— O que você está fazendo aqui? Não sabe bater?! — ela exclama, assustada com minha presença repentina e a toalha que iria usar pra secar seu cabelo cai em direção ao chão.

— Desde que eu me lembre esse é o meu quarto — eu digo, sem saber por que meu quarto foi escolhido.

— Meu chuveiro queimou e eu precisava me lavar em outro banheiro — ela explica, pegando suas roupas de cima da minha cama sendo um pouco desastrosa, porque algumas peças cai de seus braços.

Meu pulso acelera quando olho para a Pecado e não posso deixar de apreciar como ela fica nessa toalha. Também percebo o fato de que ela tinha deixado suas roupas em cima da minha cama em vez de colocá-las na mesa.

— Por que justo o meu quarto? — pergunto, curioso demais pra saber.

— Sam disse que eu poderia tomar banho aqui por enquanto — ela diz, segurando as roupas nas mãos e a toalha contra o corpo para não cair, mas noto que o nó está se desfazendo.

É claro que meu irmão se aproveitaria disso para nos aproximar, ou seja lá o que ele queira. Mandou ela para o meu quarto provavelmente sabendo que eu logo viria aqui e era por isso que ele estava mexendo no celular com um olhar atentado.

Eu não sei devo xingar ele ou agradecê-lo.

Enxergo a toalha começar a se soltar e a mão dela corre até a ponta da toalha para segurá-la. Não posso deixar de ficar curioso para saber o que aconteceria se a toalha caísse e revelasse o resto do corpo dela bem aqui só para mim.

Tento manter o foco, mas não consigo deixar de notar o jeito que a toalha está querendo se desfazer das costas dela como se tivesse vida própria. Sinto o meu sangue ferver enquanto continuo a encará-la e vou deixando a minha camisa sobre a cadeira.

— É, eu tô vendo — digo, ainda sem saber porque Pecado escolheu meu quarto em particular ou se é só uma desculpa dela.

Contudo, acho raro ela querer invadir meu espaço pessoal dessa maneira. Essa desgraçada estava me ignorando há uma semana e meia, não duvido que queira começar a fazer isso de novo.

Ela empilha as roupas dela em seus braços enquanto continuo a observá-la e o nó em sua toalha afrouxa ainda mais e acho isso um tanto divertido. Eu fecho a porta atrás de mim da forma mais discreta que consigo.

— Precisa de ajuda com a toalha? — pergunto, dando um passo mais perto dela, meus olhos em seu corpo.

— Muito engraçado você — ela diz com um sorriso falso, mas noto seus olhos analisarem meu peitoral nu.

— Sabe, talvez eu não me importasse em ajudar você com essa toalha — falo, diminuindo a distância entre nós e me inclinando para a Pecado.

Mais uma vez os meus 1,85 de altura fazendo ela parecer tão pequena perto de mim. Suas mechas de cabelos molhados caídos sobre sua clavícula, ombros e grudados em partes do seu pescoço. Por seu cabelo estar molhado, parece muito mais ruivo e escuro.

— Por que você não dá dois passos para trás, hem? — ela me pergunta, colocando as mãos para trás e conseguindo segurar a toalha.

— Medo de que eu vá fazer alguma coisa, filhote de capiroto? — digo, olhando diretamente nos olhos dela.

— Uma nova eu está para nascer para eu ter medo de você — ela zomba, um sorriso despreocupado em sua boca.

Mulher abusada.

Contudo, eu rio, achando o comentário engraçado. Dou mais um passo na direção dela e ela dá outro para trás querendo manter distância. Eu não a intimido nem um pouco e sei disso muito bem. Me inclino contra Pecado quando percebo que não sobra mais passos para ela.

𝗠𝗜𝗡𝗛𝗔 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗔; dean winchester.Where stories live. Discover now