CAPÍTULO 28

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CAVEIRA

Eu não deveria, mas por todo esse tempo na minha cabeça só vinha ela deitada nos meus braços perdendo sangue, como será que ela está ?

A porta do cômodo que eu estou é aberta, encaro o olhar de ódio direcionado para mim e por anos esse foi o momento que eu mais esperei, lógico que não nessa posição,nos meus sonhos o único amarrado na salinha seria ele.

Caveira: SANSÃO.- sorrio ao vê-lo, mas prendendo o gemido de dor pelos machucados causados pelos filhos desse filho da puta.

Sansão: se eu fosse você não sorria tanto.- encaro ele que mantém um ar debochado.-você está pessimo.- debocha pegando uma cadeira botando com as costas virada pra mim e sentando com um perna de cada lado.- Você está pessimo- sorrir de lado.

Caveira: qual parte, a que você foi bem corajoso ao botar sua filha no meu morro como x9?- encaro ele, não abaixaria minha cabeça, não fui criado para isso.

Sansão: eu nunca botaria minha filha em morro seu, a Nicoli foi com as próprias pernas, ela nem sabia quem você era.- sorrio negando.

Caveira: a garota não sabia que corria o risco de ser morta no rio de janeiro?- por fora o ar mais arrogante que consigo por dentro eu sinto é ódio de ele não ter ensinado ela a se proteger.- que pai de merda é você?- sinto o soco atingir meu rosto logo cuspo o sangue no chão.-não conhece a filha que tem? Achou que a garota iria ficar na barra da sua calça, curiosa e turrona do jeito que ela é.- o Sansão me encara sem expressão.

Sansão: por que não matou ela assim que soube quem ela é?- encaro ele fazendo a cara de descaso, a resposta seria simples, eu tô apaixonado pela garota que eu ameacei sequestrar a anos atrás.

Caveira: ela não tem culpa de tudo o que você fez, eu já não tinha planos de pegá-la a anos.- falo.

Sansão: a ameaça de ontem?- encaro ele de cenho franzido.

Caveira: eu não invado seu morro anos, minha intenção era matar você, sua filha eu nem tinha interesse mais, se tem alguém te ameaçando, esse alguém não sou eu.- Falo simples,mas por dentro estou por conta, como assim tem outro alguém ameaçando a Nick?

Sansão: não é você?- me encara com o cenho franzido.

Caveira: ela não tem culpa das escolhas que você faz, da vida que você leva, demorei para perceber que o único que deve pagar pela morte do meu pai é você.- as lembranças das palavras do meu tio rodam minha cabeça, o ódio me consome e eu juro que se eu estivesse solto eu já estava enchendo esse cara de porrada até a morte. - você, matou o meu pai, arrancou a cabeça dele, e por sua culpa minha mãe virou a porra de uma viciada e morreu.- grito tudo deixando todo aquele ódio me dominar.

Sansão: seu pai?- pergunta como se para ele fosse uma surpresa.

SANSÃO

Encaro o garoto a minha frente sem entender do que ele fala, a rocinha, quem comandava a rocinha antes do caveira?

Sansão: Gregório.- falo quando finalmente me lembro, Gregório era quem comandava a rocinha,a favela foi invadida e o cara sumiu, logo apareceu só a cabeça.- eu não matei seu pai.- falo sincero.

Caveira: não matou? Você arrancou a cabeça dele.- grita ódio em cima de mim.

A sala de tortura é aberta, a porta bate na parede com força e quem eu menos esperava nos encara, os olhos dela primeiro percorre o corpo dele ensanguentado, os meninos amassaram a carne desse cara.

Logo ela encara minha mão.

Nick: você... Matou o pai dele?- pergunta nos encarando.

Sansão: Não Nick, eu não matei o pai dele.- falo sincero e o ela parece acreditar em mim.

Nick: por que ele ainda está preso? Por que machucaram ele?- altera um pouco a voz.

Sansão: ele ainda é uma ameaça para você e para nossa família.- ela se aproxima dele parecendo não ligar para o que ele diz.

Nick: você está bem?- diz baixinho passando a mão pelas feridas.

Caveira: sai daqui.- fala rispido.

Nick: Mas...- fala chorosa.

Caveira: sai daqui.- a voz sai mais alterada.

Sansão: sai nick.- falo com minha filha, ela está bastante abalada, da para vê nos seus olhos a preocupação, mas isso não pode continuar, quem m garante de depois de saber quem ela é ele não vá fazer algo com ela.- MT.- grito o vapor que está do lado de fora.- Leva a Nicoli daqui.- o menino se aproxima Dela, ela tenta se debater e acaba gemendo pela dor no ombro.

Os olhos do caveira vão sombrio até o cara, que logo tira a menina dali.

NICOLI

Vê-lo machucado, completamente sujo de sangue, mexeu bastante comigo, mas o que me doeu com certeza foi ele ter mandado eu sair.

Nick: me solta MT.- grito quando já estou do lado de fora.

Lágrimas molham meu rosto, como pude deixar as coisas chegarem a esse ponto?

Sansão: mantenha essa porta trancada.- fala saindo da sala.

Nick: você matou o pai dele?-grito.- por isso ele me ameaçou a vida toda? - solto tudo o que vem na mente.

Sansão: não, você não confia em mim, no seu próprio pai?- fala alterado.

Nick: eu não te conheço, só sei que você é pelas telas, te conheci depois de anos.- minha cabeça está muito pilhada, realmente eu não sei quem é meu pai de verdade, não conheço ele, não convivi, não sei quem ele já matou ou deixou de matar.

Sansão: por causa dele.- aponta para a sala.- por causa dele que você não me conhece, por causa desse cara que você aparentemente acredita mais do que o seu próprio pai.- meu pai grita.

Nick: meu próprio pai, que não me disse a verdade, mentiu por todo a minha vida.- digo virando as costas e saindo dali, as lágrimas já desciam no automático, cheguei a ouvir meu pai chamar algumas vez, mas eu só queria sair daqui.

Na barreira um táxi estava deixando alguém, logo eu pedi que me levasse para o centro da cidade.

Eu estava com os pensamentos perdidos, enquanto o carro passava pela ruas.

Não queria encontrar ninguém, o único que eu queria falar, se negou a me ouvir, ele deve está me odiando, deve não, com certeza, talvez minha mãe esteja certa, ele não confiaria mais em mim.

Taxista: chegamos senhorita.- diz parando o carro no endereço em que eu passei para ele...

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PATROA 2Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora