13. Nosso Jantar

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Oi! Antes de começarem a ler, vou deixar o link da playlist do livro aqui nos comentários!

Boa leitura!

— Diane, você já viu a roupa que vai no jantar com o Matteo hoje? — vovó me pergunta enquanto muda de canal.

Ela está assim desde que fui convidada para meu primeiro jantar com um garoto. Mas como eu a fiz mudar de ideia? Disse a senhora que os pais do Matteo não são nenhum tipo de assaltantes e ainda falei que o nome da mãe dele é Isabella, não Caterina. Na mesma hora, a velhinha ligou para o professor Ravi, pediu para me rematricular e me autorizou sair com o Matteo.
Vovô ainda está desconfiado, mas ele não bate de frente com vovó.

— Já escolheu? — na televisão um seriado italiano passava. — Se ainda não, podemos ir a uma loja ou coisa parecida para comprarmos. Não tem problema.
— Ah, vó, — estou vendo a última publicação de Pietro no Instagram onde ele aparece ao lado de Giulio e Daniele. — eu não vou de vestido. Minhas pernas são esquisitas.
— Querida, por favor. Você é maravilhosa e se quiser, convide a Lívia para ir contigo. Vai ser uma ótima companhia.
— Quem sabe. — continuo a rolar mais algumas publicações até abrir meu aplicativo de mensagens e mandar uma para Lívia:

"Oi. Você gostaria de ir comprar uma roupa comigo? É para o jantar com o Matteo."

Subo para tomar um banho e ficar cheirosa para ir às compras.
Estou nervosa, pois o mais próximo de "jantar" com um garoto foi em Paris, quando eu tomava café da manhã em uma cafeteria com Micael e Enrico. Falando neles, o primeiro saiu do nosso grupo de conversas ontem mesmo e Enri, logo em seguida, veio me explicar o motivo disso: o garoto já havia ficado chateado quando eu o rejeitei e depois de um tempo houve uma briga dos meus meninos. Parece pouco, mas Micael resolveu andar com um grupinho de garotos brigões e repetentes da minha antiga escola. Apesar das circunstancias, os garotos começaram a estudar para o Lycée General, porém Micael abandonou Enri para curtir a vida e "viver" intensamente.
É uma pena, pois o tanto que eu o amava não estava escrito, mas ainda assim, não era o suficiente para termos um romance de novela.
Saio do banho vestindo meu macacão jeans comprido com bolso inclinado sem topo e uma blusa de gola alta preta. Lá fora, meu Vans "vêm andando" para meu pé de tanto que o uso.
Penteio meu cabelo enquanto vejo a última mensagem de Lívia:

"Oi, Didi, adoraria! Daqui a dez minutos estou aí."

— Lívia é a melhor amiga do mundo. Não existe ninguém que nem ela. — agora estou olhando meu colar escrito Diane banhado a ouro na frente do espelho. Ganhei-o dos meus pais no meu aniversário de quatorze anos.

[...]

— O que acha deste? — as mãos da minha amiga tiram um vestido Cami Cruzado sem encosto preto.
— Até que é bonito, mas não quero ir de preto. — toco nele. — Acho que não combina comigo. — ela guarda o vestido novamente.
— Ah, Diane, — a menina se vira para mim com cara de quem iria reclamar. — eu adorei o convite, porém é a quarta loja e daqui a pouco escurece. — suas mãos passam nos cabides atrás de outra opção. — E esse rosa? — ao tirar vejo que é outro vestido Cami só que de Ponto Suíço malhado com bainha.
— Não sei Lívia. — uma mulher de cabelos castanhos cacheados e pele morena se aproxima de nós.
— Oi, meninas. Vocês precisam de ajuda? Vi que estão aqui há bastante tempo e não acharam nada que as agrade. — seus olhos âmbares se direcionam para Lívia e depois para mim.
— Eu não vim comprar nada. Quem veio foi ela. — Lívia responde a moça meio irritada comigo.
— Tudo bem. Venham comigo. — nós a seguimos para uma parte da loja que eu Lívia não tínhamos passado.

Ao caminhar, vestidos glamorosos e brilhantes estão preenchendo a parede branca sem graça. Em cima de cada manequim, uma luz branca destacava cada detalhe dos vestidos e ainda por cima, os deixavam extremamente atraentes e manipuladores para eu comprar. Apesar disso, a Diane amante de roupas luxuosas ficou em Paris e eu espero que não volte.

Made in ItáliaWhere stories live. Discover now