O começo de um grande amor

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Hogwarts, a maior e mais importante escola de bruxaria do mundo, entraria em recesso durante o Natal. Seus alunos costumavam chamar o período de férias de inverno, por serem duas semanas de puro lazer e diversão. Os professores evitavam passar tarefas muito complicadas, pois sabiam que os estudantes estariam aproveitando o momento para confraternizar com seus familiares e entes queridos pela primeira vez desde o verão.

Este não era o caso de Draco Malfoy. O rapaz alto, pálido, de queixo pontudo, cabelos platinados e olhos cinzentos tinha o hábito de aproveitar o recesso em sua casa, na companhia de seus pais, no entanto, nos últimos tempos, esses momentos não tinham sido tão felizes quanto os da sua infância. Mas esse não foi o único motivo para que Draco permanecesse em Hogwarts. Ele ficou porque havia um colega em especial que vinha tomando conta de seus pensamentos e ocupando um espaço em seu coração.

Harry Potter era o seu nome, era da idade de Draco, mas pertencia à Grifinória, a grande rival de sua casa, a Sonserina. Dono de cabelos negros, óculos de lua cheia, olhos esverdeados e de uma beleza desconcertante, Harry arrancava suspiros de estudantes de ambos os sexos enquanto desfilava pelos corredores do castelo. O fato dele ter derrotado Lorde Voldemort ainda na infância só o ajudava a ganhar mais fama e admiradores dentro e fora da escola. Mas Draco tentara se manter longe desse frenesi, afinal, ele era sonserino, e fora educado para crer na superioridade do lado de Voldemort e dos bruxos das trevas. No entanto, de uns tempos pra cá, Draco foi vendo que não havia sentido em permanecer ao lado de um bruxo tão perverso. Draco queria amar e ser amado, e acima de tudo, tinha uma forte intuição de que Harry Potter era capaz de lhe proporcionar isso. Desde que os dois estudantes retornaram a Hogwarts para cursar o sexto ano, Draco notou que Harry lhe dirigia olhares mais longos, intensos, e menos hostis, se comparados aos dos primeiros anos deles na escola.

"Quem sabe, se ficarmos a sós, ele não toma coragem de me dizer o que sente por mim?", pensava o loiro.

E assim aconteceu já na primeira noite das férias de inverno. Draco não costumava ficar perto da lareira do Salão Principal de Hogwarts, por ser perto da mesa da Grifinória, contudo, a escola esvaziada e a presença de Harry naquele local fizeram com que o loiro tomasse a iniciativa de se aproximar.

Os olhos esmeralda do grifinório refletiam as chamas dançantes, e aquilo só tornava Harry mais belo e fascinante para Draco. Ele se esforçou para caminhar cautelosamente, no entanto, bateu seu pé esquerdo em uma das pernas do banco onde Harry se sentava, e isso atraiu a atenção dele.

Os dois garotos trocaram olhares surpresos, a tensão entre eles era palpável. No entanto, no silêncio daquele momento, um entendimento tácito floresceu. Ambos buscavam consolo e companheirismo durante as férias de inverno.

Engolindo seu orgulho, Draco hesitantemente se aproximou de Harry. "Potter," ele começou, sua voz cheia de incerteza. "Você se importaria se eu me juntasse a você?"

Harry, surpreso, mas disposto a dar uma chance à paz, acenou com a cabeça e gesticulou para que Draco se sentasse perto do fogo. Enquanto as chamas crepitantes dançavam diante deles, eles encontraram consolo no calor e no silêncio.

"Resolveu ficar na escola nesse ano, Malfoy?"

"É... Sempre me disseram que a decoração de Hogwarts ficava mais linda no inverno, então, resolvi ver com meus próprios olhos".

"A do ano retrasado estava mais bonita, com os estandartes da Grifinória"

"Pois eu gostei mais da decoração deste ano. Os estandartes verde e prata da Sonserina combinam perfeitamente com a neve, a árvore de Natal e o frio do inverno."

"Eu penso que não, que o vermelho e o dourado da Grifinória ajudavam a quebrar esse clima excessivamente frio, e ainda colocavam mais calor humano no ambiente."

Winter holidays with DrarryWhere stories live. Discover now