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Aisha Percival Belluci

Nove horas da manhã de um sábado, Margot resolveu que seria uma boa ideia me ligar para avisar sobre a última notícia que saiu sobre mim e o loiro, ela não só ficou chocada, como começou a dizer que aquele beijo parecia muito mais sério do que ima...

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Nove horas da manhã de um sábado, Margot resolveu que seria uma boa ideia me ligar para avisar sobre a última notícia que saiu sobre mim e o loiro, ela não só ficou chocada, como começou a dizer que aquele beijo parecia muito mais sério do que imaginava e que entre nós havia uma química inexplicável. A minha única resposta foi dizer "boa noite" e desligar em sua cara para poder voltar a dormir, porém, infelizmente, a porra do beijou martelou em minha cabeça. Aquilo de fato foi bom, não posso negar ou talvez eu só achava que havia sido bom, porque fazia bastante tempo que eu não beijava na boca.

O meu último relacionamento acabou faziam uns três anos e daquele dia em diante eu decidi que seria mais viável para mim focar no meu serviço do que em homens. Lourenço parecia ser o amor da minha vida, o homem da qual deixava meu estômago repleto de borboletas, imaginava uma familia ao seu lado, mas infelizmente essa máscara de bonzinho caiu assim que completamos dois anos de namoro, dali em diante, foram ciúmes excessivos e exagerados, traições das quais eu perdoava depois de suas inúmeras declarações de amor e desculpas esfarrapadas. Só me livrei quando Margot fez uma intervenção abrindo os meus olhos, lembro-me que chorei a noite toda até não ter mais lágrimas o suficiente e tomar uma atitude para terminar.

Sinceramente não foi fácil, de um lado eu sofria imensamente e do outro, Lourenço ligava-me o tempo todo, se plantava na frente do meu prédio, tinha virado uma verdadeira perseguição da qual tive que recorrer a mudar de número de celular e de apartamento. Minha família nunca soube desses maiores detalhes e eu queria que continuasse assim, na cabeça deles, a gente terminou muito bem, como amigos que decidiram o que era melhor para cada um.

Como de costume, hoje era dia de almoçar na casa de meus pais, todos os finais de semana esse era um ritual sagrado, confesso que fazia isso mais pela minha mãe do que pelo meu pai, porém no final sempre valia a pena. Agora que me mantinha distante do meu pai, pensei em não ir, porém mamãe implorou imensamente na ligação deixando com que eu engolisse meu lindo orgulho e fosse até a casa deles.

— Fico feliz que tenha vindo. - Foi a primeira fala de minha mãe ao abrir a porta e se deparar comigo.

— Impossível negar um almoço seu. - Murmuro sorrindo levemente, logo a abraçando e adentrando a casa. O cheiro da lasanha adentrava minhas narinas fazendo com que minha barriga roncasse loucamente. — Pelo visto você fez o meu prato favorito.

— Bom, ela não fez só pra você. - A grossa voz se fez presente me deixando paralisada entre a sala e a cozinha.

— O que você está fazendo aqui? - Pergunto não querendo elevar meu tom de grosseria para que minha mãe não percebesse.

— Lourenço voltou de viagem hoje, achei que seria uma boa ideia chamá-lo para almoçar conosco. - Minha mãe deu uma batidinhas leves em minha costa.

– Vocês se falam? - Questionei enquanto segui para a cozinha.

— Claro! Não é porque ele é meu ex genro que eu vou parar de falar com ele, quem terminou foram vocês. - Quieta, foi assim que fiquei após sua fala.

Lourenço sentou ao meu lado tentando puxar o máximo de assunto, fazendo com que eu respondesse o necessário, enquanto minha mãe mantinha um sorriso no rosto colocando os pratos na mesa e se interessando mais na conversa do que eu.

— Podemos comer? Estou com fome. - Murmuro.

— Você vive com fome Aisha - Lourenço riu levemente, deixando que um sorriso forçado sobressaísse em meus lábios.

— Espere mais um pouquinho, seu pai já está... - Não conseguiu terminar a frase, pois meu pai abriu a porta avisando sua chegada.

— Trouxe visita. - Adentrou na cozinha dando espaço para todos terem uma visão de quem poderia estar atrás dele. Eu jurei que aquele almoço não poderia piorar mas sinceramente, estava enganada. Deveria ter ficado em casa. 

•••

                                 Lourenço.

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Amor em construção. - Vinnie Hacker حيث تعيش القصص. اكتشف الآن