☀️Jeremiah Fisher - noite☀️

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Tema:Cute
Série:O verão que mudou minha vida
Classificação:Livre

"Em noites ruins S/n sempre tem a quem procurar"

☀️

S/n pov's

A noite pesa ao meu redor enquanto estou deitada na cama, cercada pela sinfonia silenciosa da casa de praia, acomodando-se na quietude da hora tardia. A luz da lua se espalha pelas cortinas semicerradas, lançando sombras etéreas na parede. O murmúrio rítmico das ondas serve de canção de embalar, mas em vez de acalmar, apenas acentua a inquietação interior. 

Eu me viro e me viro, os lençóis se retorcendo ao meu redor como uma tentativa fútil de escapar das garras da insônia. As tábuas do piso de madeira rangem suavemente em resposta a cada movimento meu, a própria casa parece viva com memórias e segredos. O ar está denso com o cheiro de sal, um lembrete sutil da proximidade do oceano logo além das janelas. 

Um suspiro suave me escapa e me sento, a sala iluminada pela lua oferece uma paleta suave de grama e azul. A brisa do mar entra pela janela aberta, trazendo consigo o sabor salgado do oceano e um leve toque de protetor solar que permanece na minha pele depois de um dia passado sob o sol. É um perfume que parece verão, uma lembrança tangível de dias cheios de risadas e momentos de tranquilidade.

A casa de praia, geralmente ecoada pelas risadas dos amigos que se tornaram família e pelo tilintar dos copos, agora está envolta em uma tranquilidade serena. Os únicos sons são as ondas distantes, os rangidos ocasionais da casa e o suave farfalhar das folhas do lado de fora da janela. A noite está viva com um tipo diferente de energia, que convida à introspecção e à contemplação tranquila. 

Olho para o relógio; seus números brilham fracamente, indicando que já é tarde. A frustração cresce dentro de mim enquanto os pensamentos em minha cabeça se recusam a se acalmar. O peso da incerteza pressiona meu peito, e o luar, que já foi amigo, agora parece acusatório, iluminando as sombras da dúvida. 

Com um suspiro resignado, saio da cama, sentindo o frescor do piso de madeira acalmar meus pés descalços. A sala iluminada pela lua está vazia e a quietude é quase palpável. Encontro-me parado perto da janela olhando para a extensão prateada do oceano, pensando se devo dar um mergulho noturno. A calmaria rítmica das ondas parece acenar, prometendo uma breve fuga do pensamento emaranhado que se recusa a abandonar. 

No entanto, um impulso diferente me guia esta noite. Há um desejo de conexão, de uma presença que possa compreender minha insônia. Meus pés descalços me levam pelo corredor, cada passo um sussurro contra as tábuas envelhecidas do piso. O brilho suave do luar me segue, deixando um rastro prateado em direção ao quarto de Jeremiah. 

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