Capítulo2 - Mercado

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Pov Kara

Tem dias que nem deveriam ser
considerados dias. Hoje é um deles. Acordei cedo para ir trabalhar, e fiquei presa quarenta minutos a mais trânsito,
por causa de um congestionamento.

Meus irmãos e eu somos donos de uma das melhores escola de artes da cidade, a Brilharte nome escolhido pela minha irmã. Alex é a professora de balé, Chris dá aula de piano e é fotógrafo. Eu fico com a parte administrativa.

Com o meu atraso, cheguei junto com um monte de crianças barulhentas. Eu não tenho paciência com crianças, e então, corri para a minha sala.

Assim que terminei de resolver tudo o que era preciso, isso quase cinco horas da tarde, sair da Brilharte e tentei voltar para a casa. Isso mesmo, tentei. Aconteceu um acidente na pista, e
eu tive que mudar acidente rota. E quando eu estava quase chegando e um casa, me lembrei que precisava ir ao mercado comprar umas coisas que estavam em falta.

Respiro fundo e sigo para o mercado. Faço minhas compras, e antes de voltar para casa, resolvo ir no banheiro.

Só tinha um banheiro no mercado
funcionando. Hoje era realmente o meu dia de sorte. Respiro fundo e entro. Logo em seguida, uma mulher e uma criança também entra, as ignoro.

Saio da cabine e começo a lavar minhas
mãos. Pelo menos, o banheiro que estava funcionando era o feminino. Peguei o papel para enxugar minhas mãos. E antes de sair, sou abordada pela mulher que entrou com a criança.

Moça, posso te pedir um favor? - a mulher magra de aparência jovem e que estava com uma menina antes, fala comigo.

_ Eu te conheço? -ela pede mais uma vez e eu fico um tempo em silêncio, observando seu desespero. Essa mulher desse ter aprontado algo. _ Eu não tenho dinheiro.

Não é nada disso. Ë só que... Aconteceu um probleminha e eu preciso resolver urgente. Mas não posso levar minha filha. Você podia ficar com ela só uns dois minutos. u volto logo. Eu juro. Só não deixa ninguém ver ela dentro da cabine. Por favor!- ela estava muito desesperada.

Algo dentro de mim dizia que eu iria me arrepender de ajudar, mas também tinha um lado que me dizia para ajudar.

Tudo bem. Mas só dois minutos! digo olhando em seus olhos.

Obrigada, moça. Você tá salvando a minha vida. Já volto. Prometo! ela sai praticamente correndo e eu fico do lado de fora. Eu podia olhar a criança aqui. Sem precisar entrar na cabine com
ela. Achei interessante que não dava para ver que a menina estava na primeira cabine. Ela devia estar em cima do vaso sanitário. O motivo pelo
qual ela deve estar assim, eu não faço idéia.

Passaram um minuto, dois, três e nada da mulher voltar. Até que a porta é aberta. Eu já ia falando, mas parei ao ver um homem entrando.

Não era ela.

Desculpa, moça. É... o banheiro dos
homens está estragado. - ele diz observando o local.

Sim. Essa primeira cabine também.
Obrigada por avisar. - ele diz e entra na última cabine.

Finjo que estou arrumando meu cabelo. E ele sai olhando para os lados. Confesso que senti um pouco de medo. Eu sabia que não devia ter ficado com a menina. Depois de mais umas olhadas, ele sai sem dizer nada. Eu já estava quase saindo e deixando a menina sozinha, quando do escutei uma bagunça do lado de fora do banheiro. Eu não sabia o que fazer. Se falava com a menina ou se ja ver o que estava acontecendo e deixava ela sozinha. Resolvo fazer a primeira opção. Bato na cabine e ela abre só um pouquinho, a fechando logo em seguida. Otimo.

Menina, sua mãe me deixou aqui cuidando de você. Eu não vou te machucar. - acho que é isso que uma criança quer escutar de um desconhecido. Depois de alguns segundos, ela abre a porta, me deixando entrar, e depois sobe em cima do vaso, Como eu suspeitei.

Rainbow *supercorp*Onde histórias criam vida. Descubra agora