Capítulo 11

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Mavis

Abro os olhos desnorteada, minha cabeça doía e girava, uma sensação de enjôo.

— Ela acordou.

— Poderiam ter avisado que iriam fazer isso. -a voz de Cassian soou de longe.

— Mas Helion avisou.

— Vai doer um pouquinho, ótimo aviso. -ele ironiza imitando a voz do grão-senhor.

— Só não me sinto ofendido porque você é bonito demais para eu insultar.

— Nem pense em encostar nela de novo. -Cassian rosnou em advertência.

— Estou apenas examinando..

— Não me importa, saia de perto dela.

— Cassian. -a voz de advertência de Rhysand soou.

— Não.

— Quer que ela passe mal?

— O primeiro a me tocar eu vou dar um bofete e um chute no rabo. -murmuro.

— Mavis? -Cassian me chama.

— Tá rodando igual peão a minha cabeça. -ergui a mesma, eu pisquei para todos que me olhavam.

Que constrangedor.

— O que você fez comigo? -olho para Helion.

— De nada.

— De nada? De nada?! Você pediu permissão para tocar em mim?! -explodo.

— Calma. —Cassian me segura pelos ombros— eu já dei muitos sermões enquanto estava inconsciente.

— Mas eu não. —algo grotesco se mesclou a minha voz que roncou em minha garganta como um motor, um grunhido, um rosnado— eu estou cansada de todos fazerem as coisas contra a minha vontade, sem pedir, sem perguntar, eu não sou um objeto de vocês!!

Eles me olhavam com as sobrancelhas erguidas.

— O que? —questiono— perderam o cu na minha cara?

Eu olho para Cassian e ele piscou algumas vezes.

— Seus olhos...

Eu fito um espelho do outro lado daquela biblioteca, meus olhos estavam brilhando dourados com íris ovais, as íris de um felino.

— O que é isso? -pergunto.

— Sua besta. -Helion responde.

— Besta é a sua avó, que Deus a tenha porque deve tá só o pó, nem o pó mais. -o olho feio.

Levo a mão ao rosto, vendo uma parte do lado direito se encher de.. manchas, pintas...

— Que espécie seria a besta dela? -Rhysand sussurra para Helion.

— Me parece um gato. -Feyre murmura.

— Cassian..  —olho para ele— eu virei um monstro? -meus olhos arden indicando que eu choraria em breve.

— Não, claro que não. —ele toca meu rosto observando o que havia acontecido— está linda, ouviu?

— Ela tem presas. -Azriel puxou o meu queixo.

Eu travei, pânico me invadindo, meu corpo começou a tremer.

— Não encoste em mim. -tremo.

— Não seja fresca. -ele observa meu rosto.

Minhas mãos se chocaram contra seu peito e o empurraram com uma força anormal.

Ele foi lançado uns cinco metros longe.

Corte De Trevas E Sombras | •AcotarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora