➝ 08. ☔︎

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CAPÍTULO OITO.


VINI’S POINT OF VIEW

À essa hora, estávamos entrando no campo do estádio 974. O hino se iniciou e ao colocar minha mão direita no peito, percebi que meu coração nunca esteve tão acelerado. Disputei muitos campeonatos importantes esse ano e talvez, possa dizer que esse ano foi um dos melhores da minha carreira, mas a sensação de estar disputando a Copa do Mundo anula qualquer outra sensação profissional que eu já senti na vida.

Quando minha carreira deu essa reviravolta, lembro de ter listado os maiores sonhos da minha vida pro “Vinícius do futuro”. Assinei com o Flamengo e risquei o desejo de defender meu time de coração. Fui contratado pelo Real Madrid e além de riscar o sonho de jogar no maior time do mundo, também eliminei da lista o sonho de ganhar um campeonato europeu. O único que faltava, estava prestes a ser realizado. Ou pelo menos, eu confiava nisso. Era vencer a copa do mundo. 

O jogo começou e todo o primeiro tempo se estendeu de uma forma respeitosa. Era a partida com menos faltas que já tínhamos participado até agora. Neymar voltou ao time bem recuperado, o que nos deixava bem mais confiante. Tão confiantes ao ponto de fazer três gols nos iniciais quarenta e cinco minutos. Nenhum deles havia sido meu, ainda. Mas foram de nomes como: Martinelli, Pedro e Richarlison que também disputam sua primeira copa então me deixava feliz de qualquer forma.

Assim como foi recomendado, seguimos pressionando durante o outro período da partida. Aos 63 minutos, fui derrubado por Son na área e o árbitro marcou o penâlti. Com cavadinha, bati a bola e marquei o quarto gol da seleção. A comemoração não poderia ser diferente: beijei o pingente do colar que estava em meu pescoço e ao procurá-la na arquibancada, percebi que ela fazia o mesmo que eu. Depois, é óbvio que rolou a dancinha.

Aos 81 minutos, estávamos ganhando de goleada. Consegui fazer mais um gol e nunca estive tão feliz. Depois, faltando apenas 9 minutos rolou o do Neymar, obviamente e um do Lucas, meu melhor amigo. O apito final soou e óbvio que todos nós corremos para o abraço. Não tínhamos feito nenhuma jogada linda como essa e todos estavam muito satisfeitos, inclusive nosso técnico. 

Saímos para o vestiário depois das entrevistas e é óbvio que eu só estava ansioso pra ver uma pessoa que, ao perceber minha presença de longe, correu em direção aos meus braços. Ainda bem que o corredor estava vazio, porque ela nem aguentou esperar pra me encher de beijos.

— Você disse que eu tinha que marcar três gols pra merecer seu perdão. Mas só consegui dois, tô merecendo ainda? – A questionei, apenas para irritá-la.

— Posso começar a pensar no seu caso, agora. – Ela sorriu em minha direção e senti meu coração derreter por alguns segundos. — Você merece até uma bola de ouro agora, não sei nem o que é meu perdão perto disso. 

— Espera aí, Antonella Roccuzzo, foram só os primeiros dois gols de uma copa do mundo.

— Somados a um campeonato espanhol, um mundial de clubes e uma liga dos campeões com vinte e dois anos. – Ela respondeu prontamente.

— Cê fez o dever de casa direitinho, não é? 

— É o meu trabalho. 

Ela piscou um dos olhos em minha direção e fomos interrompidos pela voz estridente de uma loira. Karoline, influencer digital. Foi uma das convidadas pela Blaze para estar aqui porque ela fazia umas narrações bem engraçadas dos nossos jogos. A cumprimentei como sempre e já sabia que ela queria uma foto. Só não imaginei que ela pediria para Diana tirar. Nunca vi um sorriso tão falso no rosto da morena como o que ela fez quando aceitou fotografar. Era bom que essa foto demorasse bastante, porque depois disso eu tava ferrado. Após a foto, Diana devolveu o celular e a loira abandonou o local. 

𓂃 𝖳𝖧𝖤 𝖦𝖱𝖤𝖠𝖳 𝗪𝗔𝗥 ☔︎ Where stories live. Discover now