Quarenta: Deixa Ele Falar, Trugo

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Ponto de vista de Danton.

Planeta Critant.

“Qual é a probabilidade de existir amor no campo de batalha mais sangrento? O amor está em qualquer lugar, basta senti-lo.”

— Poxa, ainda bem que bati aquele pratão lá em Hoag... Estava faminto! — digo satisfeito passando a mão sobre minha barriga — Se bem que, uma sobremesa não cairia mal.

— Você só pensa em comer, Danton? — indaga Trugo, indignado.

— Você diz isso porque o robô faz praticamente tudo pra você né Truguinho? — digo após uma piscada e um cutucão com meu cotovelo.

— Também cansa, eu sou pequenino. — Trugo diz sem muita expressão.

— Garotos, olhem lá... — Diz Sôcha apontando para fora da nave — esse aí é o tal do Critant...

— E o que temos aqui? Vocês sabem dizer? — ao que pergunto, Glenzer sobrevoa a nave e para no painel bicando uma região especifica no planeta Critant.

— Talvez um enrrake? Ou quem sabe uma das pedras de poder do medalhão Niur? Ninguém sabe ainda, Danton, hé. — diz Gij em tom de mistério.

— Ele sempre faz esse “hé” depois que fala? Ou é impressão minha?

— Ele sempre fala... Parece um vício, um costume, uma chatice... Sei lá... — comenta Sôcha aparentemente não mais incomodada como eu.

— É um hábito do meu povo, hé. E não posso mudar... É assim que a gente se reconhece! — retruca Gij com certo ressentimento.

— Poxa, Gij, vocês são tão cabeçudos que dá pra reconhecer a quilômetros! Nem precisava desse “hé” no final das suas falas... — comento em tom sarcástico. Ele apenas me lança o olhar de indiferença.

— Apertem os cintos, galera. Estamos entrando! — anuncia Sôcha que pilota a nave.

O planeta Critant não era muito grande, mas também não era muito pequeno. Era como se o planeta tivesse um manto amarelo que víamos ainda alto no espaço, e ao nos aproximarmos mais pude ver o que o amarelo representava: terra. Terra amarela em um bioma seco, árido, e pude ver alguns animais que corriam próximo a um riachinho que passava perto de onde estávamos para aterrissar.

Agora ao chão vejo com detalhes dois animais curiosos... O primeiro que notei era um animal de porte grande, talvez um pouco maior que um urso bem grande, e sua estrutura corporal era composta por uma cabeça grande, dois olhos bem grandes, escuros, redondos e fundos que sustentavam uma larga sobrancelha com pelos roxos, uma bocarra enorme, mas com dentes pequenos, língua roxa enorme também, que por vezes ficava aparente mesmo com a boca fechada, orelhas grandes da mesma forma, tanto que chegavam a tocar seu tronco que era bem rijo e inclinado para frente, expondo sua barriga grande e seus mamilos em formato quadrados. Seus braços faziam o giro de cento e oitenta graus movimentando para qualquer lado que precisasse e atingiam a altura da cintura, com apenas três dedos largos aparentemente delicados para um animal tão grande, e suas pernas tinham o mesmo cumprimento de seus braços, permitindo andar em quatro membros ou apenas em dois, tanto em pé, quanto de ponta cabeça. Esse animal tinha pelos bem claros amarelados nas extremidades, devido à sujeira da terra, e a tonalidade de seu corpo era de um roxo escuro, evidente em seu rosto e mãos onde estava evidente, com aproximadamente dois metros e meio de altura. Ele era enorme.

O segundo animal era menor, mas não muito menor. Seu corpo era como o de uma ave, mas uma grande, como um avestruz, pernas longas bem grossas e fortes, e sem pelos, da cor cinza escuro. Seu corpo não era muito longo, e parecia um tanto desproporcional de acordo com as pernas, e era coberto por penas laranja-claras, que à distância poderiam ser difíceis de reconhecer, laranjas no inicio e amareladas nas pontas, provavelmente pelo pó quando deitado ao chão, e junto ao seu corpo vejo, enquanto ele abre bem, asas gigantescas de quase dois metros de cumprimento, lindas. Seu pescoço não era muito comprido e seu bico era um tanto largo e caído para baixo, e não me pareceu ser muito pontudo, e escuro como as pernas, embora todo sujo de terra amarela que o clareava um pouco. E sua cabeça pequena comportava um par de olhos médios que enxergavam muito bem, apesar de serem claros os olhos, me viram a uma boa distancia enquanto descia da nave.

ASAN QUO, GUARDIÕES REAIS: ODISSEIAHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin