A revelação ᶜᵃᵖ ³

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- Sim, e essa é minha missão

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- Sim, e essa é minha missão...

- Ser perfeita? - Brincou ele com um sorriso bonito.

Meu Deus, ele não estava me ajudando a ficar concentrada. Seus elogios constantes estavam me deixando vermelha, com certeza, eu sentia meu rosto queimar e minha respiração ficar inquieta.

- Eu sou uma simples cartomante que sonha em ver um mundo melhor...- não sei bem o que deveria dizer. - como qualquer pessoa.

- Não, Marisa. - Disse ele sério. - Infelizmente muita gente só pensa em si mesmo. Você com certeza ouve pessoas pedindo o número da Mega-Sena.

Nessa hora eu sorri e dessa vez eu ri e ele ficou me encarando sério, não prosseguiu, e um silêncio estranho ficou após eu terminar de rir.

- Então, vamos focar em você. - Disse suspirando, tomando ar e notando que eu estava com sede. - Você quer água?

- Sim. - Ele respondeu pensativo piscando lento.

Eu me levantei e fui até a minha mesa abaixo da janela, onde havia um filho e copos descartáveis. Apenas o som do meu salto e dele arrastando a cadeira me prendeu. Eu estava envergonhada de estar com aquele vestido, era um pouco curto e jovem demais para uma mulher de 27 anos com poucas vivências.

- Não precisa pegar para mim. - Disse ele se aproximando. - Eu posso? - Perguntou ele apontando para os copos e eu confirmei com a cabeça me afastando, segurando o meu copo e decidindo o beber.

Estava estranhamente silêncio e o som da minha respiração também me deixava envergonhada, parecia que tudo estava chamando a minha atenção e provavelmente a dele. A energia daquele homem era confusa mas uma coisa eu tinha certeza, ele era grande, ele era forte e tinha um destino incrível que estava buscando por ele em algum lugar da sua história.

Ele bebeu água comigo o observando sem esboçar vergonha, ele era seguro de si.

Eu deixei o copo sobre a mesa e voltei a me sentar, ele me acompanhou.

- Embaralhe você e tire sete cartas, colocando-as uma ao lado da outra da direita, - e apontei para o canto da mesa - para a esquerda. - E arrastei meu dedo em meia Lua, fazendo ele acompanhar com olhar.

- Certo. - Murmurou ele.

Eu o acompanhei enquanto fazia os comandos.

As cartas não eram boas, revelava uma série de armadilhas e dores, mas tive medo de falar. O medo dele não era por acaso, no fundo ele tinha uma boa intuição.

- Então..? - Perguntou ele ansioso e preocupado.

- Você já pensou em colocar um investigador para saber o passado dela?

- O que!? Eu... - Ele gaguejou e olhou para cima pensativo. - Eu pensei sim, mas como..?

- Não, Pablo, não está nas cartas. Isso é uma pergunta racional. Você não precisa só buscar ajuda no misticismo, na fé, mas precisa de dados concretos sobre quem você está desconfiado.

A vidente do chefeWhere stories live. Discover now