Existe uma magia no toque da água, redentora natural, levando o indesejado e deixando uma estranha sensação de melhora, mesmo quando nada mudou:
--Frio!--ela disse, com a ponta do pé na banheira--...Vamos lá: 1, 2, 3...
Mergulhou. Absorveu o choque térmico. Fechou os olhos. Esticou as pernas. Reclinou a cabeça. Fechou os olhos. Saboreou a sensação de leveza, frescor, descanso, aproveitando cada minuto...
"Vem, vem, vem meu amor
Entregue-se sem pudor"
--Música de violão--ela disse, franzindo os olhos violentamente.
"Nua, você é a perfeição mais pura
E eu estou aqui para te amar, agora e sempre, com ternura."
Ela tentou ignorar, pondo os dedos nos ouvidos e se concentrando na água contra sua pele:
"Se o seu marido não te aprecia
Podexá, que eu sei o você precisa"
Saiu da água, se vestiu e abriu a porta:
--Vocês não sabem cantar sobre outra coisa, não!?!?
--Já não basta usar minha água e meu sabão...--disse Hadriana, pegando outra uva do casco e colocando na boca--...ainda quer dizer o que eu posso ou não ouvir na minha própria casa!
Incluindo o que estava com o violão em mãos, eram quatro seguranças, nos quatro cantos do corredor enquanto Hadriana jazia esparramada no sofá à frente da porta do banheiro, vestido vermelho grosso e conservador, casco de uvas numa mão, documentos na outra:
--Não me importo que cantem, só... URGH!!!!
--E sobre o que vocês cantam em Hisam?
--Sei lá! Os deuses! Festa, comida! Tudo tem que envolver a esposa botando o chifre em alguém?
--Ah qual é!?!?!?--disse o segurança com o violão--...não vai dizer que é não divertido!
--Realmente, nunca sai de moda.--acrescentou a mascate
--Deuses... afinal de contas, o que estão fazendo aqui na porta do banheiro?
--Garantindo que tudo que continue em seu lugar.--voltou seus olhos para o documento em suas mãos e estalou os dedos. Um dos seguranças entrou no banheiro e começou a contar os pertences enquanto os outros três ficavam de olho na hisamita
--Ué, perdi a música?--disse Oliwia, aparecendo pelo corredor, olhando ao redor e compreendendo o que se passava--...Hadriana, se você entrasse no rio com um punhado de sal na mão, você saia do outro lado com a mesma quantidade de sal.
A mascate a encarou com um sorriso:
--Eu fiz isso uma vez! MÚSICA!
Ela estalou os dedos, o violão voltou a tocar, a selukita revirou os olhos e chamou a hisamita, que a acompanhou, parando apenas para olhar Hadriana uma última vez: "Um dia, eu vou ser que nem você." ela pensou, imaginando divertidamente seu próprio castelo. Não seria tão opulento, nem tão grande, mas seria dela: "Com um jardim bonito e guarda costas bonitões que nem os dela". Foi esse último pensamento que lhe chamou a atenção, já que, de fato, os guarda costas não eram apenas jovens, como bonitos de rosto.
Chegou à conclusão óbvia, visualizou dita conclusão, fez uma careta horrível:
--Que que foi?--disse Oliwia, enquanto as duas atravessavam o longo corredor verde, lotado de quadros à óleo
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O Segredo na Torre
ActionOs muros caíram. Um exército de imortais caminha pelas ruas da cidade. Sem opções ou tempo, o último Guardião da República e uma ladra sem escolhas precisam unir forças para invadir a fortaleza mais segura do mundo, descobrir o segredo dos invasores...