𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝟑

642 104 70
                                    

— CAPÍTULO 3

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— CAPÍTULO 3

↳ 𝑭𝑨𝑳𝑺𝑶  𝑪𝑨𝑺𝑶




𝟏𝟗𝟕𝟏-𝐌𝐎𝐍𝐑𝐎𝐄, 𝐂𝐎𝐍𝐍𝐄𝐂𝐓𝐈𝐂𝐔𝐓 - 𝐖𝐀𝐑𝐑𝐄𝐍'𝐒 𝐇𝐎𝐌𝐄

— Cuidado Judy, um dia essa galinha vai virar ensopado — Elizabeth disse apoiada no cercado para olhar a garotinha brincando com a galinha junta de Lorraine e Georgiana

— Não vai não — Judy disse se virando para Lizzie assustada e logo se virou para Lorraine — Não vai né mãe?

— Não querida, a Lizzie apenas está brincando — Lorraine disse sorrindo para as filhas — Não seja maldosa, Lizzie 

— Não estou sendo maldosa, apenas dizendo a verdade — Elizabeth disse sorrindo ainda mais

— Lizzie — Ed chamou a filha que se virou para trás o vendo com um casaco nos braços — Vamos?

— Vocês vão aonde? — perguntou Lorraine saindo do cercado para ir até os dois, dividindo o olhar entre ambos

— Compras — Ed mentiu olhando Lorraine que se encostou no carro cruzando os braços

— Por que ainda tenta? — perguntou Lorraine olhando o marido enquanto Lizzie dava a volta e entrava no carro 

— Tenta o que? — perguntou Ed se fazendo de sonso

— Em quinze anos já conseguiu mentir para mim alguma vez? — Lorraine perguntou e Lizzie apoiou os braços na frente do carro deitando a cabeça ali

— O padre Gordon ligou, ele está com um caso para a gente examinar e eu disse que ia investigar com a Elizabeth — Ed disse olhando a mulher que se afastou do carro para poder abrir a porta

— Ei, mãe! — Lizzie disse se virando para olhar a mulher no banco de trás — Vamos só eu e o papai

— E eu vou com vocês — Lorraine disse olhando ambos — Olha, eu sei que estão preocupados que aquilo aconteça de novo 

— É claro que eu estou preocupado — Ed disse olhando a mulher

— Mãe, pode deixar que eu e o papai damos conta dessa — Lizzie disse se sentando de lado para olhar a mulher — Fica e descansa 

— Ela tem razão — Ed apontou para a filha que sorriu para o mesmo — A gente dá conta, Lorraine, pode deixar

— E provavelmente esse caso é nada mais do que uma farsa — Lizzie disse pois havia ouvido oque o padre havia dito — Fantasma no sótão é brincadeira

(...)

— Como haviam dito, o ruído vem apenas do sótão — Elizabeth disse com a lanterna na mão olhando o casal — Vou pedir que ouçam com atenção — pediu e o barulho aconteceu novamente

— Meu Deus é isso — a mulher disse se agarrando ao namorado

— Pode fazer de novo pai — Lizzie disse apontando a lanterna para o mesmo que forçou o pé contra o piso fazendo o barulho de rangido 

— Agora é só o meu peso — Ed disse mostrando para o casal — Mas se juntar a água que vem do cano, com o vento passando pela janela quebrada, essas tábuas se expandem e rangem com a flexão. Ouvem pela casa toda por conta dos canos que vão para o aquecedor — Ed explicou tudo

— Então não é assombrado? — perguntou o homem

— Espíritos tem muito mais oque fazer além de assustar pessoas com um rangir de piso — Elizabeth disse olhando o homem que ergueu as sobrancelhas e curvou os lábios como se dissesse " Realmente " — Precisam apenas arrumar a casa

    A garota se virou saindo do local enquanto Ed conversava com o casal. A Warren se sentou no banco da frente olhando a casa a sua frente e logo desviou o olhar para a bíblia de Lorraine logo ali em cima

— Você acertou — Ed abriu a porta do carro assustando novamente a garota — Era uma farsa

— Isso atrapalha pessoas que realmente precisam de ajuda — Elizabeth disse apoiando o cotovelo na porta 

— Você está bem? Ficou irritada desde o jantar — Ed disse começando a dirigir e intercalando o olhar entre a estrada e a filha

— É só uma sensação ruim, nada demais — Elizabeth disse olhando o pai que assentiu ainda desconfiado — A mamãe vai voltar para os casos?

— Em breve, não sei se ela ainda está preparada a se expor aos casos — Ed disse respirando fundo — Aquele caso desgastou muito ela

— Eu me lembro, nunca fiquei tão assustada em toda a minha vida — Elizabeth disse se lembrando do dia

     Estavam em um exorcismo quando o possuído agarrou Lorraine que o olhou nos olhos vendo algo que a fez soltar um grito agonizante. Elizabeth viu tudo aquilo de perto e quando relou na mãe conseguiu ver o mesmo que ela viu, seu pai morrendo

— Até hoje eu não sei oque ela viu — Ed disse coçando a testa e Elizabeth o olhou de relance

— Eu também não — a mesma omitiu não querendo dizer nada, afinal quem deveria dizer é Lorraine e não Elizabeth

— Bom, você está fazendo um ótimo trabalho, filha — Ed disse lançando um sorriso orgulhoso para a filha que retribuiu — Está ótima nos estudos e agora é uma ótima clarividente

— É um dom de Deus — Elizabeth disse pressionando os olhos 

     Poderia ser ótimo conseguir ver além dos olhos humanos comuns, ver espíritos e até mesmo através de uma lembrança feliz, mas poderia ser horrível. Ser clarividente era pedir para ver coisas que você nunca vai querer ver em toda a sua vida

— É oque eu sempre digo —Ed disse olhando a filha que assentiu 

     Elizabeth novamente sentiu a mesma sensação ruim, era angustiante, como se alguém precisasse de ajuda e ela conseguia sentir o desespero da pessoa. Elizabeth abriu a janela do carro para sentir o vento batendo em seu rosto na tentativa de amenizar aquilo

— Você definitivamente não está bem — Ed disse olhando a filha que fechou os olhos por alguns segundos

— Eu só estou cansada, é só isso — a garota disse pressionando os olhos tentando respirar calmamente

— É uma sensação paranormal ou algo médico? — Ed perguntou confuso e Elizabeth abriu os olhos para o olhar

— Parece que eu sinto a sensação de desespero dentro de mim. Pai, eu acho que alguém precisa da nossa ajuda.

𝐂𝐮𝐫𝐬𝐞𝐝Where stories live. Discover now