Sakura Haruno é uma jovem habilidosa que sobrevive roubando o que puder para sustentar os dois irmãos. Em uma noite, assim que voltou para casa, Sakura e seus irmãos são capturados pelos templários da Igreja e levados até o Sumo Sacerdote, Hiashi Hy...
Já era tarde da noite quando o casal chegou na mansão do lorde demônio de Verdantya, assustando alguns guardas que não esperavam pela aparição tardia do Uchiha. Ao serem questionados pelo rei, responderam que o lorde Sasori, que governava aquela região, estava desvanecido em seus aposentos na companhia de duas mulheres. Sasuke imaginou que ele só acordaria no dia seguinte.
Guiados por uma criada que apareceu às pressas para atendê-los, ele carregou sua noiva sonolenta nos braços até o aposento em que ficariam. Deitou-a com cuidado sobre a cama, e Sakura abriu os olhos por um instante, fechando-os novamente e ajeitando-se no colchão macio ao se dar conta de onde estavam. Mesmo não reconhecendo o quarto, viu que o Uchiha estava consigo.
Sasuke, tomando cuidado com o barulho, retirou as botas e o cinto de sua calça, junto com a jaqueta de couro preta. Entrou no banheiro e tomou um banho quente para relaxar os músculos enrijecidos pela longa viagem. Deitou-se ao lado da Haruno, vestindo uma blusa e uma calça de algodão que foram deixados em uma cadeira. Olhou para o rosto sereno da mulher que dormia ao seu lado e roçou a ponta dos dedos próximo aos lábios rosados. Respirou fundo, fechando os olhos ao sentir um leve aperto no peito.
E então, finalmente, admitiu para si mesmo que o que estava sentindo por ela era mais do que um simples contrato.
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Um soluço abafado despertou o rei demônio de seu sono profundo. O sol ainda estava prestes a nascer no horizonte, mas já era claro o suficiente para que ele percebesse que Sakura não estava mais deitada ao seu lado. Sentou na cama e percorreu o quarto com os olhos, vendo a silhueta da Haruno debruçada no parapeito da pequena varanda. Ela vestia uma camisola longa, o que dava a entender que em algum momento, Sakura banhou-se antes de ir para fora.
Levantou-se e, com cautela, aproximou-se da rosada que chorava baixinho. O aroma agradável de seus cabelos úmidos o atingiu em cheio, deixando-o completamente inebriado. Perguntou-se o motivo de Sakura estar daquele jeito, e independente da resposta, não gostava nem um pouco de vê-la naquele estado.
Devagar, Sasuke abraçou-a por trás com suavidade, assustando a jovem que não tinha se dado conta de que ele estava ali.
— Calma, sou eu — disse ele, apoiando o queixo no topo da cabeça dela enquanto a envolvia pela cintura. — Por que está chorando?
Sakura não recuou, tampouco se afastou dos braços cálidos do moreno. Podia muito bem aceitar aquele abraço como um consolo, um singelo gesto de apoio e carinho da única pessoa que confiava naquele país desconhecido. Precisava daquilo, pois sentia-se pequena e frágil.
Apressou em limpar algumas lágrimas que escorriam de seus olhos antes de responder:
— Não é nada, não se preocupe. — Encarou as montanhas no horizonte, observando o primeiro raiar do sol. Não queria ocupá-lo com suas próprias questões.
— Sakura, acredito que não somos mais apenas dois desconhecidos que fizeram uma troca — disse ele, mirando a mesma paisagem que ela. — Você pode contar comigo. Pra qualquer coisa.
