𝐂𝐮𝐫𝐬𝐞𝐝

𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝟗

— CAPÍTULO 9

↳ 𝑨𝑱𝑨 𝑵𝑨𝑻𝑼𝑹𝑨𝑳𝑴𝑬𝑵𝑻𝑬

— Aqui querida — Carolyn disse entregando um prato com panquecas para Elizabeth que pegou sorrindo

— Muito obrigada — a garota agradeceu sorrindo para Carolyn que retribuiu

    A manhã estava sendo ótima oque é de se estranhar dado os acontecimentos. As garotas sorriam e brincavam normalmente a mesa, pareciam mais seguras na presença dos Warren

— Estou pensando em levar as meninas para tomar sorvete, o que acham? — Roger perguntou alto para que todos ouçam

— Eu quero — as Perron mais novas disseram no mesmo instante 

— Você vem Lizzie? — Roger perguntou para a garota que negou com a cabeça — Por que? Vai ser divertido

— Eu não estou muito bem, mas se divirtam — Elizabeth disse sorrindo para as garotas

— E você amor? Vai? — perguntou Roger olhando Carolyn perto dos Warren

— Ah não, estou estou exausta. Acho que viu tirar uma soneca, dormir tarde está me afetando — Carolyn respondeu colocando mais panquecas no prato das filhas

— É uma boa ideia, faz isso, vai descansar — Ed disse olhando a mulher — Eu e a Lorraine cuidamos de tudo 

— Mesmo? — Carolyn perguntou olhando o homem que assentiu

— Eu já vou indo porque meu turno acaba em uma hora — Brad disse pegando o chapéu e saindo do local

— Vai lá Brad — Lizzie disse rindo para o homem que revirou os olhos saindo do local

— Eu nunca vi a casa desse jeito, as crianças se sentem seguras com vocês — Carolyn disse para Ed 

     Assim que Elizabeth tomou o café da manhã ela e a mãe foram para o lado de fora estender os lençóis para Carolyn. Todos haviam saído deixando apenas Carolyn, Lorraine e Elizabeth na casa 

— Pega o outro para mim — Lorraine pediu apontando para o lençol então a filha pegou entregando para a mãe

— Mamãe, não acha a Carolyn um pouco estranha? — perguntou Lizzie quase sussurrando caso a citada ouvisse

— Não pode falar isso querida — Lorraine repreendeu a filha colocando o lençol no varal

— Eu sei, mas eu realmente acho ela estranhada — Lizzie insistiu e quando ia voltar a falar ela se auto interrompeu olhando para o céu

    O céu que antes estava azul começou a se fechas e uma ventania tomou conta do lugar, jogando as folhas por todos os lado. Elizabeth abaixou a cabeça olhando a mãe que tinha o cenho franzido 

— Estranho — Lorraine disse pegando o último lençol para estender

    Elizabeth olhou para a mãe vendo o lençol escapar da mão da mesma e parecendo ter grudado em alguém. Lizzie arregalou os olhos e viu o lençol voando na direção doa janela onde o lençol bateu, quando o lençol voou para longe da casa Lizzie olhou novamente para a janela

— Jesus Cristo — Elizabeth disse arregalando os olhos ao ver alguém na janela, alguém nada humano

— Vem — Lorraine pegou a mão da filha a puxando correndo para dentro da casa, subindo as escadas até o quarto de Carolyn

— Aquela coisa é a entidade da árvore? — Elizabeth perguntou subindo as escadas correndo atrás da mãe, quase caindo mas se segurou no corrimão voltando a correr escada acima, até chegar no quarto de Carolyn — CAROLYN! 

    Lorraine abriu a porta do quarto procurando por Carolyn ali dentro mas a mesma não estava, então ambas foram na direção da porta do banheiro tentando abrir, mas estava trancada causando desespero nas Warren

— CAROLYN! — Lorraine gritou e Elizabeth chutou a porta tentando entrar mas parecia nem se quer fazer efeito — TUDO BEM? CAROLYN ABRE A PORTA

— CAROLYN! — Elizabeth gritou novamente batendo na porta sem parar então Lorraine parou para pensar e logo saiu do quarto com a filha correndo atrás dela

    Lorraine parou na outra porta do banheiro e quando Lorraine ia abrir deu de cara com Carolyn com uma expressão vazia. Elizabeth pegou o pulso da mãe no mesmo instante ao olhar a expressão da mulher que ao perceber as Warren pareceu tomar vida

— Tudo bem? — Elizabeth perguntou tentando disfarçar o seu desespero ao olhar a aparência estranha que a mulher parecia ter tomado

— Passou mal? — Lorraine perguntou empurrando disfarçadamente a filha para trás

— Ah, apenas acordei me sentindo enjoada, só isso — Carolyn disse colocando a mão na barriga, sem fazer contato visual com as clarividentes 

— Tem certeza? — Lorraine insistiu olhando Carolyn que estranhamente olhando para todos os cantos, menos para os olhos das Warren

— Eu estou ouvindo o Roger e as meninas, apenas um instantinho — Carolyn disse colocando o dedo indicador na altura do ouvido e logo passou pela Warren, descendo as escadas 

— Não é possível — Elizabeth disse andando na direção do quarto do casal puxando as cortinhas e olhando na direção em que estavam antes, se certificando de que era mesmo o quarto em que ela viu a coisa — É esse o quarto

— Aquela coisa não veio aqui por nada — Lorraine disse indo até a filha que abriu a janela colocando a cabeça para o lado de fora, olhando todo o local

— A ventania acabou — Elizabeth disse voltando para dentro e vendo a expressão preocupada de Lorraine — Aquela coisa está na Carolyn — a Warren acusou apontando na direção da saída do quarto

— Não podemos acusar, se dermos um passo em falso a entidade pode machucá-la — Lorraine disse colocando a mão no ombro da filha que suava frio — Você está bem?

— Eu não diria que estou " bem ", estou apenas existindo depois de ver a aparência de Carolyn parecendo ter mudado em menos de meia hora — Elizabeth disse olhando a mãe que sorriu levemente passando a mão pelo cabelo da filha

— Aja naturalmente, entendeu? — Lorraine perguntou ajeitando a roupa da filha e logo o cabelo — Vamos — a Warren pegou a mão da filha a levando para a frente da casa onde Carolyn abraçava as filhas normalmente

    Lorraine olhou a filha que mesmo tendo pedido para agir naturalmente, a garota ainda assim tinha um olhar nada natural para Carolyn, um olhar desconfiado e quando Carolyn a olhava a mesma desviava o olhar no mesmo instante

— Está tudo bem? — Carolyn perguntou parando ao lado de Elizabeth, novamente sem a olhar nos olhos

— Sim, estou apenas com uma dor de cabeça, nada demais — Elizabeth disse e olhou a mãe que a encarava de longe então a Lizzie disfarçadamente fez um certo com o dedão para a mãe que riu negando com a cabeça