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VINI'S POINT OF VIEW

Que semana de merda, tenho me sentido péssimo o tempo inteiro. Vi o meu maior sonho passar diante dos meus olhos por míseros minutos e perdi a mulher que amo, talvez completamente, já que resolvi agir como um idiota. Quando eu achava que não podia melhorar, sou surpreendido por um soco do meu melhor amigo. Não retribuo, nem poderia, ele tem razão

— Você pode me explicar que porra você ‘tá fazendo da sua vida? O que passa na sua cabeça? – Ele me empurrou contra a parede e me encostei ali. — Não basta nós estarmos passando por essa situação de merda, você ainda resolve me acusar de ficar com a sua garota, porra?

— Lucas, me perdoe. Eu não sabia o que... – Fui interrompido
— Eu não quero ouvir nada! Quero que você aja como um homem e lide com as consequências dos seus atos. O que diabos a Vitória estava fazendo no seu quarto? E se você ama a Diana, você não vai fazer nada? O que você tá pensando, porra? Veste as suas calças e para de agir como um moleque.

— Eu nunca estive com a Vitória. Ela veio com a minha irmã e armou tudo isso ‘pra voltar a aparecer, ela sabia que isso ia render algo, já paguei para todos os veículos de informação apagarem porque não quero a Diana com cara de otária na internet, eu amo aquela mulher.
Ele soltou o ar com força pelo nariz, colocando a mão em meu rosto e deixando dois tapinhas leves ali, nada comparado ao grande soco anterior.

— Se você a ama, faz alguma coisa cara. Você ainda pode tomar alguma atitude, é só tomar cuidado ‘pra não fazer outra merda.

— E se eu realmente não for a pessoa certa, não seria melhor deixar isso pra lá?

“Pessoa certa?” – Ele riu de uma forma irônica. — A gente voltou pro ensino médio? Até eu que sou um vagabundo sei que não existe pessoa certa, as pessoas fazem dar certo. Se você não tomar uma atitude agora, vai se arrepender pro resto da sua vida.

Incapaz de aguentar mais um segundo daquilo – eu, a mágoa da derrota, tudo –, virei e saí andando, pisando firme pelo longo corredor. Continuei andando, virando e descendo escadas sem saber direito para onde ia. Estava no automático, e a covardia era meu funcionamento-padrão.

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Procurei por um quarto vazio na recepção do hotel, não suportaria lidar com a minha família ou Vitória nesse momento, precisava ficar sozinho. Refleti no que Lucas disse por um tempo, minha cabeça estava um turbilhão. Resolvi dar minha cartada final, enviei uma mensagem para Júlia, rezando para que ela me desse alguma resposta.

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