Mavis
Abro os olhos desnorteada, minha cabeça doía e girava, uma sensação de enjôo.
— Ela acordou.
— Poderiam ter avisado que iriam fazer isso. -a voz de Cassian soou de longe.
— Mas Helion avisou.
— Vai doer um pouquinho, ótimo aviso. -ele ironiza imitando a voz do grão-senhor.
— Só não me sinto ofendido porque você é bonito demais para eu insultar.
— Nem pense em encostar nela de novo. -Cassian rosnou em advertência.
— Estou apenas examinando..
— Não me importa, saia de perto dela.
— Cassian. -a voz de advertência de Rhysand soou.
— Não.
— Quer que ela passe mal?
— O primeiro a me tocar eu vou dar um bofete e um chute no rabo. -murmuro.
— Mavis? -Cassian me chama.
— Tá rodando igual peão a minha cabeça. -ergui a mesma, eu pisquei para todos que me olhavam.
Que constrangedor.
— O que você fez comigo? -olho para Helion.
— De nada.
— De nada? De nada?! Você pediu permissão para tocar em mim?! -explodo.
— Calma. —Cassian me segura pelos ombros— eu já dei muitos sermões enquanto estava inconsciente.
— Mas eu não. —algo grotesco se mesclou a minha voz que roncou em minha garganta como um motor, um grunhido, um rosnado— eu estou cansada de todos fazerem as coisas contra a minha vontade, sem pedir, sem perguntar, eu não sou um objeto de vocês!!
Eles me olhavam com as sobrancelhas erguidas.
— O que? —questiono— perderam o cu na minha cara?
Eu olho para Cassian e ele piscou algumas vezes.
— Seus olhos...
Eu fito um espelho do outro lado daquela biblioteca, meus olhos estavam brilhando dourados com íris ovais, as íris de um felino.
— O que é isso? -pergunto.
— Sua besta. -Helion responde.
— Besta é a sua avó, que Deus a tenha porque deve tá só o pó, nem o pó mais. -o olho feio.
Levo a mão ao rosto, vendo uma parte do lado direito se encher de.. manchas, pintas...
— Que espécie seria a besta dela? -Rhysand sussurra para Helion.
— Me parece um gato. -Feyre murmura.
— Cassian.. —olho para ele— eu virei um monstro? -meus olhos arden indicando que eu choraria em breve.
— Não, claro que não. —ele toca meu rosto observando o que havia acontecido— está linda, ouviu?
— Ela tem presas. -Azriel puxou o meu queixo.
Eu travei, pânico me invadindo, meu corpo começou a tremer.
— Não encoste em mim. -tremo.
— Não seja fresca. -ele observa meu rosto.
Minhas mãos se chocaram contra seu peito e o empurraram com uma força anormal.
Ele foi lançado uns cinco metros longe.
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Corte De Trevas E Sombras | •Acotar
FantasyMavis, uma jovem leitora nordestina que vive sua vida difícil em seu estado, a única escapatória são seus amigos com páginas e letras digitadas em tinta. Azriel, um mestre espião frio e calculista que está sozinho desde que pode se lembrar, até que...