Capítulo 1

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Viagens sem rumo, por se sentir completo do que está realizando tem suas vantagens, as vezes nem percebemos que estamos vivendo aquilo, até mesmo com os amigos mais próximos. Desde que chamei a Melanie, Andrew e Caroline para partir mais uma viagem para Londres, sem sabermos o que visitar, além do relógio do Big Bang, queríamos algo diferente e aventureiro.

Em meio aos meus pensamentos distantes, Tobby late me tirando dos devaneios e o sol raiando todo o meu quarto com o Tobby com o focinho em meu colo.

— Você é muito travesso. — Digo ao perceber que ele subiu em cima da cama para receber carinho enquanto estava sentado na frente do computador.

Assim, pego ele e coloco em cima do meu colo, fazendo carinho em seu pelo curto de tom marrom e macio, e suas orelhas caídas sempre atentos ao que digo e alertando que está feliz por receber carinho.

Passando alguns minutos, estou arrumado. Mais um encontro, sendo o segundo desde que nos conhecemos, a Jessie está a espera de mim, por mais que ela seja uma pessoa calma, delicada e doce, não me contento por está saindo com ela, logo eu, não muito estabilizado e como iria suportar tanta coisa que Jessie irá me oferecer, se caso ela for oferecer, uma coisa a pensar: os hormônios não coisa muito legal. Pretendo ir depois de passar na delegacia, pois como trabalho como detetive na principal, não teria problema em me deslocar até o restaurante. 

Estou fora de mim com tudo isso, apenas a Caroline sabe desde quando conheci a Jessie e não sei como ainda não me deu um soco para parar de falar, pois nas últimas semanas falava somente nela, uma mulher igual a Jessie não há. Cheguei primeiro ao restaurante que marcamos e mandei a localização para confirmar para ela, mas Jessie já veio outras vezes com os amigos e espero alguns minutos. 

- Boa tarde, senhor. Alguma bebida? — Disse o garçom de avental preto com a logo do restaurante "Chelsea Restaurante" e com blusa branca formal abotoadas.

— Uma água, por favor. — Não quero aparecer alcoólatra logo hoje e fazer alguma besteira, no máximo vinho e tomo em casa. 

Enquanto mexo no celular, o garçom serve a água e há um movimento de entrada e saída de pessoas no restaurante, vejo que Jessie chega, mas ela não me vê e meu celular vibra. 

— Onde você está? 

— Mesa 10. — Levanto a mão e ela vem em minha direção, com um sorriso no rosto ao me ver.

Retribu o sorriso. Ela se senta de frente a mim e guarda o celular, está radiante. 

— Como você está? Demorei mas achei você. — Falou brincando.

— Levando mais uma vez. — Ironizo. 

— Pra quê ser assim? 

— Apenas não estou muito legal. — Percebo que a expressão dela mudou, um sorriso que foi se desfazendo aos poucos. — A culpa não é sua. — Encosto minha mão na dela.

— Está tudo bem. — Diz com um olhar fixo para mim, está confortável. – Mas me fale um pouco mais sobre seu trabalho.

Ela fala com um tom animador, quebrando o gelo criado por alguns segundos.

– Hoje foi mais tranquilo, chegou um suspeito do caso de Mariah Bruce, se lembra? – Ela assente.

– O que matou a facadas?

– Isso, deu o depoimento e se mantém preso, para não correr o risco e ainda não tem provas suficientes.

– Normalmente são assim os casos. – Fica pensativa. – Quando não se tem muitas testemunhas.

– Realmente.

Após alguns minutos, de bebermos e comer, levei ela para casa, que ficamos por ali. Sem nenhum contato físico, apenas os nossos olhos se encontrando e desencontrando, esperando reagir para um encontro de pele a pele. Sem expressar que estou ansioso por algo que nem devia pensar.  

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