Capítulo 42

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Felipe∆

Chego em casa horas depois. Já é noite, a casa está silenciosa, mas as luzes do segundo andar ainda estão acessas. Subo-as e antes de ir para meu quarto paro em frente a porta do quarto de Gabi. Parecia que ela estava chorando então bati na porta devagar para não assustar-la.

—Gabi: Um minuto! –Ela diz com a voz baixa e exatamente um minuto depois abre a porta.

Percebo que ela tentava esconder a sua tristeza mas era em vão, seus olhos estavam roxos pelas olheiras e seu rosto inchado.

—Gabi: Desculpa a demora... eu estava no banho.

—Sabe que não precisa mentir pra mim, amor!

Imediatamente vejo lágrimas brotarem em seus olhos novamente e a única reação que tive foi abraça-la o mais forte que consegui.

—Vai ficar tudo bem! Eu estou aqui agora! –Acaricio seus cabelos e sinto minha camisa molhar pelas suas lágrimas.

O que aconteceu enquanto eu estava fora?

Depois de longos minutos deitado em sua cama com ela encostada em meu peito resolvo perguntar o que aconteceu.

—Por que estava chorando? –Ela respira fundo antes de começar a falar.

—Gabi: Quando você disse que eu precisava controlar meu irmão você tinha razão...

—Eu falei brincando, amor! Você cuida muito bem dele e... –Ela balança a cabeça de um lado para o outro.

—Gabi: Ele está impossível, Felipe. E eu não sei o que está acontecendo nem o que fazer! Eu fui visitar a minha mãe hoje na delegacia e quando voltei ele estava em ligação com alguém, quando perguntei quem era ele disse que era só um amigo, mas eu sei que não é. Parecia... Parecia uma pessoa mal que tentava chantagear ele.

—Eu posso falar com ele se quiser.

—Gabi: Ficarei agradecida! Agora ele deve está dormindo e já aconteceu muita coisa, então é melhor deixar para falar amanhã.

—Você disse que falou com sua mãe... como foi a conversa?

—Gabi: Ela tá bem na medida do possível. Você sabe... ela está em uma delegacia. Falei com ela sobre morarmos juntos...

Fico surpreso com essa revelação.

Ela contou para a Kaira antes de contar para seu pai?!

—Gabi: Ela não se importou muito, me chamou de ingrata e depois veio com um papinho de que sentia minha falta e do Alex.

—Acha que ela estava falando a verdade?

—Gabi: Talvez... eu ainda tenho minhas dúvidas.

Passamos alguns minutos em silêncio antes dela começar a falar novamente.

—Gabi: E você? Como foi seu dia?

—Ah, foi legal! Ajudei João no trabalho e depois fomos para casa dele jogar... Desculpa ter demorado para voltar.

Meu meio irmão Where stories live. Discover now