CAPÍTULO 12

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Acordei em puro desespero sentindo meu ar faltar por segundos, o frio da janela me fez arrepiar dos pés a cabeça, então me levantei e caminhei em passos lentos até a janela. Fechei a mesma sentindo uma calma passar pelo meu corpo e me sento na cama soltando um suspiro pesado. Eu não conseguia parar de pensar no Fernando, acharam o corpo dele essa manhã, e naquela situação eu me sentia culpada. Eu fui uma verdadeira burra! Eu não deveria ter ido aquela festa, não deveria ter aceitado ir com ele e muito menos ficar sozinha no corredor do colégio.

Tudo seria evitado se eu tivesse ficado quieta. Eu deveria ter me assegurado melhor das coisas. Marilia passou a estar mais comigo depois do que aconteceu, nos fins de semana ela faz questão de almoçar comigo, pelo menos nos últimos dois fins de semana ela fez isso. Ela também aproveitou para me explicar mais coisas relacionadas a práticas bdsm. Olhei o pequeno livrinho que a mesma havia me dado e peguei o mesmo.

Já que não iria mais dormir, melhor seria ficar lendo e descobrir logo em que merda estou me metendo. Abri o objeto de capa vermelha já dando de cara com algumas dicas da Marilia.

"leia com atenção, e me ligue a qualquer momento que tiver dúvida"

Olhei meu celular de relance e virei a primeira página, olhei sobre o que falava e me deitei na cama para ler melhor.

Querida Maiara, eu poderia começar dizendo nomes, ou até mesmo confundindo sua mente com tais atos que vão além da sua compreensão atual. Mas quero que saiba que tudo que direi aqui sai especificamente para você saber como esse mundo funciona e como eu gosto de participar dele.

Não vou entrar detalhes sobre que tipo de Dom eu sou, isso eu quero conversar com você pessoalmente, então lembre-se de me perguntar. 

Já de início eu venho dizer que o consentimento é o principal para praticantes verdadeiros, lembre-Se que você é apenas obrigada a casar comigo, mas em nenhum momento deve se submeter a tais práticas por achar que de alguma forma tem a obrigação de fazer. Eu trabalho com verdade, então preciso que seja estritamente sincera sobre o que quer e o que não quer.

Virei a próxima página sentindo minha boca ficar seca, Marilia estava sendo clara demais, nem parecia ela.

Primeiro: Seus limites. É essencial que me diga até onde posso ir, ou me mostre, como preferir. E crucial que você seja clara sobre o que está sentindo, irei sempre lhe perguntar se algo te conforta, ah não ser que eu te proíba de falar, então irei autorizar que diga apenas para me consentir ou negar. Não tenho a intenção de lhe machucar, mas preciso que saiba que essas informações sobre você me ajudarão a saber quando devo parar.

Isso era bom, Marilia havia especificado que minha vontade se sobressaia, ou seja, não pode fazer algo se eu não quiser.

Segundo: Nossa sessão: Nossa primeira sessão irá acontecer no dia do seu aniversário, então vou lhe adiantar sobre o que necessito. Meu gosto é por alguém que me obedece acima de tudo, menos é claro, dos seus limites. Eu quero avisar que tudo que for digo numa sessão não reflete para a vida real, no momento em que lhe castigar, será porque merece, então é só ser uma boa garota. 

Essa parte me deu calafrios, eu não tinha freios na língua e provavelmente serei castigada com frequência, para isso preciso tentar ser uma boa submissa.

Terceiro: Em público. Jamais deve me chamar como me chama numa sessão em público, ah não ser que seja em uma reunião ou eu lhe autorize. Mas lhe aviso que não me chamar como deve em público não diminui a relação que estamos, se você me desacatar, ou fizer algo que indique não seja uma boa meninaeu vou lhe castigar.

My Domme (G!P)Where stories live. Discover now