• 05 ☠️

40 4 0
                                    

  Vincent Hacker

São seis e meia da manhã, o sol começava a clarear um pouco do quarto, minha mão direita tenta pousar sobre minha namorada mas a única coisa que toca, é o lençol vazio e praticamente frio

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

São seis e meia da manhã, o sol começava a clarear um pouco do quarto, minha mão direita tenta pousar sobre minha namorada mas a única coisa que toca, é o lençol vazio e praticamente frio.

Com uma certa preocupação, sento-me na cama tentando reiniciar meu cérebro, coço os meus olhos e levanto para ir até o banheiro onde iria fazer as minhas higienes matinais, porém, antes que pudesse começar a minha rotina, ouço um barulho de porta batendo fazendo com que eu olhasse para janela. A cena fez meu coração gelar e meu corpo se arrepiar, quando me dei conta, estava correndo escada a baixo até o lado de fora, sem se importar em estar apenas de cueca.

— Celine!! Para onde você vai? - Digo assim que abro a porta e caminho em direção a mesma.

— Como ousa ter mentindo pra mim esse tempo todo? - Seus olhos repletos de lágrimas causaram a sensação de tristeza. — Eu confiei em você, mas esse tempo todo tem me traído com aquela... aquela... - As palavras pareciam sair de sua boca, me deixando em confusão.

— Do que está falando? Jamais mentira para você. Vamos entrar, converse comigo. - Tento pegar em suas mãos mas ela se afasta abrindo a porta do táxi.

— Eu amei você Vincent, me entreguei de corpo e alma, e na primeira vez, você me destrói. - Foi suas últimas palavras após a mesma adentrar no veículo, fechar a porta e fazer com que o motorista desse partida no carro.

Em estado de perplexidade não havia reparado que algumas pessoas olhava-me de cima abaixo.

— O que estão olhando? Vão cuidar da vida de vocês. - Digo em um tom de voz alta, dando meia volta e fechando a porta de casa colocando a cabeça sobre a mesma, para pensar no que estava acontecendo.

Perdido, em extrema confusão, subo para o quarto pegando o celular, não iria desistir da minha namorada, precisava saber o que havia acontecido, ela tinha que explicar, não poderia ir embora daquele jeito. Espero o aparelho religar, aquilo parecia uma eternidade, porém, quando finalmente ligou, coloquei a senha e varias mensagens, ligações e e-mails começaram a fazer com que meu celular vibrasse em minhas mãos incessantemente.

Aquilo nunca acontecia, era a primeira vez. Não sabia por onde começar, até ver uma mensagem de um dos meus amigos sobre a barra de notificação pedindo para acessar o link em que o mesmo havia me mandando, sem mais delongas, clico.

Indignação, ódio, raiva se misturavam dentro de mim, nada do que a notícia dizia era verdade, não passava de uma fake news barata que fez todos acreditarem que era real. Sabendo de como isso ocorreu, de quem foi a ideia, levanto imediatamente para apenas colocar uma roupa qualquer e ir tirar satisfação com o meu "querido" pai.

— Cadê ele? - Adentro a casa de meus pais assim que Cedrico abre a porta. Dei graças a Deus que o trânsito não estava tanto, pois havia chegado antes da hora do velho sair de casa.

— Oi pra você também.

— Não me enrola, cadê o pai? - O encaro.

— Foi para empresa daquele cara, disse que precisavam resolver alguma coisa e...

Não deixei com que Cedrico terminasse de falar, apenas dei meia volta e voltei para dentro do carro dando partida até a empress em que ele se encontrava. Até o momento tudo parecia estar ao meu favor em relação aos carros e faróis da rua, nada se mantinha demorado, estava me sentindo em velozes e furiosos, minhas mãos apertavam o volante fortemente, de alguma forma, precisava me acalmar.

O automóvel fica estacionado de qualquer jeito sobre a imensa garagem, enquanto, entro no elevador e aperto o botão do andar em que eu precisava estar, assim que as portas de abriram, vou diretamente até o balcão da recepção.

— Cadê o meu pai? - A frase não havia sido dita apenas por mim, a garota ao meu lado que seria a suposta namorada encarou-me por alguns segundos, talvez, nem ela imaginava que eu estaria aqui.

— Vamos Grace desembucha. - Os cabelos da garota se mantinham emaranhados, como se ela tivesse apenas saído da cama e corrido para cá.

— Deixem minha recepcionista em paz. - A voz do homem se fez presente atrás de nós. Ao virar-me para olhá-lo, meu pai estava ao seu lado, sorrindo, como se tivesse ganhado na mega-sena.

— Que porra de notícia foi aquela? Qual o problema do senhor? - Aisha, como a mulher se chamava, gritava, as veias saltavam de seu pescoço.

Tentei me juntar à ela, tentei reclamar mas não adiantou de nada, a garota batia de frente com o seu pai, ficando cara a cara com ele e quando menos esperávamos, um tapa em seu rosto foi desfilado.

— O senhor esta louco? - Digo indo ajudá-la, mas a mesma se afasta. Definitivamente o tapa lhe havia afetado, porém, não demostrou, apenas levantou a cabeça segurando o choro que prendia em sua garganta.

— Já avisei inúmeras vezes que quem manda em você sou eu, não me importo se está com vinte e seis anos, eu ainda continuo sendo seu pai e mereço respeito. - Colocou as mãos no bolso. — Agora que os ânimos estão mais calmos. - Brincou rindo. — Bem vindos casal, o que vocês desejam? - O "humor" fez-me abrir a boca para falar algo, mas antes que pudesse dizer, Aisha vai embora fazendo o pai dela colocar a mão sobre o meu ombro. — Não ligue genro querido, as mulheres são assim, vai se acostumando, ela é igualzinha a mãe.

Amor em construção. - Vinnie Hacker Where stories live. Discover now