1-A melancolia

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1-Melancolia

Sou Kell Orion, um agente imerso em perguntas sobre a realidade. Cada dia nos questionamos sobre a liberdade e o propósito. Ao nos erguermos da cama, reconhecemos que viemos da escuridão e para ela retornaremos. A verdade? Talvez seja apenas o que aprendemos. Afinal, o que é realidade? Este é o enigma que sempre me acompanhou.

Recebi chamados sobre desaparecimentos e indivíduos fora de controle nas últimas semanas, todos mencionando a mesma palavra, 'melancolia'. Ao chegar à delegacia, fui informado pela delegada sobre o estado caótico dessas pessoas. Ela detalhou o caso:

Encontramos este indivíduo em um estado deplorável jogado em uma estrada - disse a delegada.

Todos têm sido encontrados chorando na rua. Parece ser um sequestro em massa - respondi.

A delegada me conduziu ao interrogatório. Ao entrar, cumprimentei o agitado sujeito, tentando manter a neutralidade.

Pode me contar o que aconteceu? - perguntei.

Sugados... loucuras, melancolia! - exclamou ele.

Senti que talvez houvesse alguma lucidez restante nele.

Acho que talvez consiga lembrar. - disse, observando suas memórias se desenrolarem em gritos e risos insanos.

O garoto pálido, envolto em lembranças dolorosas, tentou me atacar. Rapidamente, algemei seus braços à mesa, mantendo minha postura imperturbável diante da crescente insanidade.

O pálido

Kell sai da sala ouvindo aqueles gritos enquanto outros agentes entravam para acalmar a vítima

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Kell sai da sala ouvindo aqueles gritos enquanto outros agentes entravam para acalmar a vítima. "Para onde vai?", perguntou a delegada. Kell olha para ela e diz "Almoço". Havia um pequeno restaurante ali, apreciado por sua simplicidade e higiene pura. O agente Kell sempre sentava perto da vidraça, onde via todos os dias as pessoas passarem sem perguntar o que de fato elas são. Mas a melhor parte é a visita da universitária Luiza, que estuda filosofia e percepção, olhando para Kell como alguém que poderia ser algo a mais. Sentados de frente um para o outro, eles conversam.

 Sentados de frente um para o outro, eles conversam

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Kell e Luísa

Desculpa a demora, o trânsito estava caótico - explicou Luísa, enquanto Kell percebia que o tempo não tinha importância para ele, algo evidente em seu olhar.

Sem problemas, o trânsito aqui sempre surpreende - respondeu Kell.

Notei que você está diferente. Leu o livro que te dei?

Li, e parece que as coisas deram uma guinada. Alguma coisa estranha está acontecendo com as pessoas desta cidade.

O que poderia ser? - indagou Luísa, demonstrando curiosidade.

Ainda não sei ao certo, mas estou investigando - afirmou Kell, enquanto ambos eram servidos.

Segunda-feira, 18:00

Nas ruas noturnas, Kell Orion encontra sua paz, mesmo que o perigo seja iminente. O medo, para ele, é uma sensação distante, uma emoção que não o aflige nas sombras da noite. Mas o que é verdadeiramente sentir? Qual é a essência do medo? Enquanto seres vivos, respondemos a estímulos, mas, nesse caminhar noturno, Kell enxerga algo que escapa à percepção humana: o escuro infinito.

Orion chega em casa, se alimenta, assistindo TV, mas o gosto era totalmente diferente do que esperava. Nesse momento, perguntava-se se era de fato macarrão, pois o gosto azedo revelava impureza. Não era o gosto de estragado, mas sim de dúvida. Esperava muito sentir o delicioso sabor do macarrão, mas sentiu um grande desgosto totalmente desagradável, fazendo-o ir para a cama, sempre olhando para a parede, recheando seus pensamentos com o que poderia ser o amanhã. Porém, a questão era que, em nenhum momento, piscava, e sem consciência, já estava em algum lugar.

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