[🌾] amarantos.

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A ilha de Quesadilla sempre fora muito pacata, calma e tranquila. Todos os moradores ali se conheciam e gostavam de morar ali, vivendo vidas alegres, felizes e tranquilas. Era tudo muito calmo, crimes quase não aconteciam e todos eram extremamente pacíficos. Crianças brincavam nas ruas e exploravam as florestas, rios e diferentes biomas, iam para a escola e aproveitavam cada coisa que aquela ilha grande em termos geográficos – mas ao mesmo pequena, em termos populacionais – tinha para oferecer.

Embora fosse uma ilha plácida, haviam diversas coisas ali que eram de conhecimento geral de todos que moravam ali.

1° – De noite, as coisas ficavam um pouco mais perigosas, afinal, como era uma ilha, havia animais selvagens.

2° – Nunca duvide, pergunte ou questione Cucurucho e a Federação.

E de tudo, ironicamente o mais importante;

3° – Havia um louco naquela ilha, e se você entrasse no caminho dele, acabaria virando camisa de saudade eterna. No entanto, você não pode falar sobre isso. Apenas aja naturalmente.

Seu nome era Cellbit, mas para alguns, era conhecido como Cell. Ninguém sabia ao certo quando ou como ele apareceu naquela ilha, mas uma coisa era certa: ele era extremamente perigoso. Seus ex-companheiros de cela, Pac e Mike, sempre hesitavam em falar sobre Cellbit, mas tudo indicava que ele abusava mentalmente dos dois amigos enquanto estavam presos.

Ele era como uma lenda urbana, raramente sendo visto ao ar livre mas ainda vivo entre todos que moravam em Quesadilla. Algumas pessoas diziam que já haviam tido pesadelos com o brasileiro, pesadelos onde aquele homem com olhos vermelhos e mortais os matava e torturava eternamente.

Sobre sua aparência diziam que ele parecia mais como um vampiro gótico de trezentos anos mas que parecia ter congelado nos vinte e cinco. Outras pessoas diziam que ele parecia um gato, um híbrido de gato. No entanto, um híbrido de gato assustador. Outros diziam que ele parecia um maluco psicopata que havia fugido de um necrotério ou de um hospício. Dependeria de seu humor atual.

Ele morava sozinho em um castelo grande e assustador, longe de todas as principais construções. As poucas pessoas que já haviam passado por lá perto, diziam que era possível ouvir gritos e pedidos de ajuda vindo de lá. No entanto, ninguém tinha coragem de chegar perto o suficiente para ver. Diziam que o castelo de Cellbit era o local mais assombrado daquela ilha.

Rumores diziam que ele já havia cometido canibalismo com Pac.

Outros rumores diziam que ele mataria alguém caso o incomodasse enquanto resolvesse seus enigmas. Ou que mataria alguém por qualquer motivo besta, na verdade. Ele gostava de matar.

Já alguns rumores infundados diziam que ele era gay.

Rumores.

Todavia, de tantos rumores havia uma certeza sobre aquele homem:

Ele tinha um filho, com guarda compartilhada. Seu nome era Richarlyson.

Todos naquela ilha amavam Richarlyson, ele era uma criança animada, engraçada e sempre procurava ajudar a todos ao seu redor. Muitos se perguntavam como uma criança tão atenciosa conseguia ser filho de um pai tão maligno como aquele brasileiro misterioso era.

— Você sabe o que dizem? — Foolish dizia para algumas crianças enquanto terminava de construir mais uma de suas belas construções. — Que ele é como a viúva negra; atrai as pessoas para seu castelo, as impressiona e depois as devora completamente! — sua voz era baixa como se contasse uma lenda, o que tecnicamente era exatamente o que ele fazia.

Tallulah, Dapper e Pomme riram.

“Ele me dá flores quando me vê!” Tallulah escreveu alegremente em seu caderninho rosa. Pomme logo concordou, escrevendo em seu caderninho vermelho:

stalker. • guapoduoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora