SN G!P )Where stories live. Discover now