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"Eu nunca temi a morte
ou morrer
Eu só temo nunca tentar
Eu sou o que eu sou
Só Deus pode me julgar,
agora eu sou
We Own it - 2 Chainz "

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O sol se pôs lentamente, lançando uma sombra sombria sobre o ferro velho, enquanto Britney se afastava do lugar. O silêncio pesava no ar, cada membro do grupo processando a gravidade da situação de Janet. A noite estava repleta de incertezas.

Jessica quebrou o silêncio com palavras cortantes, sua voz ecoando entre as ferragens desgastadas.

― Janet sempre trazendo problemas. Parece que ela nunca aprende. ― Sua expressão era gélida, um contraste gritante com a preocupação estampada nos rostos de todos presentes.

― Como você consegue ser tão escrota? Estávamos lá a procura de algo que permitisse ter um passo à frente dessa merda de jogo, estávamos lá a procura de qualquer coisa! Qualquer coisa que salvasse nossa pele. ― Helan se alterou, estava sem cabeça para as intrigas de Jessica.

― Ninguém pediu nada para vocês, Helan. Não entende que tudo que façamos, estaremos sempre atrás. ― Forthes continuou no tom frio.

― Você que não entende! ― Martinne se levantou de saco cheio da garota. ― A próxima a ser morta pode ser você! Não fizemos por que gostamos de você, fizemos para não ter mais uma morte. ― ela concluiu deixando a garota paralisada.

Enquanto Todos defendiam a importância de resgatar a garota, Forthes foi a única que virou as costas, para aquela situação.

O grupo se dividiu, cada parte seguindo seu caminho naquela tarde, deixando apenas Martinne e Antonnie sozinhos, enquanto o destino das três meninas estavam prestes a ser traçado.

Com cuidado para não assustar a menina, Antonnie se aproximou enquanto a garota encarava o vazio.

― Pensei que Helan e, principalmente, você não concordariam com a ideia maluca da Janet. ― Sentou-se ao lado da morena, ele expressou sua preocupação.

Ela virou o olhar para ele, seus olhos refletindo uma mistura de perplexidade e inquietação. Em um sussurro, ela respondeu.

― Estamos apenas tentando encontrar uma saída desse jogo. ― Sua voz vacilou um pouco, revelando a complexidade de suas emoções diante da situação.

― É preciso pararmos de querer achar uma saída a força, como a Britney disse. Estamos nos expondo a perigos que podem ser ainda mais perigoso para cada um de nós. ― ele respondeu, expressando sinceridade, o que fez a garota olhar para ele com ceticismo.

― Você fala isso porque tem uma família, um lar, comida e um abraço acolhedor no final do dia. Eu e meus irmãos não temos nada disso. Sou a única família deles, e eles dependem de mim. Não posso me dar ao luxo de simplesmente desaparecer e correr o risco de ser encontrada morta. ― ela desabafou, canalizando sua raiva diante das circunstâncias.

Antonnie ficou surpreso com o tom de voz da garota.

― Por que você sempre se coloca como vítima? Todos conhecem a situação em que você vive, não é necessário usar isso como desculpa toda vez para as pessoas terem pena. Ninguém sente pena de coitado. ― Ele se levantou, deixando a garota sozinha na oficina, envolta em sua confusão.

Martinne, atordoada pela resposta inesperada do garoto, observou-o se afastar. As palavras ecoavam em sua mente, provocando uma reflexão profunda sobre sua própria postura.

Vermelho: a cor do sangueWhere stories live. Discover now