Capítulo 31 - Você saberá

111 12 0
                                    

Pov Lena


E de repente, minha vida, que estava quase toda ajeitada, resolve virar de cabeça para baixo novamente. Meu Deus! Se já não bastasse o show
que a Maya deu, ainda tinha a história do beijo com a Kara. Eu estou me sentindo super hiper confusa e perdida.

Eu preciso dar um jeito em convencer a Maya a ir para a casa do meu pai, sem mais escândalos. E preciso desvendar tudo o que venho sentido também. Kara vive falando que gosta de mim. Mas isso pode ser só para me fazer ficar. Não sei o que ela sente de verdade.

Estou confusa. Só sei que eu querendo ou não, ela mexe comigo. De um jeito que não consigo explicar.

Bom dia! Kara diz entrando na cozinha
e eu tenho certeza que se tivesse segurando algo tinha caído na hora.

Bom dia!

Você tá com cara de quem não dormiu.

ela diz pegando a garrafa de café.

_E não dormi mesmo. - confesso.

_Vai ser melhor hoje. - ela sorri.

Acho que não. - digo e logo Maya entra na cozinha arrastando seu unicórnio, com cara de poucos amigos.

Bom dia, dona Maya! - digo para a minha filha que pede café a Kara.

A gente vai embora mais não? - ela
pergunta para mim segurando sua xícara de café.

Vamos conversar ainda sobre esse
assunto. Mais tarde.

Vai ou não embora? - ela pergunta
novamente.

-Não hoje.

- Eu não quero dia nenhum. - ela fecha a cara.

Você não decide nada. Vamos morar com o seu avô, Você querendo ou não. - digo séria.

- Eu não gosto dele. - era só o que me
faltava.

_Você nem lembra dele, Maya Yasmin.

Mas não gosto. Ele vai me pegar da titia.

Ele não vai te pegar.

-Vai sim.

Maya, tá decidido. Você pode chorar, gritar nada vai mudar. Na próxima semana vamos para a casa do meu pai. Nós duas. Tá decidido. - digo séria e ela sai da cozinha sem falar mais nada.

Dá um tempo para ela, Lena. - Kara diz
tentando acalmar a situação.

Eu estou dando. Até para o bem dela.
Porque a minha paciência tá no limite com essas birras dela.

Tentamos conversar com ela depois.

Não vai ter mais conversa. Semana que
vem a gente vai embora ela querendo ou não.

minha decisão está tomada.

Quantas vezes eu tenho que te dizer para não sumir? Andrea pergunta depois de me abraçar. Eu liguei para ela a chamndo aqui para a casa da Kara. Maya estava para a escola, Kara
foi trabalhar.

Você que trabalha demais. Entra. Fique a Vontade.

Acho que as duas estão meio ocupadas.

E. E o importante é que estamos aqui
agora. Aceita alguma coisa? Um suco? Água?

Não, obrigada. E como vão as coisas por
aqui? - ela pergunta depois da gente se sentar no sofá.

Uma perfeita bagunça. Quando eu penso que minha vida tomou um rumo, ela me mostra que estou enganada.

_Conte me mais sobre tudo.

- Meu pai apareceu. - digo e ela me abraça.

_Meu Deus, Lena! Que ótima notícia.

_Pois é. Eu também estou muito feliz. Mas...

Sempre tem um mas, né?

Ele me chamou para ir morar com ele. Eu aceitei. Só que a Maya tá dando um show para não se mudar da casa da Kara. Ontem ela chorou tanto que até dormiu.

-E difícil mesmo. Mas depois que vocês se mudarem, quem sabe ela não se acostuma rápido?!

Duvido muito. Quando a Maya não gosta de uma coisa, ela raramente muda de opinião.

_Vai dar tudo certo. - ela segura minha mão.

Espero.

-E a Kara? - Andrea muda de assunto.

O que tem a Kara?

O que ela era achando da sua mudança?

Ela não gostou nenhum pouco. Mas
compreende e me ajuda com a Maya.

Não vai ser fácil para ela também. Vai fazer uma ano que a Maya tá aqui com ela.

_Eu não vou tirar a Maya dela. Ela sabe disso.

Não tô dizendo o contrário. Mas mesmo
vendo algumas vezes na semana não é a mesma coisa. Elas têm uma ligação forte.

Esse distanciamento vai ser bom para
todas nós. Pelo menos eu acho.

Tả acontecendo mais coisas? - fico em
dúvida se conto ou não. Mas resolvo contar a ela.

A Kara me beijou ontem. - digo e ela
Começa a comemorar.

Até que enfim. Gostou? Como foi? Conta
tudo. Não esqueça de nada. - acho graça da sua empolgação.

Foi rápido. A gente estava buscando a
Maya na escola, só que faltava uns minutos. A gente ficou conversando, até que aconteceu.

Quando eu notei o que esteva acontecendo eu a empurrei.

-Você não gosta dela? Não gostou do beijo?

Eu gosto da Kara. Como amiga. Ela me
ajudou quando eu mais precisei. Essas coisas.

Tento encerar o assunto Kara. Se nem eu estava me entendendo, imagina contar para outra pessoa Só isso?

Decepcionada com o resumo. Andrea pergunta.

Eu nem me lembro mais como é gostar de alguém, Andrea. E por mais que a Kara desperta coisas em mim, eu não sei se vale a pena arriscar.

Acho que não tô afim também.

_Desperta coisas? Que coisas?

Você tá pior que o meu psicólogo.

Eu só tô querendo saber. Se não quiser
falar eu vou entender. - ela diz empolgação eu respiro fundo.

Desde que eu cheguei, a Kara vem se
aproximando de mim. Ela conquistou minha confiança e eu me sinto meio que segura quando estou com ela.

_Mas isso não é bom?

Eu não sei. Porque quando ela olha ela
meus olhos eu sinto coisas que eu nem sei descrever. E mesmo ela vendo todos os meus monstros e pesadelos, ela não faz questão de ir embora. Isso é estranho.

-E você não sabe mesmo o que sente por ela?

Não. E também não estou com cabeça
para entender isso agora.

Talvez você devesse mesmo ficar uns dias na casa do seu pai. Talvez assim você perceba algumas coisas.

-Tipo?

_ Você saberá. - ela pisca para mime sorri.

Rainbow *supercorp*Where stories live. Discover now