Prólogo

100 28 72
                                    

Amysth, Londres

Hugo Charles

“...um nevasca muito forte se aproxima de Amysth, meteorologistas recomendam que todos se mantenham em casa para evitar acidentes nas ruas e todas as empresas estarão suspensas nas seguintes semanas, apenas lojas de extrema importância..”

Suspiro. Como cai tanta neve lá fora, nunca vi isto antes, como pode ser tão caótico assim? Apenas preciso tirar um tempinho para pensar melhor.

Desligo o notebook, trabalho em home office desde que comecei a faculdade de história, mais específico, licenciatura, desde que me entendo por gente, ensinar se torna mais fácil do que se imagina, ainda transferindo seu conhecimento para pessoas mais jovem que você. Por mais que pense que lidarei com vários tipos de pessoas e é fato, se você perde a paciência onde ninguém não está te ouvindo, tudo piora, então, ter controle e resiliência te torna uma pessoa estável em qualquer lugar. No antigo emprego, em uma empresa grande, lidar com diferentes pessoas e clientes todos os dias é cansativo ou pior, os cabeça quente há nessa rede, era uma ótima empresa, porém após quarenta anos em funcionamento, fechou em decorrência de uma crise financeira, demitindo em massa os funcionários, pois não tinha como pagar-los.

Guardo as planilhas na gaveta, que há na escrivaninha de madeira lisa de cor bege com riscos escuros, e deixo o notebook em cima da mesa, apenas abaixando a tela. Me levanto, desligo a TV, que ainda continuavam a noticiar sobre a cidade que está embaixo de neve e mais, olho para o relógio e ainda era cedo, decidi ir até a cozinha para beber alguma coisa e fui em direção a janela do quarto, no segundo andar, que dava para a vista para as trilhas que ainda se destacavam, quando ainda não são atingidas pela neve, carros estacionados e a cidade próxima das montanhas, foi o melhor feito que realizei, eu e as outras pessoas moramos nos vales da montanha, há também cabana isolada na montanha, um caminho foi construindo em direção para essa cabana, mas tem um aviso para não ultrapassar da vazia determinada que o próprio dono da companhia colocou e às vezes, notamos movimentos estranhos a noite como se fossem pessoas andando pela rua, nunca sabemos se aqueça cabana tem pessoas ou o dono da companhia vai para lá.

Apesar de ser um lugar diferente, a Companhia Hotel Cabanas se tornou umas das melhores para se viver, não tem uma restrição para sair e fazer compras na cidade e a permissão de outros visitantes para poder conhecer as montanhas, que são grandes atrativos de Londres. Porém no início da empresa, ocorreu um acidente envolvendo moradores, onde o próprio morador foi encontrado nas rochas, próximos as cabanas do sul, ele havia aproximadamente 32 anos, homem com físico ótimo e que estava escalando no paredão de pedras que havia ali, tanto que os proprietários se dividiram para ajudar na perícia e bloquear a passagem para aquele lado e os vizinhos se mudaram para a cabana da leste, onde vivo, não são longes uma da outra, um fácil deslocamento para conversar com os vizinhos e vários espaços para o lazer.

Ouço uns barulhos vindo do lado de fora, me mantenho parado ao ouvir, um gelo invade o corpo e, então, corro para o andar de baixo para ver o que há e pela janela, algumas casas estavam destruídas por algo, corri novamente e peguei meu telefone, tentei ligar para Kelly, que mora ao lado da minha casa e estava sem sinal, por mais que fosse para todos os cantos da casa e parei no meio da sala, estável, apenas sentindo o frio congelante entrando e penetrando no meu corpo. Inaudível. Por que isso?

A Cabana Da Montanha Where stories live. Discover now