"Sangue nos meus olhos fazem ser difícil de enxergar isso Eu fui procurar por um anjo, então você veio para mim, minha querida"
ANGELS — Chase Atlantic
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Eu sentia cada sensação que Talisa sentia, quando ela estava com medo, quando estava assustada, com nojo, todas.
E agora, o cheiro de medo e angustia estava pairando no ar enquanto observava ela em uma distância favorável que foi inútil já que ela já havia me visto.
Quando as mãos imunda deles tocaram ela, foi para o ápice para mim. Eu sai da minha forma normal, caminhando em passos lentos enquanto ainda observava os dois, até minha garota retirar as mãos dele dela, o que me tirou um sorriso de canto.
Eu me parei atrás dela, meus olhos estavam escuros enquanto observava ele com expressão dura e rude, Talisa havia notado minha presença indo para trás e mantendo uma distância favorável com esse homem nojento.
— algum problema aqui? — meu tom saiu em forma de ameaça e vi os ombros do velho barbudo em nossa frente ficarem rígidos, dei um pequeno sorriso sombrio em sua direção, sentindo o medo crescendo em seu peito.
— está tudo bem, de qualquer forma, vou voltar ao meu serviço — ela se vira, ajeitando o tecido em volta do corpo e voltando a bancada.
Eu me virei observando o velho, ele girou o calcanhar e se virou para ir embora, mas antes que se afastasse eu travei seu corpo, o fazendo arregalar os olhos e virá-los em minha direção com a angústia vibrando em sua expressão.
— se você encostar um maldito dedo nessa garota, você vai ter uma morte dolorosa, crua, e completamente lenta, e eu só vou me dar por satisfeito quando ter a certeza de que seu destino será o inferno — eu falei com um sorriso no rosto, mas não um que chegasse aos meus olhos.
— está bem — ele gaguejou por um momento antes de liberá-lo para ir embora.
Eu me encostei numa mesa e fiquei sentado quase a noite inteira observando ela, cada movimento, gesto, ação e fala. Esse lugar era nojento demais para ela estar, homens sebosos e bebados olhavam para ela como se fosse a porra de um pedaço de carne no meio de vários cachorros.
Eu tomei algumas doses de tequila mas aquilo nem ao menos fazia cócegas, então tive que ficar a maior parte do tempo sóbrio sentado nessa cadeira velha cuidando dela, minha Talisa. Ninguém em sã consciência encostaria nela, não comigo aqui.
Eu odiava imaginar ela sendo de outras pessoas, meu sangue fervia dentro de mim. Eu não vou deixar que nenhum cara idiota e mesquinho como esses humanos idiotas encostem nela, nem que cheguem perto com intenções ruins.
Eu era possessivo e eu tinha a total certeza disso, mas eu nem ao menos ligava para isso. Eu sempre consigo tudo o que quero, e ela, era o que eu queria e para deixá-la ir embora, vai ser difícil demais.
