(14) Last Nite | 2012

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Well, I've been in town
For just about fifteen whole minutes now
Oh, baby, I feel so down

—The Strokes

Apesar de sua voz ter soado antipática, um sorriso perfeito estampou seu rosto, em seguida

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Apesar de sua voz ter soado antipática, um sorriso perfeito estampou seu rosto, em seguida.

—Estou muito bêbada ou esse é o cara do The Grave? -uma menina falou, ao meu lado.

—Estou me fazendo a mesma pergunta. -murmurei, baixinho, para mim mesma, antes de sentir o mundo congelar.

Hunter tirou a mão da minha cintura, meio assustado com a figura que surgia à nossa frente. E, assim que eu estava de volta ao chão, seu corpo parecia ter sumido dali.

Todos eles deviam ter sumido da minha frente na verdade, porque a única coisa que eu conseguia enxergar era aquele rosto, me encarando com divertimento.

Todo mundo naquele sofá se moveu, e sei que começou um certo tumulto à minha volta. Pensei ter ouvido alguns "Minha irmã ama a sua banda", "Adoro a música 'Flame'", "Você pode tirar uma foto com a gente?", mas eu não tinha tanta certeza, quanto àquelas frases, pois um zumbido surgiu em meu ouvido.

Fiquei tonta. Eu não sabia se era raiva, excitação ou medo que tomavam de conta de mim, mas... eu não conseguia respirar direito.

Matty olhava para aquelas pessoas por nada além de alguns segundos, antes de virar para mim, de novo, esperando por algo.

Haviam colocado algum alucinógeno na minha bebida? Eu estava maluca, imaginando coisas?
Matty estava mesmo ali? Ou eu estava no meio de alguma brisa muito, muito esquisita?

No meio daquele barulho, ouvi ele falar, gentilmente, para alguns dos meus conhecidos.

—Podem me dar um segundo? Preciso falar com ela.

Antes que eu tivesse o benefício da dúvida, ele segurou a minha mão. Aquele momento foi quase um flash para mim.  Estávamos no meio da sala e, de repente, deixei o meu corpo ser guiado por Matthew Daves, chegando em um canto da cozinha.

E eu ainda estava sem reação, sentindo a sua mão, gelada como o vento do inverno, segurar a minha, com pouca firmeza. Matty deu um suspiro profundo, enquanto meus olhos eram inquietos, passando por todo ele.

Oh meu Deus. O que era aquilo?

—Acredito que cheguei na hora certa. -ele falou, e estava meio sério, antes de um sorriso surgir simultâneo à sua pergunta-  Quem é ele?

—Ele quem?

—Como assim quem, ursinha? 

—Hunter?

—Esse é o nome dele?

—É... bem, não sei. Ele não é ninguém, eu...

—Foi o que eu pensei. -ele me interrompeu.

Soa Como Desastre (+18)Where stories live. Discover now