CAPITULO PRIMEIRO - Nebulosa

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X nasceu, cresceu e morreu. Na hora do grand finale, decidiu que queria viver de novo. Eu permiti dessa vez e emprestei a ela umas paradas.

Quando era pequena, estava brincando no silêncio de seu quarto - trancado por fora - com suas bonequinhas bobas sem rosto. Uma canção de um homem que escravizava homens tocava na sua cabecinha de girino, lembrava de ter vários estalos na musica e ficava repetindo-os algumas vezes.

Certa vez se perdeu nos estalos quando ouviu o toque de sua mãe desligando a luz pela tomada e, assustada estalou o dedo algumas vezes na intenção de que o som ligasse a luz novamente. Incrivelmente - não sei como, hihihi - ela conseguiu acender a luz de novo, se levantou sem entender e verificou a tomada. X espiou pela fresta da porta o interruptor que ficava logo a frente, estava ainda desligado. Não sabia se confundia o lado "ligado" da tomada ou algo do tipo, então estalou de novo. A luz apagou novamente, mas nem sinal do botãozinho se mexer, ficou confusa um tanto e sentou no chão a frente da porta. Ficou estalando sem compreensão na esperança de que algo acontecesse, e, de fato acontecia.

O espaço ao redor dela começava a se distorcer e se inverter, de uma forma como que tudo que desejasse virasse ao contrário em sua essência. Preto virava branco, morto se tornava vivo, e X? Bom, ela se tornava visível.


COMO DIMINUI A FONTOnde as histórias ganham vida. Descobre agora