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Eu tinha feito a maior burrada de minha vida toda. Estaria morta se papai descobrisse algo, e ele sempre descobre.
— Onde estava, Li? - perguntou mamãe quando parei ao seu lado — Seu vestido está para cima, abaixe.
— Derramaram suco em meu vestido e fui ao banheiro tentar secar. - menti e a mesma me olhou desconfiada, ela sempre sabia quando estava mentindo.
— Depois conversamos. Ache seu pai e diga que daqui uns minutos iremos tirar foto. - ah sim, nas festas tiramos fotos com a família toda, não sei o por quê.
Assenti e fui á procura de papai que não estava muito longe. Cheguei perto e esperei o mesmo terminar de falar com um homem.
— Lilith - me chama em um tom sério e imagino que possa ter descoberto — Esse é o Joshua, meu novo advogado.
Não era novidade, papai demetia seus advogados quando eles não queriam fazer algo proibido.
— Olá Joshua, prazer! - sorri — Mamãe disse que daqui alguns minutos iremos tirar foto. - sussurrei no ouvido de papai e o mesmo assentiu com a cabeça.
Deveria avisar Jesha mandar sua amiga e os outros dois vazarem antes que papai os achasse, mas a avistei sozinha.
— Cadê eles? - pergunto olhando para todos os lados em busca deles.
— Já foram, fica calma Lilith. - relaxei meus ombros e fiquei ao seu lado até que nos chamassem para foto.
Depois de longas horas, havia chegado em casa e só tomei um banho e fui dormir, já era quase de madrugada.
Acordo com algo de quatro pernas em meu corpo, imagino ser uma aranha ou um escorpião. Espremo meus olhos tentando controlar minha respiração que cada vez ficava mais pesada.
Suas pernas passavam por minhas coxas, barriga e as vezes até pela minha intimidade. Abro meus olhos com medo de ser o que imaginava, mas não, eram quatro dedos gigantes e uma cabeça na escuridão do edredom, era Dominic, eram os dedos dele que passeavam por mim.
— Acha certo me deixar duro no banheiro, Lilith? - sua voz saiu abafada por estar entre minhas pernas.
— Eu não tenho culpa. - retruquei enquanto me ajeitava na cama — Como entrou aqui?
— Não é a única que vem de uma família mafiosa, sei como invadir casas. - bufo e me viro de costas o tirando entre minhas pernas.
Esperei até que magicamente ele sumisse, mas não ocorreu, sua mão estapeia minha bunda e sinto queimar. Seu corpo sobe em cima do meu e sua boca vai para o pé de meu ouvido.
— Pare de me provocar. - sussurra e meu corpo estremece, sua rouquidão me deixa fraca.
— Não estou provocando ninguém, vá embora!
Ele deixa beijos molhados por toda extensão de meu corpo, mesmo por cima do tecido de cetim sinto perfeitamente seus lábios molhados, e sua mão estapeia minha bunda novamente milhares de vezes, como se fosse uma mera punição.
— Menina má, muito má. - reviro meus olhos quando sinto sua ereção roçando e se movimentando abaixo de meu quadril.
— Me deixe dormir. - ordeno e ele solta uma risada fraca, assim como estou nesse momento, totalmente fraca e sem condições de nada.
— Me perdoe a péssima memória, me lembrei vagarosamente a menininha que encarava até minha alma. - oh céus, ele percebia meu olhar obsessivo anos atrás. Se antes seria morta pelo meu pai, agora eu que iria me matar.
— Não sei do que está falando. - digo me fazendo de sonsa e sua mão pega meu pescoço o apertando, e suspiro forte.
— Uhum. - sua última palavra, em minutos depois não sinto mais seu peso morto em cima de mim.
Como se lembrou? Na minha cabeça mudei muito durante esses anos, quanto de aparência à quanto de maturidade.
