Amor em construção. - Vinnie Hacker

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Vincent Hacker

Ser o filho mais velho de um pai autoritário, milionário que apenas pensava em seu dinheiro ao invés de coisas mais preciosas como a família, não era nada fácil. Agradecia imensamente por ter uma situação da qual muitos infelizmente não possam obter e precisam ralar muito para conquistar seus objetivos e sonhos, dos quais, muitos eu posso ter de mão beijada, porém, mesmo tendo esse "poder", eu não era feliz, não me sentia bem fazendo algo apenas para agradar meu pai.

Meu rosto continham gotículas de suor, minhas mãos se mantinham cruzadas atrás de mim para que eu pudesse massagear o máximo para que a ansiedade fosse controlada. O que acabará de acontecer era um absurdo, a proposta de meu pai e daquele homem foram algo extremamente sem noção, o que me deixava em puro estresse e raiva.

A brecha da menina ter saído pisando fundo sobre o chão enquanto seu pai gritava por seu nome, fez com que eu saísse do transe e caminhasse para ir embora, meu pai já não prestava mais atenção em mim, apenas tentava acalmar seu amigo, sendo assim, vou para os fundos onde dava para as escadas de emergência, desço correndo até o estacionamento e procuro o meu carro. Não ligaria em deixar meu pai e meu irmão sem uma carona, eu só queria chegar na minha casa e abraçar minha querida namorada.

— Você só pode estar de brincadeira. - Celine obtinha um olhar de indignação, enquanto encarava-me sentada sobre a cama.

— Não estou! Meu pai é completamente maluco, não sei o que deu nele. - Digo passando a toalha em meu cabelo para tentar secar os pingos de água que caiam dele.

— Como ele pode propor algo assim, sabendo que você tem uma namorada, Vincent, ele passou dos limites.

— Eu sei. - Murmuro sentando-me sobre a cama fechando os olhos e jogando a cabeça para trás soltando um ar de frustração.

— O que você vai fazer? Vai acabar com tudo entre nós? - Celine se aproximou, fazendo com que eu a puxasse para o meu colo. Seus olhos encaravam os meus, a tristeza em seu olhar era nítida.

— Está doida? Você é a minha namorada, minha futura esposa e mãe dos meus filhos. - Digo dando vários beijos pelo seu rosto, sentindo o riso da garota invadir meus ouvidos. — Amanhã, quando os ânimos estiverem mais calmos, irei ter uma conversa séria com ele, essa loucura não vai acontecer amor.

O tom de confiança se mantinha presente em minha voz, mas sabia que estava tentando fazer aquilo mais por mim, do que pela garota à minha frente. Era difícil bater de frente com o meu pai, ninguém mudava seu pensamento, brigávamos quase todos os dias por conta disso, era muito difícil tê-lo por perto, ainda mais desvalorizando tudo o que eu faço.

Celine dormia em meus braços, seu rosto angelical me fez sorrir enquanto meu polegar passava por toda a extensão de seu rosto. Ela aquecia o meu coração de uma forma que nenhuma outra mulher havia feito. Eu a amava, e os planos de casamento estavam por vir, daqui algumas semanas eu faria o pedido de noivado em nossa viagem de namoro, e eu estava ansioso por isso e sabia que nada e ninguém poderia estragar esse momento, nem mesmo o meu pai.

Com cuidado retiro meu braço de baixo da mesma e e viro-me para alcançar o celular que se encontrava sobre a mesinha ao lado, assim, que a tela se iluminou, as inúmeras mensagens de meu pai, minha mãe e de meu irmão lotavam o aparelho. Os áudios da minha mãe era de preocupação extrema, estava aflita e com medo de que eu pudesse fazer alguma loucura. Eu poderia respondê-la, como também poderia responder os outros dois, porém, desligo o celular novamente, viro-me abraçando Celine e fecho os olhos para finalmente poder descansar e fingir que a parte da manhã havia sido apenas um sonho, ou melhor, um pesadelo da qual quero esquecer eternamente.