Chapter Thirteen

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Este capítulo contém descrições de violência

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Meus passos pesam pela artéria sob o solo que leva à um ponto preparado estrategica e especificamente para meus feitos

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Meus passos pesam pela artéria sob o solo que leva à um ponto preparado estrategica e especificamente para meus feitos. Enquanto isso, estalo o pescoço, irritado com a persistência de sua presença em minha mente. Seus olhos frágeis e brilhantes estão tatuados nela de uma forma incômoda. Sua fragilidade me revolta. Sua voz danosa me reivindica, mesmo à distância, mesmo que não de verdade. É uma forma de culpa que nunca senti antes. Talvez até não seja uma. Talvez funcione mais como algo menos...rigoroso para comigo, mas é frustrante não saber lidar com isso. Com ela. Não poder lidar com ela.

À pouca distância do local minúsculo, ouço gritos arrastados, abafados por tecido, crescerem à medida que vou me aproximando. São suficientes para me arrancar de minha própria mente, me obrigando a esfriar novamente.

— Ninguém vai ouvir. — é a primeira coisa que digo quando adentro ao espaço infernal, de tão quente.

Me livro da pasta de costas, me aproximo da cadeira posicionada sob uma luz intensa, hipnose para insectos, e baixo a faixa de pano da boca do indivíduo à minha frente.

— Um conselho: gaste sua voz com algo que possa realmente salvar sua vida.

— Bom dia e obrigada, mas não tenho o hábito de seguir conselhos...do gênero. – fala, rouco, antes de entrar num curto ataque de tosse.

— Mh. — estreito os olhos, analisando-o por um momento — Você é mais inteligente que isso.

O silêncio passa a ser preenchido por sua tentativa de coçar sua garganta e respirar com maior amplitude. Enquanto isso, encaixo um cigarro entre os lábios e o acendo.

— Estamos sem muito tempo. — as palavras correm com a fumaça para fora da minha boca.

Um riso inicia sua resposta.

—  Acha que isso é o suficiente para tirar de mim o que quer? Nunca me senti tão subestimado, North Mathers. seus lábios secos e rachados se espalham num sorriso arrogante.

— Certo. — pondero por uns segundos, antes de tomar uma decisão: — Vamos conversar.

— Está num péssimo caminho para conseguir alguma coisa.

— Você está mais fodido que eu. Não seja a merda de um idiota. — prendo o rolo no canto da boca, empunho a pasta de costas, de onde retiro uma manga.

— O que aconteceu com sua genialidade? — me observa arrastar um banco de madeira para perto – Eu costumava te admirar, quando era novato.

Me sento à uma distância digna, a fruta desaparecendo em minha palma. Retiro um canivete preso ao cano de minha bota, passo pelo tecido da calça e o uso para começar a descascar.

ASHESOnde as histórias ganham vida. Descobre agora