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Aisha Percival Belluci

Ser filha do dono de uma das maiores empresas da Itália tem suas vantagens e desvantagens

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Ser filha do dono de uma das maiores empresas da Itália tem suas vantagens e desvantagens. Vantagens é que você já nasce com um emprego garantido, e as desvantagens, é o próprio emprego.

Exatamente as seis e meia da manhã o celular toca a distância avisando que já estava na hora de levantar da cama para começar mais uma semana. Eu odiava acordar cedo em plena segunda-feira, mas era necessário.

— Mas que saco, eu já ouvi. - Resmungo com o celular enquanto o som do alarme ainda se fazia presente no ambiente. Eu poderia ter deixado perto de mim para desliga-lo mais rápido, porém, deixá-lo longe de mim, me motiva a levantar para desliga-lo, sem querer apertar o botão de soneca fazendo com que eu voltasse a dormir.

Para retirar a cara de sono e o cheiro de cama que poderia se fazer presente em meu corpo, o banho matinal era definitivamente sagrado, não conseguia sair de casa, se estivesse "suja" mesmo tendo tomado banho na noite anterior. A água quente fazia contato com a minha pele causando uma sensações de relaxamentos dos meus músculos dos quais ultimamente estavam rígidos e tensos por acumular muitas coisas do serviço, que estão sendo extremamente importante, ainda mais estando praticamente no fim de ano. Tudo dependia de mim, e isso me deixava extremamente carregada.

Após estar limpa e cheirosa, depois de ter tomado banho e me arrumado para sair, desligo a luz de meu quarto e desço as escadas indo até o andar de baixo ouvindo o pequeno miado de Theodoro, que implorava por sua ração.

— Mamãe se atrasou um pouco hoje, não foi? - Digo fazendo um carinho abaixo de seu queixo, logo caminhando até o pequeno pote de ração para colocar sua comida, antes que ele fizesse ainda mais escândalos naquele apartamento. 

Theodoro é a minha companhia diária. Depois de ter me mudado para este apê, pensei que ter um animalzinho comigo seria uma ótima opção, afinal, ficar sozinha não era muito o meu ponto forte.

Com a rotina da manhã sido feita, beijo o meu pequeno gatinho no topo de sua cabeça e murmuro para se comportar e que logo mais estaria de volta para enche-lo de carinho, como se ele fosse entender a minha lingua.

O elevador chamado por mim não demora muito para aparecer fazendo com que eu entrasse imediatamente nele, a distância até o estacionamento não era tão longe, afinal eu morava no quarto andar, com isso, o elevador não demorou muito para chegar no local indicado.

— Chaves... chaves... chaves. - Murmuro enquanto caminhava rapidamente pelo estacionamento procurando a chave do carro em minha bolsa que se encontrava completamente desarrumada. Todos os dias eu pensava em arruma-la, mas é aquilo né... eu só pensava.

Depois de um tempo perdido procurando, adentro o veículo e dou partida no carro indo em direção a empresa em que trabalhava. As ruas já se mantinham cheias, todos indo ao seus devidos serviços dos quais muitos poderiam estar cansados ou então animados. No meu caso era os dois sentimentos.

— Está atrasada. - Margot minha recepcionista e melhor amiga diz assim que o elevador se abre. O sorriso estampado em seu rosto, fazia com que admite-se ser apenas uma brincadeira da qual me fizesse revirar os olhos e rir.

— Bom dia para você também. - Digo pegando o pequeno café de sua mão e indo em direção a minha sala com ela me acompanhando rapidamente em seus passos. — Me diga, meu pai chegou?

— Chegou alguns minutos antes de você e a cara dele não está nada boa. - Confessou fechando a porta atrás de si. — Não sendo fofoqueira mas já sendo. - Sentou em minha frente cruzando as pernas. — Estão dizendo por aí que a empresa não está em bons lençóis, e que seu pai precisa fazer alguma coisa para adentrarmos ao topo novamente.

— Isso não é nenhuma novidade para mim. - Murmuro de uma maneira cansada e pensativa. — Por mais que eu tente levantar a empresa, não estou dando conta, não sei o que meu pai fez, mas tem muitas contas aqui que não batem e por mais que eu tente ir atrás disso, ele sempre desfoca do assunto.

— Precisamos urgentemente pensar em alguma coisa, algo novo que deixem todos de boca aberta conosco, e... - Antes mesmo que Margot pudesse terminar sua fala, o telefone de sua mesa toca fazendo com que ela fosse em direção a sua mesa. O resmungo e as expressões me fizeram capitar quem poderia estar do outro lado da linha. — Seu pai está lhe chamando. - Disse assim que desligou o telefone.

— Se ele vier me dando bronca por coisas que ele mesmo errou, irei mandá-lo para o lugar mais lindo da face da terra. - Digo fazendo com que Margot risse da minha frase e soltasse um "boa sorte" enquanto eu saía da sala.

Meu pai tinha essa mania feia de culpar os outros, pelos seus erros e mesmo sendo funcionária dele, eu não aguentaria nenhum dos seus sermões, não ligava em bater de frente com ele, mesmo sabendo que poderia ser demitida.

— Mandou me chamar? - Pergunto assim que dou algumas batidas na porta e coloco minha cabeça para dentro da sala esperando sua resposta.

— Entre Aisha. - A voz ríspida e tensa fez com que minhas mãos já começassem a soar, a segunda feira mal havia começado e os perrengues já se faziam presente.

Ao entrar em sua sala, não me deparo apenas com ele e sim com outros três homens sentados em um sofá grande, como se estivessem esperando para serem entrevistados. Educadamente os cumprimentos e então viro-me para encarar o senhor a minha frente que batia a caneta levemente em sua mesa.

— Desembucha pai, o que o senhor tem para me falar?

Amor em construção. - Vinnie Hacker Where stories live. Discover now