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                      Aisha Percival Belluci

A minha fúria era tanta que não tinha me dado conta que ao menos retirei minha roupa para poder dormir, apenas me joguei na cama depois de algumas taças de vinho e dormi por um longo período

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A minha fúria era tanta que não tinha me dado conta que ao menos retirei minha roupa para poder dormir, apenas me joguei na cama depois de algumas taças de vinho e dormi por um longo período.

Acordei com uma vibração vindo de baixo de mim, assustada sentei-me na cama rapidamente, olhei para fora e percebi que o céu se mantinha escuro, mostrando a noite. Com as costas da mão limpo a baba que escorreu sobre a minha boca enquanto dormia, peguei o celular e identifiquei o chamador, revirei os olhos levemente, não queria atender mas ela poderia estar apenas querendo falar de outro assunto comigo, do qual poderia ser importante.

— Oi mãe. - Murmuro assim que levo o aparelho em meu ouvido.

— Oi filha! Como você está?

— Estou bem e a senhora? - Pergunto logo ouvido um "bem" em um tom baixo, deixando com que a ficasse em silêncio em seguida. — Me ligou para falar do desentendimento que eu tive com o seu marido não foi?

— Ele ainda continua sendo o seu pai. - Senti como se ela tivesse revirado os olhos naquele momento. — Vocês precisam parar de discutir, eu fico no meio, em um fogo cruzado.

— Só vamos parar de discutir, quando ele deixar de ser arrogante, é impossível trabalhar com ele. E outra, a senhora soube da proposta doida dele? É completamente ridícula. - Silêncio, apenas foi a resposta que obtive. — Mãe?... você já sabia não é ?

— Vincent é um partidão. - Disse fazendo com que eu fizesse uma careta, quem hoje em dia fala "partidão" ?.

— Pelo amor de Deus mãe!! Não acredito que aceitou essa ideia absurda, meus próprios pais estão me vendendo por causa de uma porcaria de empresa. Que século vocês vivem????

— Essa empresa é a nossa vida, se não fosse por ela, não estaríamos aonde estamos agora, ou você acha que essa sua vida de cinco estrelas veio de graça? Escute Aisha, tente ver o lado de seu pai, ele não está tão errado sobre isso, afinal, vocês não precisam se amar de verdade, é como se fosse um contrato, nas frentes das câmeras vocês sorriem e a acenem, e por trás vocês se matam.

— Com vocês foram a mesma coisa? Casou com o pai apenas por um contrato? - Pergunto elevando minha sobrancelha, pelo jeito experiente de minha mãe, senti como se o amor de meus pais fossem apenas uma invenção.

— Claro que não! Eu casei com o seu pai por amor e...

— Se você teve o direito de casar por amor, com alguém que escolheu por livre e espontânea vontade, a sua filha de vinte e seis anos também tem. - Despejo minhas palavras. — Avise o seu marido que eu me demito. - Finalizo a ligação

A partir daquele momento, coloquei meu celular no modo silencioso pois sabia que as ligações e mensagens não iriam parar tão cedo de me perturbar. Frustrada, cansada e com fome, descido levantar-me e ir até a cozinha preparar a janta, afinal, já se passavam das oito horas da noite, eu havia dormido tanto que nem tinha percebido.

Theodoro me seguia por todos os cômodos da casa, enquanto cozinhava calmamente, ele passava entre as minhas pernas, pedindo carinho.

— Mamãe está ocupada agora, mas prometo que logo lhe darei atenção. - Digo enquanto preparava o meu famoso macarrão ao molho branco

Se mantinha tão entretida na cozinha, que não me dei conta de que tinha alguém esmurrando a minha porta. Com rapidez após ter levado um susto, desligo o fogo e caminho rapidamente em direção a porta abrindo a mesma.

— Aisha você precisa ver isso. - Margot adentra o apartamento com seu notebook em mãos, ela estava assustada, parecia até que tinha visto um fantasma.

— Boa noite para você também. - Murmuro fechando a porta.

— É sério! Olha isso. - Assim que a tela virou para mim, pisco diversas vezes para tentar identificar que aquilo era apenas uma miragem, uma coisa da minha cabeça. Minhas mãos trêmulas pegam o aparelho, sento-me no sofá para ler a fofoca do dia.

— Só pode ser brincadeira. - Foi a única coisa que conseguia dizer naquele momento.

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Amor em construção. - Vinnie Hacker Where stories live. Discover now