Invisible String

#2 I'll be the father.

Lana sentiu a luz do dia invadir o ambiente, obrigando-a acordar. Seus olhos estavam ardendo, havia chorado até dormir noite passada.

Se mexeu na cama e a sentiu vazia, Sean não estava lá. Ainda bem que era sábado, pensou, afinal não trabalhava nos finais de semanas e Deus sabia que ela não tinha condições alguma de ir trabalhar naquele dia.

Devia está horrível.

Depois de uns minutos, sentiu o enjoo matinal, que vinha sentido durante todos os dias da semana, levantou as pressas e correu para a suíte do quarto, só deu tempo de abri a tapa da privada e colocar tudo que havia no estômago para fora, que não era nada mais do que água. Sentiu as lágrimas escorrerem, meu deus, odiava vomitar.

Quando o enjôo passou ela lavou o rosto e escovou os dentes. Escutou quando alguém entrou no quarto, alguém esse que só poderia ser Sean.

— Não acredito que você estragou o meu café da manhã na cama iguais os do filme, smurfette.

Ela riu e cuspiu a pasta na pia.

— Desculpa, Maguire, se eu soubesse tinha continuado na cama.

Lana caminhou até a cama de volta e ficou observando Sean, que vestia apenas uma calça de moletom cinza, organizar a flor em cima da mesinha portátil de café da manhã.

— Isso tudo é pra mim ? — Perguntou, enquanto voltava a se sentar de frente para o amigo, sendo separados pela mesinha.

— Com certeza! Você agora é obrigada a fazer todas as refeições do dia. — Ela riu e beliscou as uvas no pote. — Como estamos hoje?

— Enjoados.

— Toma esse suco de laranja, Maggie me disse que laranja sempre ajudava ela com os enjoos.

Lana tomou o suco, que realmente a ajudou muito, e logo depois comeu o sanduíche e as uvas que ele havia preparado para ela.

— Melhorou?

— Uhum... Só espero não colocar tudo pra fora em... — Ela fingiu pensar um pouco. — 30 minutos. 

— Lana, você sabe que precisa ir pro médico, né? Começar pré-natal... essas coisas.

A morena prendeu o cabelo num coque e se encostou na cabeceira da cama.

— Eu sei... Só...

— O que?

— Não queria fazer isso sozinha.

Sean afastou a mesinha de café da manhã e foi para o lado dela.

— Quem disse que você vai fazer isso sozinha? E eu sou o que?

— Você entendeu o que eu quis dizer! Queria que ela tivesse um pai, só isso. Crescer sem um pai é muito difícil, sei disso muito bem, Sean. — Esfregou as mãos no rosto e respirou forte. — Não queria criar essa criança sozinha. Não vou saber fazer isso direito. Fora que o que vou escutar da minha mãe, meu deus!

Depois que ela contou tudo o que Fred tinha falado, Sean havia se controlado muito para não ir atrás dele e quebrar sua fuça, se controlou porque ela precisava muito mais dele do que aquele desgraçado precisava de uma surra.
Então quando ela enfim dormiu ele só conseguiu pensar no que deveria fazer e no que queria fazer.

Sabia que o que estava pensando iria muito além e que era muita responsabilidade. Mas sinceramente? Era o certo a fazer! Afinal ele era um britânico, um gentleman, não podia deixar ela sozinha nessa.