— Hum, ouvi dizer que vocês andam bem próximos ultimamente — ela comentou se aproximando de mim.

— É, ele é legal. — sorri de lado — Bom, eu tenho que ir.

Sai do corredor para ir direto as escadas e peguei minha bicicleta. A casa dos Di Angelis não era longe, tinha um pequeno atalho que ajudava mais na chegada. Quando me aproximei da casa eu pude notar que na verdade, parecia mais uma mansão.

Os portões a frente eram puro luxo, grandes e com grades marcadas pelo preto. Havia uma fonte redonda acompanhada de uma estátua após o portão. A casa inebriava a arquitetura clássica.

Um homem grisalho e sério, aproximou-se  de mim me dirigindo a palavra apenas com um boa tarde e pegou a minha bicicleta a colocando em outro lugar. Fui acompanhada por outro até a entrada da casa e o cheiro do enorme lugar era mais agradável do que imaginei.

— Anelise! Que bom ver você novamente — ouvi a voz de Eleonora me chamou atenção, logo atrás vinha Alberto, com um sorriso no rosto.

— Realmente é agradável vê-la — Alberto disse.

— É bom vê-los de novo também. — eu sorri mostrando os dentes e apertei a mão dos dois.

— Como vai as coisas por lá? — questionou a Sra. Di Angelis.

— Bem, está tudo nos conformes e por aqui? — perguntei de volta.

— Tudo ótimo — a senhora respondeu.

— Finalmente chegou — a voz de Apolo quebrou toda a nossa atenção de reencontro. Ele descia as escadas de maneira elegante, vestido casualmente, apenas com uma camisa social com botões um pouco soltos e bermuda. Era possível ver parte do seu peitoral definido.

O cabelo loiro estava rebelde, mas arrumado o suficiente para a maioria dos garotos.

— Agora tenho que rouba-la de vocês — a mão forte e macia do loiro passou pela minha cintura.

Eu sentia meu rosto esquentar.

— Tudo bem, mas daqui a uma hora chamo vocês para comer algo e conversamos mais — a sua vó encarou o relógio que estava em seu pulso.

Apolo rapidamente me puxou, eu apenas o segui calada e nervosa, mentalmente me arrependendo de ter proposto isso. Uma porta secreta de uma sala foi aberta, revelando outra sala envolvida por estantes de livros e com móveis mais velhos do que minha vó. Uma sala repleta pela estética dark academia.

— Senta — ele apontou para o sofá enorme que havia no meio e eu sentei vagamente colocando a minha bolsa ao lado.

Eu o encarei apreensiva.

— Olha, se eu bater no seu dente ou fizer algo de errado- — tentei terminar minha fala mas o mesmo me interrompeu.

— Fica tranquila, Anelise. — o mesmo se aproximou e sentou ao meu lado encostando-se no sofá. Ele parecia tão tranquilo, no entanto, seu rosto estava sério. Como reflexo, eu me levantei de maneira brusca.

— O que vamos fazer primeiro? — meu rosto com certeza demonstrava apreensão.

— Só quero te avisar pra não ficar tão tensa — os olhos azuis do loiro caíram sobre mim — Vem cá — Ele me chamou para sentar no sofá junto com ele, apontado para o seu lado, me deixando ainda mais ansiosa. Eu fui até ele, lentamente me sentei em uma distância favorável.

— Não faça tanto suspense caramba! — Reclamei fitando qualquer outro ponto que não fosse seus olhos.

— Como eu disse, primeiro você precisa relaxar. O primeiro passo para que tudo corra bem é pelo menos manter a calma, não encher a cabeça com muitas perguntas e dúvidas. Basta olhar nos meus olhos. — Ele tocou meu rosto, me obrigando a olhar para ele e eu estava muito tensa. Minhas mãos tremiam sem muita explicação.

Querido desconhecidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora