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Victoria Rodriguez

–Para de me mandar olhar assim - falo escondendo o rosto e Isaac da uma risada

– Assim como meu amor ? - ele pergunta pegando uma mecha do meu cabelo

– Assim, me deixa com vergonha - falo fazendo bico e ele dá outra risada agora fraca

Estávamos deitados na minha cama, e Isaac estava com a cabeça apoiada em sua mão me observando a umas meia hora, isso me deixava constrangida

Tinha ficado doente e então não fui pra escola, porém quando deu exatamente 10h30 da manhã minha campainha toca. Era Isaac com um buquê de flores e uma caixa de chocolate

Disse que ia cuidar de mim, então quando entrou colocou o buquê dentro de um vaso que estava vazio, a caixa de chocolate encima do balcão e me mandou subir para o quarto

E assim eu fiz, 20 minutos depois ele sobe também com uma caneca de leite quente e alguns croissant que ele também tinha comprado

Agora já eram 17h da tarde e ele não havia saído do meu lado por nada, apenas para ir na farmácia comprar alguns remédios

– Eu só...não canso de olhar pra mulher mais linda do mundo inteiro - dou um sorriso sem mostrar os dentes tímida e depois escondo meu rosto em seu peito

Sinto ele beijar o topo da minha cabeça e depois fazer carinho em meus cabelos

– É...eu te amo, de fato - olho pro mesmo na hora e sinto meu estômago borbulhar

– O que ? - pergunto não sabendo se havia ouvido certo

– Eu te amo - ele da de ombros e eu sorrio puxando sua nuca em minha direção e começando um beijo

– Eu também te amo - falo com os olhos fechados e sinto ele sorrir puxando minha cintura e intensificando o beijo

Isaac sobe em cima de mim ficando entre as minhas pernas e eu cruzo as mesma em sua cintura

– Perfeita...

Sou acordada com água gelada, a sensação térmica de estar em um lugar extremamente quente e em seguida ter algo extremamente gelado jogado no meu corpo fez que com meus pelos se arrepiassem

Olho em volta percebendo que estava em uma sala fechada apenas com um pequeno tubo de ventilação na parede,meus braços estavam amarrados em uma corda no teto e eu não conseguia sentir o chão com os meus pés mostrando que estava a pelo menos dois níveis do chão

Olho para o meu corpo percebendo que estava apenas com a minha regata e calcinha, o resto das minhas roupas haviam sumido e meu corpo estava totalmente ferido pelo "acidente"

Quando finalmente olho para quem jogou água em mim me deparo com um homem conhecido sorrindo de um jeito diabólico, como se estivesse gostando daquela situação

– Sinceramente Esmeralda, eu sempre desejei te ver desse jeito, a minha mercê. Mas seu pai nunca permitiu - ele fala se aproximando de mim aos poucos - acho que hoje é meu dia de sorte

– Vai se fuder seu lixo - falo em um tom fraco e ele ri sarcástico

Cárter Herrera, era o nome do homem nojento em minha frente, seu pai era o braço direito de Henrique até morrer, então Cárter entrou em seu lugar

Ele sempre foi um nojento psicopata e era obcecado por mim, sempre tentei fugir mesmo sabendo que um dia ele me teria, pelas leis antigas da máfia espanhola eu teria que me casar com alguém de dentro e meu pai havia escolhido ele

Porém até então, nunca tinha permitido que Cárter tocasse em mim

– Eu sou seu futuro esposo Esmeralda, não fale assim comigo ou será castigada - ele se aproxima e então olha para o meu corpo com um sorriso malicioso, me dando vontade de vomitar - como a boa putinha que você é

Cárter levanta sua mão para me tocar porém antes que ele consiga minhas pernas já estão enroladas em seu pescoço o sufocando

Não sabia de ontem tinha tirado forças pra isso mais não permitiria que outras pessoas além dos meus Diablos me tocassem, ou pelo menos faria de tudo por isso

Ele socava minha perna com força porém a cada soco mais pressão em seu pescoço eu fazia

Então a porta de ferro é aberta com força e cerca de quatro homens entraram no local, dois me afastavam de Cárter e dois o seguravam para que ele não caísse

– Sua puta - ele fala com a mão no pescoço e eu tento da um chute no ar, porém sinto um soco ser deferido em meu rosto por um dos homens

– Avisei para não entrar sozinho Cárter, minha filha nunca foi um bicho fácil de lidar - escuto a voz do meu pior pesadelo me fazendo olhar para porta e ver meu pai entrando com um sorriso sarcástico no local - Eu a ensinei bem...

Ele estava velho, porém não acabado, muito pelo contrário, sua postura era excepcional como sempre, seus cabelos brancos alinhados para trás e seu terno de alfaiataria sem nenhum amassado

Ele se aproximará com as mãos em seu bolso e sem tirar o sorriso do rosto, o que fazia meus pelos se arrepiaram por inteiro e meu estômago revirar

– Papai...

– Olá minha pequena Esmeralda - ele fala com sua elegância e voz asquerosa - ou deveria te chamar de Victoria

Devil Eyes Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon