Apesar de não querer admitir, eu estava começando a ver Anelise com outros olhos. No inicio, quando vi ela usar meu lindo rosto para poder causar ciúmes em um cara qualquer, aquilo me soou apenas como uma brincadeira de uma garota desconhecida.

Tudo por diversão.

No entanto, o andamento do nosso namoro falso fez uma confusão no meu cérebro. Quando eu a ouvia falando sobre Theo ou quando eu a via com ele, me sentia incomodado e eu não sabia como lidar com isso, acabava agindo de modo possessivo. Anelise despertava um lado meu que nem eu mesmo conhecia. Principalmente no momento em que ela resolveu sair em um encontro com ele e quando os dois dançaram juntos daquele jeito, se esfregando um no outro, eu senti o meu sangue ferver como nunca e tive uma vontade grande de ir até lá e arrancá-la daquele imbecil.

Ela era minha.

Eu me sentia sendo irradiado por uma raiva que não tinha explicação. Ele tinha a tocado de forma tão descarada que eu mal podia respirar. Era eu quem deveria a ter tocado daquela forma. Apenas eu.

O ápice em meio à isso tudo foi o beijo. Quando ela me propôs ensinar a ela a beijar foi um pouco inesperado, nunca imaginaria que seria professor sobre algo assim. E também não pensava que Anelise era inexperiente, apenas tímida — e era uma das coisas que mais me agradavam nela.

Eu fui pego de surpresa quando vi que a mesma estava imitando os meus movimentos tão rápido e tão bem. Era impossível esquecer os movimentos da sua língua, os lábios macios pressionando os meus, os sons agradáveis e excitantes que saiam da sua boca durante o beijo. Anelise havia me deixado louco. Era como se ela tivesse ganhado vida, parecendo ter esquecido o seu lado tímido e acuado, despertando um lado ansioso e perverso.

Os seus movimentos de vai e vem no meu colo foi muito mais do que um limite ultrapassado. Eu ainda podia sentir ela em cima. Friccionando. Pulsando nossos corpos. Pressionando com tanta força que eu quase me arrependi de não ter arrancado aquelas malditas roupas do seu corpo.

Ela nunca nem adivinharia as coisas sujas que eu imaginei fazendo com ela.

Eu estava perdido.

Louco pela a Anelise.

E não havia como negar para mim mesmo.

Eu sabia que no fundo ela estava se sentindo mexida e confusa com relação à mim. Era impossível ela não ter sentido nada, até porque, era notório a sensação dela estremecendo no meu colo, se entregando e mandando o controle e razão ir se foder.

Ela estava tão presa à mim, quanto eu à ela.

— Terminou de fazer os seus desenhos fracassados? — Meu pai apareceu do nada, com um tom sério.

— O que quer? — Eu suspirei.

— Já estamos no meio do ano, talvez devesse aproveitar que está prestes a entrar de férias e ir com seu irmão pro restaurante aprender a administrar — Ele se sentou no sofá.

— Tenho cara de quem quer aprender? — Eu o encarei, sério.

Meu pai respirou fundo, se contendo.

— Apolo, eu apenas estou pensando no seu futuro, não quero um filho meu parado e sem futuro. Quando me perguntam o que você vai fazer depois que sai da escola eu nem sei o que responder. Você tem já tem 17 anos e nem sabe o que quer da vida quando acabar a escola. Matteo na sua idade já-

— Eu não sou o Matteo, pai.

— Deveria agir mais como ele. Ser responsável e decidido.

— Eu tenho 17 e não 35 anos. Estudo o suficiente e não tenho reclamações da escola assinada em um bilhetinho para o papai. — Retruquei me levantando.

— No entanto, você sai de escondido sabe-se sei lá onde e gasta mais do que investe — Ele reclamou.

— Idaí? Eu sou rico — Falei dando de ombros e indo em direção as escadas.

— Sua mãe ficaria decepcionada — Foi a última coisa que eu ouvi antes de ir para o meu quarto.

— Veio cedo hoje — Lucca apareceu do meu lado na entrada da escola

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— Veio cedo hoje — Lucca apareceu do meu lado na entrada da escola.

— Meu irmão que veio me deixar, tinha que ir cedo para o restaurante.

— Seu pai ainda não deixou você dirigir o carro? — Ele questionou com a sobrancelha levantada enquanto isso caminhávamos na direção de um banco. Todo mundo estava sem uniforme, já que era dia de prova, a escola havia liberado usar roupa normal.

— Não, como sempre.

Sentamos no banco observando as pessoas que passavam por ali.

— Eu falei com a Anelise ontem — Lucca disse.

— E como ela tava? — Olhei para ele, curioso.

— Estava com a aparência de quem chorou a noite toda.

Droga. Aquele babaca vai me pagar.

Meu olhar ansioso felizmente encontrou Anelise, que chegou no carro junto com Flora. Franzi o cenho quando notei as diferenças na sua aparência. Ela estava com algumas tranças de raiz no topo da sua cabeça e aparentemente com os cachos soltos atrás, dando volume. A saia xadrez que ela estava usando era mais curta do que as que costumava usar, exibindo aquele belo par de pernas com meias.

Ela estava mais bonita do que o normal.

Flora a puxava com vigor enquanto Anelise parecia reclamar de algo. Eu acompanhei cada movimento seu com o olhar. Seu rosto não parecia tão cansado por conta da maquiagem, mas sua expressão no rosto dizia ao contrário.

— Caramba, aquela é a Anelise? — Lucca franziu o cenho, observando.

— A própria — Eu falei ainda com os olhos nela.

— Ela tá parecendo as patricinhas de Beverly Hills — Ele comentou me fazendo franzir o cenho, confuso. — Isso é coisa da Flora, certeza.

Continuei analisando aquela situação. Foi possível ver a aproximação de Lavínia com um sorriso nos lábios, parecendo amigável só que a expressão de tédio no rosto de Anelise era escandalosa. Lavínia estava falando alguma coisa pra elas o que foi suficiente para Anelise mostrar o dedo do meio pra a loira e depois sair direto pra sala.

Ela ficava muito mais linda brava.

Querido desconhecidoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora